Após morte por airbag ‘explosivo’, GM faz recall de Celta e Classic
No total, cerca de 235 mil unidades dos dois modelos estão envolvidos no chamamento para a substituição do airbag da Takata
No total, cerca de 235 mil unidades dos dois modelos estão envolvidos no chamamento para a substituição do airbag da Takata
A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) do Ministério da Justiça e Segurança Pública informa que a General Motors (GM) formalizou nesta sexta-feira (24), perante o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), o recall de 91.573 veículos modelos Chevrolet Celta, anos 2013 a 2016, chassi número DG124288 a GG100849, produzidos de 22 de agosto de 2012 a 15 de abril de 2015 e 144.272 veículos modelo Chevrolet Classic, anos 2013 a 2016, chassi número DB186193 a GR160004, produzidos de 4 de julho de 2012 a 10 de junho de 2016.
Os proprietários desses veículos devem entrar em contato de imediato com as concessionárias da marca, para agendar a substituição do airbag do lado do motorista. O atendimento terá início a partir de 5 de agosto, será gratuito e tem o tempo estimado de até uma hora.
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Segundo a GM, o serviço é necessário pois em caso de colisão, ocasião na qual o acionamento do sistema de airbag é esperado, constatou-se a possibilidade de falha do componente insuflador do airbag do volante do veículo.
Devido a uma possível degradação do insuflador, o componente torna-se sujeito a romper-se. Caso isso ocorra, poderá haver a dispersão de fragmentos de metal de sua carcaça, podendo causar danos materiais, lesões físicas graves, ou até mesmo fatais, ao motorista e aos ocupantes do veículo.
A ação foi motivada após a morte do motorista de um Celta decorrente de falha no airbag. O condutor Plínio Lobato foi atingido por fragmentos metálicos projetados pelo equipamento de segurança, após uma colisão a apenas 40 km/h.
A GM alegou que teve conhecimento a respeito do acidente ocorrido em Aracaju, em 15 de julho de 2020, decorrente de falha no airbag, que resultou na morte do consumidor que conduzia o Celta. Segundo comunicado do DPDC, a montadora afirmou que entrou em contato com os proprietários do veículo, mas não teve sucesso.
Ainda segundo o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, a GM comunicou o início das investigações sobre a relação do acidente com o recall dos airbags Takata, mas ainda não possui conclusões a serem apresentadas.
Considerando que o defeito dos airbags da Takata foi um problema global, o DPDC recebeu campanhas de recall de praticamente todas as montadoras. Segundo o órgão, atualmente existem aproximadamente 70 campanhas de recall ativas sobre tais airbags.
No caso específico do veículo Celta, o DPDC abriu averiguação preliminar em face da GM, com a finalidade de apurar o nível de diligência do fornecedor na adoção das medidas cabíveis para mitigar os riscos relacionados ao dispositivo objeto de campanha.
Segundo Leonardo Marques, Coordenador-Geral de consultoria técnica e sanções administrativa, o DPDC está acompanhando o caso com atenção, especialmente tendo em vista que questões relacionadas à saúde e à segurança do consumidor são pontos de acompanhamento estratégico por organismos internacionais como a OCDE e a UNCTAD.
Atualmente, o caso se encontra em fase de averiguação preliminar, em que são levantadas provas e informações. Caso ocorra a instauração de processo administrativo sancionador, o que depende da presença de indícios suficientes de materialidade de infração ao CDC e de autoria, é possível que seja aplicada sanção de multa em eventual decisão, se infrações aos direitos dos consumidores forem confirmadas.
Neste caso, a sanção poderá ser superior a R$ 10 milhões de reais.
O recall envolvendo os airbags Takata é o maior da história mundial. São mais de 100 milhões de bolsas de ar afetadas, 320 feridos e 30 mortes.
No Brasil, 14 montadoras já convocaram proprietários para substituírem o equipamento problemático. A primeira vítima fatal dos insufladores no país foi confirmada pela Honda em fevereiro.
Tratava-se do motorista de um Civic LXS 2008, veículo que tinha sido chamado em 2015 – mas não foi levado para reparo. O fato aconteceu no Rio de Janeiro.
A causa morte de Lobato, em janeiro, foi um corte no pescoço provocado por um fragmento metálico projetado após a ruptura anormal do airbag do volante.
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Eu comprei um Corsa classic 2015 a trabalhar como Uber, ele estava que estava com o airbag do lado esquerdo do motorista com esse problema,sofri um acidente e tô até hj esperando reparações,eu quase morri, acionou errado do nada, esmagando a minha barriga e meus órgãos me levando uma hemorragia interna! General motors da uma quantia para o juiz dos processos assim levados contra eles, lesando assim as vítimas como eu!
PEDEM PRA GENTE IR FAZER O TAL RECALL, MAS NÃO CONSIGO FAZER O AGENDAMENTO PELA INTERNET
Pois é mesmo com todo o risco que o motorista sofre com esse tipo de problema ai da tem que e frentar a falta de reposiçao do recall do airbag,ja estou a quase um ano tEntando trocar esse recall do airbag e a vigorito nao tem isso é uma vergonha
É uma pena que passamos esse nervoso ,por causa de um airbag,estou a quase 1 ano ja para fazer a troca do meu airbag do classic e até agora ,28/04/201 nao foi trocado e fala que so vai chegar em outubro de 2021, perdi de vender esse carro somente por isso por falta de reaponsabilidade dessa vigorito pois eu nao acredito que dentro de um ano nao deu para fazer os airbag.
Poderiam fazer uma matéria sobre a manutenção realizada, desde agosto de 2020 ate hoje 28/01/2021 ainda não foi finalizado o reparo definitivo do veículo. Substituíram a peça original, por uma provisória de outro modelo, serviço mal feito. Saem da responsabilidade da peças com defeito e o cliente que fique com o problema do veículo com “gambiarra”.
Aqui em Aracaju, liguei para a concessionária e fui informado que eles não tem informações sobre o recall .
Será ?
E o corsa?
Ele ainda não foi chamado para nenhum recall de airbag na vida.
Sinistro que “problemas técnicos” em componentes dos carros são detetados pelos fabricantes e montadoras, tardiamente. Os “recalls” ocorrem após os modelos saírem de linha. No caso, um veículo ano 2008, teve chamado em 2015…; já estaria em 3/4 ª mãos de Motoristas. Como os órgãos de segurança, ciosos dos Consumidores, não vêem isso ? No minimo, podem ser responsabilizados, solidariamente, às reparações financeiras, das montadoras…a conferir…