GTI elétrico é revelado entre desentendimentos da VW sobre eletrificação no Brasil
Executivos de alto escalão da Volkswagen divergem sobre estratégia de produção e vendas de elétricos da marca no Brasil e Europa
Executivos de alto escalão da Volkswagen divergem sobre estratégia de produção e vendas de elétricos da marca no Brasil e Europa
O Golf GTI elétrico, ou ID.GTI, é a grande sensação da Volkswagen no Salão do Automóvel de Munique. O emblemático esportivo alemão é mais um ícone da Volks a ganhar derivação elétrica, assim como o ID.Buzz. Por hora, o GTI ainda é um conceito, mas o martelo já foi batido.
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Mas junto da apresentação do GTI a pilha apuramos uma série de desavenças sobre os planos de eletrificação da marca, principalmente no Brasil. Boris Feldman conferiu in loco o novo elétrico e aproveitou para recolher confidências ao pé do ouvido dos grandes executivos sobre nosso mercado.
E o jornalista descobriu algo curioso: os discursos não batem. O presidente geral da marca, Thomas Schäfer, afirmou que poderá fabricar elétricos no Brasil já em 2026. A fala do executivo vai contra ao que teria afirmado de forma categórica, no início do ano, o chefão do VW Group, Oliver Blume. Na ocasião, ele descartou a produção de elétricos no Brasil.
Pouco depois, nos arredores do stand da VW, ao lado do GTI e do ID.7 (o sedã elétrico da marca), um colega de alta patente negou, e com ironia. Nossa fonte revelou ao Boris o que já era óbvio: não seria possível produzir elétricos em um intervalo de tempo tão curto.
E ao mesmo tempo, o próprio Schäfer engrossou o coro de colegas como Antonio Filosa, da Stellantis, e destaca o potencial do etanol na produção de modelos híbridos. Para o presidente da Volks, o híbrido a etanol tem potencial para atender as exigências ambientais nas próximas duas décadas. Em outras palavras: o Brasil deverá produzir híbridos e não carros 100% elétricos.
Nosso enviado especial também foi questionar Schäfer sobre encalhes dos elétricos da marca no Velho Continente. O executivo retrucou e disse que as vendas de sua gama de elétricos vai muito bem: “não está sobrando carro”, garantiu ao Boris.
Mas outro colega de alto escalão desmentiu o CEO. Ele disse ao Boris que a Volks tem tido problema sim para vender seus elétricos. “Junto da Tesla, fomos os primeiros a desenvolver carros elétricos. O problema é que nossa tecnologia já foi superada, GM e outros grupos já oferecem soluções mais sofisticadas. E o consumidor já percebeu essa diferença”, contou sob sigilo absoluto, outro cartola da Volks.
Ou seja, certamente Schäfer se embolou em suas declarações e o que realmente deverá acontecer é que a Volkswagen vai desovar elétricos de geração passada, como ID.Buzz e ID.4 por aqui e irá instalar pequenos módulos eletrificados na gama atual. Talvez o que faltou a ele foi um pouco de domínio da língua de Camões.
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Maravilhoso!