Golpes envolvendo carros crescem na pandemia: saiba como evitá-los
Com o mundo virtual em evidência ainda maior durante a pandemia, cresce a ocorrência de fraudes: saiba como não ser vítima dos criminosos
Com o mundo virtual em evidência ainda maior durante a pandemia, cresce a ocorrência de fraudes: saiba como não ser vítima dos criminosos
A pandemia pode ser um prato cheio para golpes envolvendo carros. No ambiente digital de sites, redes sociais e aplicativos de mensagens, vários tipos de fraudes podem ocorrer. E há contravenções tão bem-elaboradas que chega a ser difícil desconfiar delas: compradores em busca de um automóvel são vítimas em potencial.
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Vale lembrar que o setor de carros usados está muito aquecido, devido à escassez de produtos zero-quilômetro e também ao empobrecimento dos consumidores da base do mercado. E os criminosos aproveitam: o golpista pode se fazer passar por algum funcionário de loja de carro, por exemplo, começando a fazer a intermediação falsa entre comprador e vendedor.
“Isso (acontece) diariamente. Muitas vezes roubam anúncios verdadeiros na internet e começam a participar da compra, geralmente pedindo depósitos antecipados como sinal para reservar o negócio”, diz Flávio Maia, diretor de marketing e planejamento da Associação dos Revendedores de Veículos no Estado de Minas Gerais (Assovemg).
Maia ensina uma dica de ouro: nunca depositar nenhum valor em dinheiro em contas bancárias de terceiros, apenas diretamente na conta do proprietário, depois de ter acesso e conferir os documentos do veículo, ou para a loja em que está negociando, com a segurança do registro pelo CNPJ. Esse tipo de operação bancária faz parte de praticamente todos os tipos de golpes.
Entre os mecanismos para os golpes, números de celular clonados e acesso a informações sigilosas do comprador são apenas algumas ferramentas que trabalham a favor do crime. Conheça algumas das artimanhas dos estelionatários:
Uma ação fraudulenta comum é o golpe do sinal. É quando pessoas com segundas intenções anunciam veículos inexistentes em plataformas de compra e venda online.
Quando um interessado se apresenta, solicitando um encontro presencial, o golpista pede um sinal, justificando que já existem outras pessoas interessadas na compra. Nessa hora, é apresentada a conta corrente de um laranja para o depósito.
Outra pegadinha recorrente é a da fachada falsa. O criminoso tira fotografias da entrada de lojas, revendas ou concessionárias, e edita as imagens, mudando o contato telefônico que consta na placa. Quando o interessado liga para esse número, que pode ser fixo mesmo, encontra uma secretária e até ramais de atendimento: aparentemente, tudo é muito profissional.
Daí para frente o golpe segue o rumo mais comum. Novamente, o atendente solicita o sinal ou pagamento integral na conta de outras pessoas. E, claro, a vítima nunca verá o carro.
“Uma orientação para evitar essa modalidade de fraude é se assegurar da veracidade das informações recebidas no site oficial da empresa, em que deve constar tudo o que for relativo ao veículo. Também buscar na internet, pelo mapa, imagem da loja para conferir os números”, salienta Maia.
Quando o carro é ofertado a preços irresistíveis, é provável que um estelionatário esteja aplicando golpe. Em certas situações, o fraudador diz ao comprador interessado que o veículo foi vendido, mas tem um parente empregado em um fabricante, que tem acesso a outras – e poucas – unidades, com valor imperdível.
O interessado liga, chega ao cúmplice do golpista, que confirma a função na empresa e, claro, pede o depósito de uma quantia inicial para ter acesso ao automóvel com o desconto. “Desconfie de qualquer oferta mirabolante. O mercado está aquecido e dificilmente você vai encontrar um carro de qualidade muito abaixo da tabela”, orienta Maia.
A invasão de aplicativos de mensagem está entre as principais ferramentas dos contraventores em busca de seus objetivos. Começa como uma operação real, acordada entre um vendedor sério e seu possível cliente. O carro é colocado à venda na rede, quando o anunciante também divulga seu número de telefone.
O criminoso observa esse número e, a partir daí, invade o celular do vendedor, passando a seguir os passos da transação. Com o negócio perto de ser concluído, o golpista bloqueia o acesso do real proprietário do carro, assume a conversa e fornece as informações falsas para o pagamento.
“Nessa modalidade de golpe, é muito difícil a vítima identificar a fraude, principalmente porque as mensagens partem do número do vendedor real. Observe a titularidade da conta bancária na hora do acerto. Esta é a dica crucial”, reforça Maia
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O banco responsável pela conta destino do golpe não deveria ser responsabilizado? Você vai em uma agencia abrir uma conta, eles pedem seu cpf, nome, etc, como um bandido recebe dinheiro de golpe na conta bancaria dele e ninguém consegue achá-lo?
Infelizmente, grande percentual do povo, gosta de aplicar pequenos “golpes” no dia a dia. Passar a perna, rasteiras pra levar vantagem. Tenho nojo disso, fico muito chateado. O negócio é escolher bem as companhias e prestadores de serviços. Me afasto de catefra e pessoa mal intencionada. Com o tempo se aprende a identificar os golpistas.
As informações são precisas e de suma importância para os cidadãos de bem.
Eu com 62 anos de idade cai nesse golpe em Goiânia, fiz um depósito de 1500 reais na aquisição de um gol 2011 me enrolaram uns 3 mês, agora sumiram do mapa,nome fantasia, consultoria de veículos Attiva, com endereço CNPJ e telefone fixo,vc vai na justiça eles não fazem nada pra ajudar a gente, muito triste e constrangedor.
A justiça não tem muito o que fazer nesse caso, pois essas quadrilhas normalmente enviam todo o dinheiro para a conta de laranjas. Tem que ficar esperto pra não cair nesses golpes.
Prender o laranja é um bom começo!
Geralmente os laranjas não tem culpa no cartório, as vezes os golpistas consegue dados colhidos em currículo e abre contas bancárias, aí não tem jeito de reaver o dinheiro.