Ford Edge pode sair de linha em 2023 sem deixar sucessor
Multinacional pode fechar fábrica que produz o SUV no Canadá, de onde ele é importado para o Brasil; desenvolvimento da nova geração já foi cancelado
Multinacional pode fechar fábrica que produz o SUV no Canadá, de onde ele é importado para o Brasil; desenvolvimento da nova geração já foi cancelado
Que a Ford está deixando de produzir hatches e sedãs e focando nos segmentos de SUVs e picapes, todo mundo já sabe, mas o enxugamento pode ir além e até o Edge está ameaçado de sair de linha. Isso porque o desenvolvimento da nova geração do modelo, que deveria estrear em 2023, foi cancelada. Além do mais, a própria unidade industrial que fabrica o modelo, em Oakville, no Canadá, pode ser fechada.
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Informações a respeito do fim da produção do Edge e do fechamento da fábrica foram veiculadas por diferentes sites de notícias na América do Norte, entre os quais o Ford Authority, o Automotive News Canada o e o Bloomberg. As informações apontam que tanto o SUV quanto a planta têm vida garantida até 2023. Daí para frente, o futuro é, no mínimo, incerto.
Curiosamente, o Ford Edge tem boas vendas. No ano passado, 138,5 mil unidades do veículo foram comercializadas apenas nos Estados Unidos. A questão é que o fabricante está desenvolvendo vários SUVs para os próximos anos, entre os quais os novos Bronco e Escape, além de um modelo inédito para, ao menos em parte, substituir o Fusion.
Desse modo, em vez de criar uma nova geração para o Edge, como inicialmente havia previsto, a Ford pode simplesmente substituí-lo por outro produto. Ou então, caso as vendas se mantenham aquecidas ao longo dos próximos anos, mantê-lo em produção com atualizações pontuais enquanto houver demanda.
A questão é que o futuro do SUV está diretamente relacionado à situação delicada da fábrica de Oakville. Se a multinacional decidir mantê-la, o desenvolvimento de uma nova geração poderá ser retomado. Mas a planta vem sofrendo um processo de encolhimento nos últimos anos. O Ford Edge e seu clone de luxo, o Lincoln Nautilus, são os únicos modelos atualmente produzidos no local.
Outro indício de que o fim pode estar próximo tanto para o Edge quanto para a fábrica é que a Ford ainda não renovou os acordos trabalhistas com os operários canadenses, que expiram em setembro. A empresa tem outras duas unidades industriais naquele país, em Essex e em Windsor. Porém, ambas são destinadas à manufatura de motores e permanecerão ativas.
Caso essas previsões realmente se confirmem, o SUV deixará de ser vendido na América do Norte e também no Brasil. Porém, poderá sobreviver como produto regional na China, que tem um mercado gigantesco e com características bastante particulares. O país asiático, inclusive, já produz uma versão específica do modelo.
Assim, uma nova geração do Edge seria desenvolvida pela Ford em parceria com a Changan, sua parceira chinesa. Porém, se isso ocorrer, as vendas seriam focadas no mercado interno. Nesse caso, o Lincoln Nautilus também poderia passar por uma reformulação completa e, unicamente ele, ser exportado para a América do Norte.
Boris Feldman fala sobre a estratégia do setor automotivo de produzir e exportar da China: assista ao vídeo!
Fotos Ford | Divulgação
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