Honda AMG? Conheça a história do Civic fabricado pela Mercedes-Benz
Isso aconteceu na África do Sul, onde a Mercedes-Benz aceitou fabricar e vender o Civic para ajudar na consolidação da Honda no país.
Isso aconteceu na África do Sul, onde a Mercedes-Benz aceitou fabricar e vender o Civic para ajudar na consolidação da Honda no país.
Em alguns países com o mercado automotivo menor que o do Brasil, é comum fabricantes buscarem parcerias com outros na hora de se instalar. E foi isso que a Honda fez quando decidiu entrar no mercado sul-africano: se juntou à Mercedes-Benz.
Isso foi em 1982, a Mercedes já estava na África do Sul desde 1948 e possuía uma fábrica no país. As montadoras fecharam um acordo para a fabricação e venda do sedã Ballade por meio da infraestrutura da Mercedes-Benz.
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O Honda Ballade era um sedã do Civic vendido no Japão, na geração seguinte passou a se chamar Civic porém na África do Sul o nome Ballade foi mantido até a Honda se instalar oficialmente no país em 2001.
A produção do Honda Ballade foi uma solução para Mercedes sul-africana, que precisava de um carro mais acessível que o 190E para aumentar seu volume de vendas. O Ballade feito pelo fabricante alemão era praticamente igual ao Civic, sem receber a estrela de três pontas e mantendo as identificações como Honda. As diferenças ficavam em usar forração em couro com padrão Mercedes, rádio Becker e sistema de alarme alemão.
Os sul-africanos gostam de velocidade e costumam ter versões esportivas interessantes e exclusivas. Com o Honda Ballade não poderia ser diferente e o modelo esportivo 160i foi lançado em 1990, combinando o motor do Civic SiR hatch japonês com a carroceria sedã.
O motor 1.6 16v com comando duplo gerava 131 cv e 14,4 kgfm, números baixos perto dos rivais Jetta CLI e Opel Monza GLi que usavam motores de 2 litros. Porém o Honda Ballade compensava com o peso de apenas 934 kg. Essa combinação rendia uma aceleração de zero a 100 km/h em 9 segundos e velocidade máxima de 198 km/h.
O Honda Ballade 160i mais tarde ganharia uma versão AMG, com alguns equipamentos extra para ressaltar a esportividade. O motor não mudava, porém a suspensão da versão AMG recebeu molas Eibach 20 mm mais baixas e rodas AMG de 15 polegadas. O pacote era completado por um spoiler e para-choques pintados na cor da carroceria.
A geração seguinte do Ballade já é mais conhecida dos brasileiro, foi o primeiro Civic a ser importado oficialmente para cá. Na linha de produção sul-africana da Mercedes-Benz o Civic sedã continuava sendo produzido como Ballade, agora com duas versões esportivas: a 160i e a 180i.
A versão 160i usava o mesmo motor B16A que conhecemos no Civic VTI, um 1.6 DOHC que produz 160 cv. Já na versão 160i AMG esse propulsor 1.6 aspirado ganhou mais alguns cavalos, pulando para 175 cv. Já a 180i usava o 1.8 B18B4 sem VTEC, gerando apenas 140 cv e sem tempero especial da AMG.
Além da potência extra na versão 160i, o pacote AMG acrescentava ao sedã um spoiler na traseira e rodas de liga leve de 15 ou 16 polegadas exclusivas feitas pela Remotec. A suspensão recebia molas Eibach, dessa vez 40 mm mais baixas.
A sexta geração do Civic foi a última fabricada na África do Sul pela Mercedes-Benz como Ballade. Essa geração foi a que recebeu mais modificações na produção local, como o porta-copos no console, para-choques sem friso, emblema maior da Honda na grade e capô redesenhado.
As versões esportivas 160i e 180i foram mantidas com a mesma mecânica, com o pacote AMG adicionando itens de conforto e a potência extra no 160i. Dessa vez as rodas usadas eram as mesmas do Civic SiR japonês.
Em 2001 a Mercedes-Benz encerrou a produção do Ballade na África do Sul. A Honda já havia se estabelecido no país durante os anos 90 vendendo o Civic hatch e passou a importar o sedã também, batizado como Civic. O nome Ballade retornou em 2011 no City, para evitar confusão com o popular Volkswagen Citi Golf feito por lá.
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Foi uma forma esperta da Honda para entrar nesse mercado. Provavelmente o carro tinha preço interessante no país, pois certamente não pagava imposto de importação. O logo AMG deve ter sido usado para aumentar a margem de lucro do modelo.
O problema de Honda é Toyota em Belo Horizonte está na minha opinião no atendimento, fiquei 40 minutos na Green para ser atendido e comprar um veículo detalhe não tinha ninguém nenhum cliente na loja na Banzai deixei meu carro com 900km para fazer um oeqyeno reparo saiu de lá com um risco de aproximadamente 15cm no capo, prometi nunca mais comprar Honda nem Toyota
AMG?? Os alemães trolharam os Japas” kkkkkkk ….”O motor 1.6 16v com comando duplo gerava 131 cv e 14,4 kgfm”… Os japas levaram fumo em Nürburgring sem saber por que…
Mesmo tendo um motor de baixa cilindrada era um verdadeiro foguete!!! De 0 a 100km/h em menos de 10s, e com velocidade máxima perto dos 200km/h!!! É muito mais rápido q muito carro fabricado nos dias se hoje!