GM anuncia carro híbrido flex no Brasil e R$ 7 bilhões em investimentos
Em anúncio em Brasília com o presidente Lula, executivos da General Motors declaram que país é estratégico para os planos da montadora
Em anúncio em Brasília com o presidente Lula, executivos da General Motors declaram que país é estratégico para os planos da montadora
A General Motors anunciou nesta quarta-feira (24) um novo ciclo de investimento no Brasil. Segundo comunicado da montadora, serão R$ 7 bilhões, que serão aplicados no período de 2024 a 2028, com foco na “mobilidade sustentável” – leia-se a produção de carros híbridos flex aqui.
Isso abrange a renovação completa do portfólio de veículos, desenvolvimento de tecnologias inovadoras e customizadas para o mercado local, além da criação de novos negócios.
O anúncio foi feito em Brasília (DF), com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da General Motors International, Shilpan Amin, o presidente da GM América do Sul, Santiago Chamorro e o vice-presidente da GM América do Sul, Fabio Rua.
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“O Brasil é estratégico para o plano global de expansão de negócios da GM. Além de ser um polo exportador de veículos para a América do Sul, conta com um amplo centro de desenvolvimento de engenharia e é um mercado com alto potencial de crescimento com vocação também para veículos de novas tecnologias, em sintonia com a matriz energética predominantemente limpa do país”, explica Shilpan Amin, presidente da General Motors International.
A GM era defensora de trocar toda a sua linha de carros a combustão por carros elétricos sem uma transição, ou seja, sem o lançamento de carros híbridos flex – diretriz estabelecida pela CEO da empresa, Mary Barra, na matriz nos EUA em 2021.
Ao longo de 2023, a GM, em uma guerra de narrativa com a Stellantis, defendeu que os carros elétricos eram a melhor alternativa para neutralizar a emissão de carbono. Já o grupo europeu, ao lado de Toyota e Volkswagen, entre outras, argumentavam que o carro híbrido flex movido a etanol era uma alternativa nacional alinhada ao propósito de descarbonização. Claro que o poder aquisitivo do consumidor brasileiro era o principal argumento do híbrido flex.
No fim do ano passado, executivos da GM já indicavam uma mudança no discurso da montadora, quando passaram a admitir a possibilidade de fazer a transição com o carro híbrido. O discurso de Amin nesta quarta-feira atesta a produção deste tipo de carro no Brasil.
A pá de cal nos planos dos norte-americanos de ir direto para a produção de carros elétricos no Brasil é o plano do governo federal de incentivar o biocombustível no Brasil, principalmente por meio do programa Mover, que oferecerá R$ 19 bilhões em incentivos para a indústria automotiva.
Nos Estados Unidos, a CEO Mary Barra declarou recentemente que a montadora segue com o plano de ter um portfólio de 100% de carros elétricos em 2035, embora tenha recuando em suas ambições de construir 400 mil carros elétricos na América do Norte até meados deste ano.
Hoje, a GM oferece em seu portfólio de carros elétricos no Brasil os modelos Bolt EV e Bolt EUV, embora os dois já tenham seu fim decretado nos EUA. Mas a montadora já anunciou o lançamento de dois SUVs elétricos por aqui, o Blazer EV e o Equinox EV.
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