Fiat Uno se despede oficialmente com a edição Ciao
Após 37 anos de mercado, o Fiat Uno se aposenta. A versão Ciao marca essa despedida, com 250 unidades numeradas e trazendo detalhes exclusivos
Após 37 anos de mercado, o Fiat Uno se aposenta. A versão Ciao marca essa despedida, com 250 unidades numeradas e trazendo detalhes exclusivos
Com o fim do Volkswagen Fusca em 1996 ficou um questionamento no ar sobre qual seria o seu sucessor espiritual no Brasil. Quem acabou tomando esse posto foi o Fiat Uno, graças a sua simplicidade e valentia. A primeira geração do Uno foi feita de 1984 a 2013, passando o legado para a segunda geração lançada em 2010.
A segunda geração pegou o conceito das linhas retas do Uno original e o deixou mais arredondado. Na mecânica continuava com a robustez e simplicidade dos motores Fire, o que lhe rendeu boas vendas. Agora o Uno se despede, depois de 37 anos no Brasil.
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A edição de despedida foi chamada de Ciao, expressão italiana que serve tanto para cumprimentar quanto para despedir. O AutoPapo adiantou essa edição em novembro, a pintura cinza, teto preto e pacote de equipamentos batem com as informações de nossa fonte.
Por dentro ele recebe cores diferenciadas na padronagem dos tecidos, rádio com bluetooth e entrada USB, vidros elétricos na dianteira e o console de teto com porta-óculos e espelho convexo para vigiar o banco traseiro. De acordo com o configurador no site da marca, será necessário desembolsar R$ 84.990 para ter esse pedaço de história.
Serão 250 unidades numerada, identificadas por uma plaqueta no painel. Na lateral vem um adesivo exclusivo identificando a versão e na traseira o emblema do carro ganhou as cores da bandeira italiana. A derradeira última unidade irá receber o número 4.379.356 na plaqueta de identificação. Essa é a quantidade de unidades do Uno que foram produzidas na fábrica de Betim (MG).
O lançamento do Fiat Uno em 1984 foi um marco para nossa indústria. Ele chegou apenas um ano depois do lançamento mundial do modelo, trazendo desenho assinado por Giorgetto Giugiaro. O motor transversal, como o do 147, permitia um melhor aproveitamento de espaço no carro.
O nosso Uno era diferente do modelo italiano: o nosso usava a suspensão traseira independente com molas semielípticas transversais do 147, enquanto lá fora ele usava eixo de torção. Essa suspensão roubava espaço no assoalho e por isso o estepe foi para o cofre do motor.
A família Uno cresceu com as versões sedã (Premio), perua (Elba) e picape (Fiorino). Por não ter um carro maior, a Fiat fez versões mais equipadas do Uno e seus derivados para competir com carros médios. No outro extremo veio o Uno Mille, o primeiro carro popular 1.0 moderno do Brasil.
Com a chegada do Palio em 1996, o Uno foi resumido ao Mille e virou o carro de entrada da marca. Uma segunda chance veio com a nova geração de 2010, que resgatou o nome Uno.
O plano da Fiat era de fazer do Uno um carro como o Mini moderno: um compacto estiloso e altamente personalizável. O painel trazia uma moldura que podia ser trocada por outras, adesivos eram oferecidos para personalizar o exterior e uma gama de acessórios estava disponível nos concessionários.
Ao contrário do que muitos acham, esse Uno moderno não era derivado do Fiat Panda italiano. O design é parecido, mas são feitos em plataformas diferentes e até as medidas da carroceria não batem.
O Uno ficou na gama da Fiat espremido entre o Palio Fire e o Palio. Na linha 2014 ele ganhou o primeiro fece-lift, que trouxe um painel novo e mais equipamentos. Dois anos depois veio uma mudança discreta de estilo e os antigos motores Fire foram substituídos pela nova família Firefly. Depois de algum tempo ele voltou a usar o motor Fire.
O Fiat Uno terminou sua carreira com apenas a versão Attractive 1.0 Fire. O modelo ainda fazia sucesso nas vendas diretas para empresas. Sua produção será encerrada por não atendar à norma de emissões Proconve L7. Um motivo similar ao da morte do Mille, que não atendia à legislação de segurança de 2014.
Fotos: Fiat | Divulgação
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O nome deveria ser Uno “AnCiao”. Por esse preço exorbitante só quem vai ter coragem de comprar serão os colecionadores fartos de grana!