Escolhemos a versão mais vendida do SUV, a Limited 1.0 turbo, para analisar seus principais atributos e os pontos negativos
O Hyundai Creta é o carro mais vendido do Brasil no varejo. Ou seja, é o queridinho do público, não das empresas como outros modelos. Mas quais são as vantagens e desvantagens que justificam esse sucesso?
O segmento dos SUVs compactos é o mais concorrido no Brasil, com uma diversidade enorme de opções. O Hyundai Creta concorre no escalão mais alto deles, onde o apelo está na tecnologia embarcada e os preços chegam a intercalar com os de modelos médios de entrada.
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Para ajudar na pesquisa de quem está atrás de um SUV compacto mais tecnológicos, escolhemos aqui o Creta na versão Limited 1.0 TGDi. Essa é a versão mais vendida dele e fica logo acima do modelo de entrada Comfort.
O Hyundai Creta Limited utiliza motor 1.0 turbo com injeção direta de 120 cv e 17,5 kgfm, o câmbio automático de seis marchas. É um conjunto já conhecido do público, que equipa o SUV desde 2021 e também está presente na linha HB20.
Seu preço é de R$ 165.620, o colocando contra o Chevrolet Tracker LTZ, o Caoa Chery Tiggo 5X Pro Hybrid Max Drive, Peugeot 2008 Allure, Honda HR-V EXL, Volkswagen T-Cross Comfortline e Jeep Renegade Longitude.
Tendo esses carros como referência, vamos listas as vantagens e desvantagens do Hyundai Creta Limited.
O Hyundai Creta é um dos carros mais atuais de seu segmento. A geração atual foi lançada em 2021, em 2024 ele recebeu um face-lift que melhorou a principal crítica, que era o desenho.
A Hyundai gosta de rechear seus carros com o que existe de mais atual no mercado. O Creta Limited está mais perto da base da gama, mas ainda assim conta com recursos interessantes.
Ele traz painel digital com tela de 10 polegadas, iluminação ambiente, ar-condicionado automático com duas zonas, carregador por indução, câmera de ré, chave presencial, sensor crepuscular, central multimídia com espelhamento sem fio, comunicação com o aplicativo Bluelink e pacote ADAS. Faltou apenas ter os faróis em LED das versões mais caras, mas pelo menos o conjunto usado no Limited é com projetor.
A Hyundai não tenta passar o Creta como um carro esportivo, ela sabe que seu uso é familiar. Por isso, a prioridade no comportamento dinâmico é no conforto.
O SUV também mima os ocupantes com revestimento sintético nos bancos e no volante, ar-condicionado de duas zonas, cruise control sensor de ré e outros equipamentos que já citamos.
Enquanto alguns concorrentes oferecem o pacote ADAS apenas nas versões de topo ou como opcional, o Hyundai Creta Limited já traz alguns desses recursos de série. No pacote dessa versão está incluso o detector de fadiga, a frenagem autônoma de emergência, o farol alto automático, a centralização na faixa de rolagem e o assistente de permanência em faixa.
O SUV também traz seis airbags, monitor de pressão dos pneus, alarme volumétrico e alerta de presença no banco traseiro. Seu pacote de segurança está entre os mais fartos nessa faixa de preço.
O fato de ser um carro que vende muito no varejo também significa que a fama do Hyundai Creta é boa no mercado de usados. A fama boa de seu motor também ajuda nisso. Nesse quesito ele só fica atrás dos modelos japoneses.
O Hyundai Creta possui 2,61 m de entre-eixos, estando entre os maiores do segmento nessa medida. Isso se traduz em espaço bom para quatro adultos, um quinto ocupante fica espremido.
Toda montadora escolhe o que vai priorizar em seus carros. A Hyundai optou por focar em conforto e tecnologia, mas acabou escorregando nos seguintes quesitos:
O motor 1.0 turbo do Hyundai Creta é bem mediano quanto a força e não possui fama de ser problemático. Mas ele cobra o proprietário com o consumo acima da média para a categoria. Confira as médias no padrão do Inmetro:
Combustível | Consumo urbano | Consumo rodoviário |
---|---|---|
Etanol | 8,3 km/l | 9,1 km/l |
Gasolina | 11,9 km/l | 12,6 km/l |
Dentre os equipados com motor 1.0 turbo, o Volkswagen T-Cross consegue ser mais econômico. Se colocar os aspirados na jogada, temos o Honda HR-V com as melhores médias dessa faixa de preço.
Essa crítica vai para todos os modelos do Hyundai Creta. O SUV foi posicionado em uma faixa mais alta do mercado e não possui uma versão mais acessível para o público PcD, como a concorrência faz.
Sua relação custo/benefício fica bem atrás de alguns concorrentes como o Jeep Renegade e o Caoa Chery Tiggo 5X. Também existe um buraco grande de preços entre as versões Limited e Platinum.
O motor 1.0 TGDi da Hyundai usa o mesmo conceito do 170 TSI da Volkswagen: usar um turbo menor para respostas mais rápidas. Isso se cobra em potência e torque menores, com valores próximos ao de um 1.6 aspirado.
A aceleração de zero a 100 km/h do Creta é feita em 11,6 segundos, um indicativo de que o motorista deverá ser mais paciente em ultrapassagens. O Volkswagen T-Cross, o Jeep Reneage e o Peugeot 2008 irão agradar mais a quem está com pressa.
Carros familiares precisam ter um bom porta-malas. Os 422 litros do Hyundai Creta não está entre os melhores, existem carros menores com volume maior no bagageiro.
O interior do Hyundai Creta é bonito de ser ver, mas chegando perto você percebe que é quase todo em plástico duro. Faltam inserções em material macio ao toque, principalmente em áreas de contato com o corpo como nas portas.
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