Mitsubishi L200 toma bomba no Latin NCAP. Mas é outra
Nos crash tests da entidade uruguaia Latin NCAP, picape japonesa fica com zero estrela, porém, não está explicado que este não é o modelo vendido no Brasil
Nos crash tests da entidade uruguaia Latin NCAP, picape japonesa fica com zero estrela, porém, não está explicado que este não é o modelo vendido no Brasil
Mais uma vez, o Latin NCAP prejudica um fabricante nacional de automóveis ao dar nota zero para um modelo que não é produzido no país. Dessa vez, foi uma Mitsubishi L200 importada da Tailândia. No Brasil, ela é fabricada nacionalmente e diferente. E o Latin NCAP já havia feito isso com a Ford Ranger em 2016, dando 3 estrelas a ela, enquanto o presidente da organização reconhecia que a versão brasileira teria nota maior.
O problema é que o consumidor não vai se aprofundar nesse tipo de informação. Para ele, basta olhar a nota que o veículo ganhou nos testes de impacto. Nessa hora, o órgão não deixa claro que o modelo avaliado só é vendido em alguns países, injustiçando um carro que pode ter perfeitas condições de segurança.
O Programa de Avaliação de Veículos Novos para a América Latina e o Caribe (Latin NCAP) divulgou os últimos resultados nesta terça-feira (26). A picape da marca japonesa foi classificada com 0 (zero) de 5 estrelas para a proteção de adultos, e 2 para a de crianças. Segundo relatório da organização, faltou ao modelo os airbags, o que seria proibido no Brasil, já que o equipamento de segurança é obrigatório por aqui.
No Chile, onde a L200 do Latin NCAP é a picape mais vendida, o mesmo não acontece. Além disso, o órgão avaliou que a picape apresentou “alta probabilidade de ferimentos com risco de vida em uma batida a apenas 64 km/h” durante a bateria de testes.
Outros problemas apontados são instabilidade da estrutura na área dos pés, e o sistema de fixação de cadeirinhas infantis recomendado pela Mitsubishi não com o Isofix, mas, sim, com os cintos de segurança.
A L200 do Latin NCAP também tem uma versão com cintos de segurança pélvicos, com apenas dois pontos de ancoragem, no banco central traseiro, argumenta o órgão. Além disso, faltou à picape os sistemas eletrônicos de segurança, como o Controle Eletrônico de Estabilidade (ESC).
De acordo com o mesmo, a Mitsubishi “prometeu melhorar o equipamento básico padrão da L200” com os airbags e cintos de segurança adequados para todos os ocupantes, incluindo pretensores nos dos bancos dianteiros, que também estão ausentes no modelo que chega ao mercado até abril de 2020.
Enquanto isso, o órgão pediu a empresas do Chile, onde a L200 do Latin NCAP faz muito sucesso, que avaliem a escolha. Segundo o órgão, a picape é especialmente popular para frotistas e mineradoras da região.
O modelo da Mitsubishi é fabricado no Brasil, abastecendo o mercado nacional, e na Tailândia, de onde é importado para alguns países da América Latina.
Fotos, a não ser quando indicado: Latin NCAP | Divulgação
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“A picape da marca japonesa foi classificada com 0 (zero) de 5 estrelas para a proteção de adultos, e 2 para a de crianças. Segundo relatório da organização, faltou ao modelo os airbags, o que seria proibido no Brasil, já que o equipamento de segurança é obrigatório por aqui.” Nesta afirmação que a matéria possui um equivoco onde os modelos 4×4 não é necessário a presença de Air Bags. Podemos Verificar isto na fabricação e comércio do novo Troller.
Olá, Gustavo
Veículos classificados como “fora de estrada”, como é o Troller, estão isentos da obrigatoriedade do airbag. Mas este não é o caso da L200.
Obrigado e abraço