Confira quais as particularidades dos veículos eletrificados quando o assunto e incêndio, o papel da bateria e o que fazer em caso de emergência
No mês de outubro, um BYD Dolphin pegou fogo em Santa Maria (RS), sendo o primeiro incêndio de carro elétrico da marca registrado no Brasil. Já em novembro, um Volvo EX30 foi completamente destruído por chamas em uma concessionária da montadora em Maceió (AL). Esses casos chamaram atenção para os veículos movidos a bateria e levantou-se o questionamento: o que fazer se um automóvel elétrico pegar fogo?
No geral, os veículos eletrificados comercializados no Brasil já possuem tecnologias que protegem a bateria, peça principal do veículo e que apresenta maior perigo de incêndio. Os modelos elétricos e híbridos possuem sistemas de gerenciamento de temperatura da bateria para mantê-las nas condições ideais de funcionamento. Também existem barreiras físicas e proteções químicas para evitar que uma pane em uma célula, por exemplo, leve a um incêndio.
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Mas, ainda é possível que as chamas atinjam esse componente do veículo, seja a partir de uma recarga improvisada, como foi o caso do Dolphin de Santa Maria, ou surgindo de alguma falha do modelo. E quando isso acontece há um enorme risco.
De acordo com o Tenente Henrique Barcellos, porta-voz do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), se um incêndio de carro elétrico atingir sua bateria, serão exigidos muito mais recursos para conter o fogo em comparação a um automóvel a combustão. Isso porque as chamas irão perdurar até que todo o componente seja consumido. Dessa forma, o volume de água necessário para combater esse tipo de chama é centenas de vezes superior.

Em consequência disso, o tempo necessário para apagar o incêndio também será bem maior, além de que pode ser liberada uma fumaça tóxica no local, o que é extremamente perigoso em locais fechados. Segundo, outro fator dificultador é que a água precisa penetrar satisfatoriamente nas células das baterias, que por seu processo de construção e atendendo a princípios de segurança, são bem protegidas.
O sistema de alta voltagem desse tipo de automóvel também é um diferencial. Em caso de sinistro, ele precisa ser desligado, mediante o processo da retirada do tampão de serviço e retirada dos fusíveis da bateria. Após este procedimento, ainda há que se aguardar cerca de dez minutos para que seja desativada a alta voltagem.
Em primeiro lugar, existe um cuidado que reduz muito as chances de um incêndio de carro elétrico: seguir as normas do fabricante. Além de instalar várias tecnologias para evitar as chamas, as montadoras de veículos eletrificados determinam algumas regras, que não são nada de outro mundo, acerca do uso correto do automóvel. Você pode encontrá-las no manual do proprietário.
Outro fator importante para se prevenir de um incêndio é tomar muito cuidado onde você recarrega o seu veículo. Apesar de não haver um padrão nacional de segurança, é fundamental que as instalações de carregadores, em residências ou locais públicos, sejam feitas de forma correta e supervisionadas por um profissional ou pelo Corpo de Bombeiros para garantir o seu funcionamento correto sem nenhum risco.

Mas, se mesmo com todas essas precauções houver um incêndio em um carro elétrico, é preciso, antes de tudo, garantir a própria proteção. De acordo com o Tenente Barcellos, a ação mais prudente é se afastar dos riscos associados aos incêndios, como possíveis pequenas explosões.
Caso o incêndio tenha se iniciado com o carro em movimento, é essencial:
Se o carro elétrico pegar fogo, mas as chamas não forem provenientes ou não atingirem as baterias, o combate pode ser feito de forma mais semelhante aos incêndios de carros a combustão. Os cuidados adicionais vão ser tomados pelos bombeiros se a fonte de energia for envolvida.
Como mencionado anteriormente, o carro elétrico possui um sistema de alta voltagem, que necessita, em situações emergenciais, de ser desligado. O porta-voz do CBMMG destaca que realizar essa tarefa, porém, vai depender do estágio em que se encontra o incêndio, pois, se já houver chamas, esse tipo de procedimento só deve ser realizado pelos Corpo de Bombeiros, devidamente protegidos com seus equipamentos de proteção individual (EPI).
Em vários veículos, o ponto onde deve ser feita a desconexão desse sistema está sinalizado, facilitando a ação dos profissionais.

De acordo com treinamento ministrado pela Renault com 5º Grupamento dos Bombeiros de São Paulo no ano passado, os bombeiros devem seguir três passos principais para controlar o fogo:
Em casos onde há o vazamento de eletrólitos, o que ocorre após um acidente, os bombeiros devem usar máscaras e luvas para evitar intoxicação.
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