Ignorar cinto no banco traseiro pode te matar – e uso é obrigatório
As estatísticas sobre o uso do equipamento não são nada animadoras e indicam que nem metade dos passageiros o afivela
As estatísticas sobre o uso do equipamento não são nada animadoras e indicam que nem metade dos passageiros o afivela
Sabe o que tiveram em comum a Lady Di, o Dias Gomes, roteirista de famosas novelas da TV Globo, e o ex BBB Rodrigo Mussi? Os três foram vítimas de acidentes no banco traseiro do carro e não tinham afivelado o cinto de segurança.
Lady Di e Dias Gomes morreram, Rodrigo Mussi teve ferimentos graves pelo mesmo motivo. E vejam só, o segurança no banco dianteiro da Mercedes que se acidentou com Lady Di, estava com cinto e não morreu.
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Quando eu entro em um táxi sempre pergunto ao motorista se os passageiros do banco traseiro afivelam o cinto, e quase todos dizem ser muito raro. Às vezes dizem, “eu peço, digo que serei multado, e nem assim.”
Aliás, as estatísticas sobre o uso do cinto atrás não são nada animadoras e indicam que nem metade dos passageiros o afivela, justificando com argumentos insustentáveis: “a legislação só exige o cinto nos bancos dianteiros. No caso de um impacto, seriam protegidos pelo banco dianteiro.”
Tudo errado! Primeiro, a legislação exige sim que todos os passageiros afivelem os cintos. No Código de Trânsito Brasileiro diz que é obrigatório o uso do cinto de segurança por todos os passageiros de um veículo. O motorista do veículo recebe uma multa grave com penalização no valor de R$ 195,23.
Segundo, que o encosto do banco dianteiro não protege ninguém sendo arremessado com peso de toneladas.
Toneladas? Sim! Em uma batida a 60 km/h o peso é multiplicado por 35. Então, o passageiro de 75 kg é jogado para frente pesando 2800 kg. Em muitos casos, quem estava atrás sem cinto é arremessado com tanta violência para frente que chega a ferir ou até matar o passageiro ou o motorista.
Além disso, acidente não é só frontal. O carro pode bater lateralmente ou capotar e quem está atrás pode ser arremessado para fora, com grandes chances de bater o crânio no asfalto. Ou também a possibilidade de uma pancada na cabeça contra o teto ou coluna lateral, e perder a consciência, ficando sem condições de se safar de um incêndio, por exemplo.
Essa inexplicável atitude é responsável por muitas vidas perdidas. Mas lamentavelmente são raras, raríssimas, as campanhas de educação do trânsito que incentivem seu uso.
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Esqueceram do cantor Cristiano Araújo e sua namorada. Ambos estavam sem cinto no banco traseiro. Motorista e segurança no banco da frente sobreviveram ao violento acidente. O carro era um Range Roger top de linha, com inúmeros air bags e estrutura de tanque de guerra. Segurança do veículo não foi o problema e, sim, a falta do uso do cinto no banco traseiro.