Híbrido ou elétrico: os dois são bons, mas, por ora, fico com o primeiro
Eletrificação é um caminho sem volta, mas cada mercado tem suas peculiaridades em que o híbrido pode ser uma melhor escolha ao 100% elétrico
Eletrificação é um caminho sem volta, mas cada mercado tem suas peculiaridades em que o híbrido pode ser uma melhor escolha ao 100% elétrico
Eu não entendi o que foi exatamente que eu disse em um vídeo anterior, que uma porção de gente veio me perguntar: “Mas Boris, por que você é contra o carro elétrico”? Eu não! Eu sou a favor do carro elétrico. Agora, o problema é que no Brasil hoje, o carro elétrico é muito caro. O mais barato custa R$ 150 mil. Estou falando de Renalt Kwid, de JAC, esses carros mais baratinhos. Da CAOA, o iCar. Também é R$ 150 mil, R$ 160 mil.
Segundo, a infra estrutura para recarregar, ainda não tem, nessas estradas enormes do Brasil. Então dá para comprar carro elétrico hoje quem tem um bom saldo bancário e além do mais, não vai ter só esse carro elétrico em casa, porque no caso de uma viagem longa, esquece do carro elétrico.
VEJA TAMBÉM:
Vai ter que se programar, ver onde é que tem posto de recarga. “Aí eu vou andar 500 quilômetros e vou parar no quilometro 200”. Aí você chega lá, a tomada quebrou e aí? Na minha opinião, o carro elétrico é a solução, mas hoje é o carro híbrido. Faz mais sentido porque ele tem o motor a combustão e o motor elétrico.
Se acaba a bateria, vai de gasolina, vai de etanol, vai do que você quiser. E além do mais, qualquer que seja a outra solução, com motor a combustão – o motor a combustão já deu o que tinha que dar. Eu acredito no carro elétrico até pela eficiência do motor elétrico, é muito maior do que o motor a combustão. A manutenção do carro elétrico é muitas vezes mais barata que o do motor a combustão.
O carro elétrico tem uma peça móvel, só o motor que gira. O motor a combustão tem centenas de peças. Então por isso eu sou a favor do carro elétrico sim, mas não hoje no Brasil. Se você morar na Europa e nos Estados Unidos e tiver um saldo bancário razoável, dá até pra você viajar, que aí sim tem posto de recarga para todo lado. No Brasil, não e eu sou hoje a favor do híbrido e não do elétrico, exceto aquelas condições que eu mencionei. Estamos entendidos agora?
👍 Curtiu? Apoie nosso trabalho seguindo nossas redes sociais e tenha acesso a conteúdos exclusivos. Não esqueça de comentar e compartilhar.
TikTok | YouTube | X |
Ah, e se você é fã dos áudios do Boris, acompanhe o AutoPapo no YouTube Podcasts:
Podcast - Ouviu na Rádio | AutoPapo Podcast |
Um híbrido atende às minhas necessidades. Por outro lado, um 100% elétrico está fora da minha realidade.
Exato! O híbrido é muito mais versátil, melhor na estrada e na cidade, e com pegada de carbono menor até mesmo que o elétrico a bateria. Lembrando que a maior parte da eletricidade no mundo vem de termoelétricas, além do processo poluente de fabricação das baterias de lítio.
Não estamos entendidos. Porque faltou você dizer qual tipo de híbrido elétrico você prefere. Você vai de híbrido série ou híbrido paralelo? Híbrido série é como o BMW i3 REX. Um motor de scooter (650 cm3) embaixo do banco traseiro tem a única função de carregar a bateria. Não ‘enxerga’ as rodas mtrizes. Híbrido paralelo é como o Toyota Prius e o Toyota Corolla Híbrido Flex. No hóbrido paralelo, tanto o motor a combustão quanto o motor elétrico podem acionar as rodas motrizes. Na estrada, só o motor a combustão aciona as rodas. Detalhe: a Toyota e a USP fizeram um test drive de São Paulo até Belo Horizonte, com dois Corolla: um combustão normal, e um híbrido paralelo flex. Alguém aí tem ideia de qual Corolla gastou menos? O híbrido flex paralelo? Ou o Corolla normal? Pois é. O Corolla com combustão normal gastou menos. Híbrido paralelo é uma gloriosa enganação.
Pênis
Concordo, pois para o Brasil, pelo menos a curto e médio prazos, o mais adequado é o híbrido flex (mHEV ou BSG Belt Starter Generator, HEV ou PHEV flex) devido á falta de infraestrutura de recarga nas nossas longas estradas e preços dos puramente elétricos (BEV) aqui.