História do Mini alia esportividade a elegância; confira curiosidades
Modelo 2016 carrega quase 60 anos de história, passando por seu nascimento na Inglaterra como um city car, até se tornar um ícone cultural
Modelo 2016 carrega quase 60 anos de história, passando por seu nascimento na Inglaterra como um city car, até se tornar um ícone cultural
A história do Mini tem um capítulo cult na Inglaterra, onde se alongou por 50 anos, até a marca ser adquirida e remodelada pela BMW em 2000. Com tamanho compacto e uma surpresa debaixo do capô, os novos pequeninos, que chegaram ao Brasil em 2009, são ideais para a cidade. Unindo a herança cultural ao luxo e tecnologia da alemã, os preços variam entre R$114.950 e R$184.950.
O design desse carrinho, em todas as versões, faz parte do seu charme e ainda puxa muito do modelo inglês. Com um centro de gravidade baixo, faróis redondos e detalhes cromados por toda a carroceria, a impressão que ele passa é singular. Já na terceira geração, os modelos atuais oferecem faixas esportivas no capô, no mesmo tom que o teto, reforçando a mistura de esportivo com clássico que os distingue. A grade dianteira marcante, tradição cinquentenária, também continua lá.
Para classificar seus modelos, a Mini tem um sistema diferente, que combina os tipos de carroceria com tipos de motor. No Brasil, estão disponíveis quatro carrocerias: hatch de três portas (uma é a do porta-malas), hatch de cinco portas, Clubman e Countryman. Cada uma delas tem as versões Cooper, Cooper S e John Cooper Works, além de algumas edições especiais.
Seguindo esse sistema, existem 15 modelos no país atualmente. O mais simples de todos é o Mini Cooper de três portas, que possui motor TwinPower Turbo de 1,5l e 3 cilindros, que entrega 136 cv. É bastante coisa para um carrinho de 1,7 m por 3,8 m que pesa 1.565 kg, e essa potência o acompanha desde o passado. Nos originais ingleses, “Cooper” era a denominação dos modelos voltados para a performance.
Entretanto, esse possante é o mais fraco da família atual, que tem membros com até 231 cv. A versão John Cooper Works do Cooper de 3 portas é a portadora desse número, alcançado através de ajustes minuciosos no motor, e sai por R$ 141,950. Outro modelo especial John Cooper Works tem a carroceria Countryman, que é mais comprida, e fica com o título de mais caro por R$184.950.
Embora nunca tenha sido o preferido pelos fãs do modelo, que gostam mesmo é dos compactos, ele também foi ressuscitado da história do Mini com seus 4,1 m por 1,7 m e quatro portas. Os modelos Countryman são adaptados para off-road e os únicos com opção de tração nas quatro rodas, sendo também os únicos a serem produzidos em Santa Catarina. Na versão em questão, ele tem 218cv e design diferenciado, com faixas esportivas exclusivas e realces de cor nas laterais.
Para se juntar à família, o cultuado Mini conversível que já passou por aqui teve seu retorno confirmado. De acordo com a Comunicação Corporativa do BMW Group Brasil, o novo Cooper Cabrio será disponibilizado até o fim deste semestre.
Por dentro, a BMW equipou o hatch com muita modernidade, o que gera um contraste com a longa história do Mini. O conjunto Central Cluster pode ser considerado o ponto principal desse equipamento: bem adaptado ao design do entorno com seu formato circular e posicionado à direita do motorista, no centro do painel, ele é um sistema de infotenimento com diversos recursos.
Através dessa central, o usuário acessa o Mini Connected, conjunto de funções de conectividade que oferece comodidades como informações do veículo através do celular, sincronização de calendário, comunicação com amigos e planejamento de rotas com aviso de congestionamentos. Em volta da tela sensível ao toque da central, um anel de luzes LED muda de cor de acordo com a natureza da informação sendo acessada.
A depender do modelo, existem outras engenhocas pós-modernas para acompanhar o motorista. Uma delas é o Head Up display, uma tela translúcida que exibe informações de trajeto e sobre o veículo, posicionada acima do painel e atrás do volante.
Outro diferencial dos Mini é a possibilidade de personalização através de diversos acessórios originais com desenhos divertidos, muitos fazendo referência à história do Mini e sua origens inglesas. Começando pela cor do veículo, que possui 28 opções, incluindo amarelo-gema e azul-celeste, até as faixas esportivas no capô, estofamento com detalhes em xadrez e acessórios para as rodas e retrovisores, o consumidor pode montar um Mini ao seu gosto.
O Mini nasceu na Inglaterra em 1959 como um carro popular e acessível, característico da Europa pós-guerra. Como não haviam muitos recursos disponíveis e muitas cidades estavam destruídas, a necessidade era de carros pequenos, baratos e práticos. Mas o destino tinha coisas maiores reservadas para o Mini, e ao longo das décadas de 60 e 70, ele passou a ser reconhecido como um carango de personalidade, semelhante ao Fusca aqui no Brasil.
Se olharmos bem para o modelinho inglês as razões para isso são claras: ele é um carrinho diferente, simpático e apaixonante, mas também é surpreendentemente possante. A denominação “Cooper”, que segue até hoje em alguns modelos, veio de John Cooper, mecânico de carros de corrida que envenenou algumas versões do Mini. De 1964 a 1967, o diminuto surpreendeu o mundo todo, vencendo três disputas do rali de Monte Carlo em sequência.
Enquanto deixava carros muito maiores comendo poeira, ao longo da história do Mini, a gama do modelo também foi ganhando várias versões, inclusive algumas muito exóticas: haviam Minis a estilo de jipes, de vans, de carrinhos de cachorro quente e até em formato de laranja. Tudo isso no formato compacto do original, que não passava de 1,34m de altura.
Não demorou muito para ele se alçar às alturas de um ícone cultural, sendo eleito como o segundo carro mais influente do século XX pela prestigiada Global Automotive Elections Foundation em 1999, ficando atrás apenas do Ford T. Em 2000, a produção do Mini, que passou por muitos donos, estava deixando a desejar e foi interrompida.
A BMW, que já controlava sua produção desde 1994 através do Rover Group, vendeu todas as fábricas e tecnologias, com exceção do direito de usar a marca Mini. A partir daí nasceram os Mini do século XXI, que embora oficialmente só tenham o nome do original inglês, puxaram muito de seu design e, especialmente, da herança cultural angariada ao longo da história do Mini.
O AutoPapo testou o Mini Countryman ALL4, confira o que achamos do modelo:
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acabei de comprar um mini John Cooper Works Countryman ALL4 2014. Estou surpreso pelo conforto, estabilidade, agilidade, perfeito pra mim. Ele é rigorosamente impressionante em td.