Godzilla: Nissan GT-R chega aos 17 anos sem parar de evoluir
Geração R35 do truculento supercarro japonês faz jus ao apelido do monstro da ficção que não pode ser dominado
Geração R35 do truculento supercarro japonês faz jus ao apelido do monstro da ficção que não pode ser dominado
A Nissan atualizou o GT-R, seu super carro apelidado de Godzilla. O modelo ainda está em sua geração de código R35, lançada em 2007. E por incrível que pareça esse supercarro abrutalhado se recusa a envelhecer, como seus colegas norte-americanos Dodge Charger e Challenger, que também nasceram na época do Orkut.
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O carro passou por uma plástica suave. Ganhou novos para-choques e grade frontal que o deixaram mais bonito. O estilo remete ao icônico R34 (aquele do “Braia” de “Velozes e Furiosos”). Na Traseira, os ajustes também foram suaves, para acompanhar os vincos frontais. As grandes lanternas circulares e o aerofólio foram mantidos, assim como as generosas ponteiras de escapamento. Até mesmo a tonalidade de cor Millenium Jade voltou a ser aplicada na carroceria, como esportivo de 1999.
O GT-R sempre foi equipado com um motor V6 biturbo 3.8, exclusivo para ele. Esse propulsor tem evoluído ao longo de seus 17 anos. Diferentemente de carros mundanos, que perdem potência para se adequarem às normas de emissões, o Godzilla ganha cavalaria.
Para a linha 2024 são nada menos de 565 cv e 55 kgfm de torque, gerenciados por uma transmissão de seis marchas de dupla embreagem e tração integral Attesta ET-S.
Mas se tudo isso não for suficiente para o amigo se curvar diante do Godzilla, saiba que a versão Nismo eleva esses números. A variante mais nervosa do Nissan GT-R teve seu motor recalibrado para 600 cv e o torque saltou para 66 kgfm.
A variante também é superior debaixo do assoalho. Ela ganhou amortecedores Bilstein, com três níveis de carga, freios Brembo (com discos de cerâmica de carbono) e Rodas Rays calçados em pneus Dunlop SP Sport Maxx GT600 de 20 polegadas.
Reza a lenda que o Nissan GT-R recebeu o apelido de Godzilla no final dos anos 1980, quando a geração R32 foi avaliada pela imprensa australiana. Os colegas da revista Wheels ficaram surpresos com a truculência daquele exótico cupê, que eles classificaram como o melhor carro a ser pilotado. E ele é como o próprio Godzilla, uma criatura que não pode ser domada, apenas desafiada.
Quando nosso colega Sérgio Melo foi até o interior paulista para guiar uma unidade do GT-R, que a filial brasileira da Nissan tinha importado para o Salão do Automóvel de 2014, ele voltou assustado. Isso porque esse carro só era comportado no modo Conforto, qualquer outro ajuste de desempenho fazia a criatura emergir das profundezas e despejar nas rodas suas ondas de radiação.
Em 2018, a Nissan revelou uma versão conceitual para celebrar os 50 anos do GT-R, que seria comemorado em 2019. Na época, a alta cúpula da Nissan não tinha certeza sobre o futuro do esportivo e se ele teria um substituto. Mas ele não precisa de uma nova geração, basta evoluir ano a ano assim como o bom e velho monstro que repousa no centro da Terra.
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