Nem Stellantis nem VW: conheça cinco montadoras independentes

Em meio a todas essas grandes alianças e grupos, algumas marcas ainda sobrevivem sem ter que "se vender" e fazem os carros de seu jeito

suzuki swift sport 2018 frente
A Suzuki já teve de rolo com a GM, mas hoje está solteira (Foto: Suzuki | Divulgação)
Por Eduardo Rodrigues
Publicado em 10/09/2023 às 09h02

O cenário automotivo mundial hoje está dominado por grandes corporações e alianças. Grupos como a Stellantis e a Volkswagen possuem diversas marcas em seu portfólio. Porém, ainda existem algumas montadoras independentes nesse meio.

Essas marcas não são necessariamente pequenas. Algumas concorrem em pé de igualdade com as gigantes e, muitas vezes, fazem parcerias para compartilhamento de tecnologias. As fabricantes menores, que fazem carros de baixo volume, também continuam existindo.

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Como estamos no feriado prolongado do Dia da Independência do Brasil, vamos relembrar algumas marcas que não precisam prestar contas a grandes corporações.

1. Suzuki

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O Jimny é um dos jipes mais desejados no mundo (Foto: Suzuki | Divulgação)

A japonesa Suzuki já esteve sob grande influência da General Motors e na última década possuiu 20% de suas ações nas mãos da Volkswagen. Hoje ela é uma montadora independente e está com a gama bastante enxuta.

Atualmente ela só vende o Jimny Sierra no Brasil, mas no exterior, S-Cross, Vitara, Baleno, Swift e outros modelos estão em linha. Na Europa, a Suzuki precisa vender carros híbridos para atender às cotas de emissões, por isso ela possui uma parceria com a Toyota.

O Suzuki Swace é uma perua do Corolla, enquanto o Across é o Rav4. Um mercado onde essa montadora independente ainda faz bastante sucesso é na Índia, onde possui uma joint-venture com a Maruti.

2. Ruf

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Um desses é um supercarro moderno todo em fibra de carbono, o outro nasceu como um monobloco de 911 (Foto: Ruf | Divulgação)

Os aficionados por videogames conhecem a Ruf devido a um acordo entre a EA Games e a Porsche, que tirou o fabricante alemão dos jogos que não eram Need For Speed. O motivo da Ruf poder ter carros que parecem ser o 911 em outros jogos, é o fato de ser reconhecida como uma montadora independente pelo governo alemão.

Essa empresa começou como uma oficina especializada em carros da Porsche, que mais tarde virou uma preparadora. As mudanças eram extensas: um exemplo disso era a caixa manual de cinco marchas que a Ruf desenvolveu para o 911 Turbo, que originalmente ainda usava uma de quatro marchas.

A Porsche enviava carrocerias novas e sem numeração de chassis para a Ruf, que terminava de montar os carros de sua forma. A Alpina possuía uma relação similar com a BMW, porém, em 2022, ela foi incorporada à montadora.

Atualmente, a Ruf ainda faz carros com carrocerias Porsche. Mas desde 2017 ela faz uma reedição do CTR com chassi totalmente próprio e carroceria de fibra de carbono. O desenho pode lembrar o 911 dos anos 1980, mas por baixo é um supercarro moderno de 700 cv.

3. Subaru

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A Subaru é fiel a sua tração integral e o motor boxer (Foto: Subaru | Divulgação)

A Subaru pode ser chamada de marca mais teimosa do mundo. Desde o lançamento — e sucesso — do Leone com tração integral nos anos 70, essa montadora independente insiste em fazer carros com motor boxer e tração nas quatro rodas.

Pode ser um carro médio, um SUV familiar, uma perua, um esportivo ou uma minivan, se o projeto for da Subaru, essas características estarão lá. Apenas os kei cars e o BRZ fogem dessa regra.

A Subaru também prima pela excelência na engenharia, seus carros estão sempre entre os mais seguros e confiáveis. Ela também desenvolve em casa componentes que costumam vir de grandes fornecedores, como o câmbio. A caixa CVT da Subaru é diferente das vistas em carros da Toyota e Nissan por utilizar corrente metálica no lugar da correia, por exemplo.

A General Motors já possuiu uma parcela volumosa das ações da Subaru, mas hoje ela é independente e atua como braço automotivo da Fuji Heavy Industries. Sua relação com a Toyota é apenas uma parceria para fazer os esportivos BRZ e GR86 — que de Toyota tem apenas o sistema de injeção direta.

4. Morgan

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Essa foto não foi feita em 1954, é a linha atual da Morgan (Foto: Morgan | Divulgação)

Os pequenos fabricantes de esportivos artesanais britânicos estão sumindo. Dos remanescentes, a Morgan é a única empresa independente que segue fazendo carros sem interrupção ou que não foi parar nas mãos de uma corporação maior.

Essa pequena montadora foi fundada em 1910 por Henry Frederick Stanley Morgan. Os primeiros roadsters dela tinham três rodas, o primeiro com quatro foi o 4/4 de 1936.

Esse modelo bateu o recorde de carro há mais tempo em produção no mundo, só saiu de linha em 2018. Ele passou por várias mudanças nesses 82 e utilizava o motor 1.6 Sigma da Ford nos últimos anos.

Hoje a Morgan faz apenas os modelos Plus Four e Plus Six, que usam motores de 4 e 6 cilindros da BMW. O que não mudou muito foi o desenho da carroceria e o uso de madeira em algumas partes. Você só percebe que o carro não foi feito antes da Segunda Guerra Mundial pois na cabine está a alavanca de câmbio do tipo joystick da BMW e um volante com airbag.

5. Mazda

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A marca japonesa investe em buscar a maior eficiência possível de motores a combustão (Foto: Mazda | Divulgação)

Assim como a Suzuki, a Mazda também já foi subsidiária de uma gigante dos EUA: a Ford. Hoje ela está independente e possui apenas umas parcerias para viabilizar modelos específicos, como a picape média BT-50 que é irmã de um modelo Isuzu.

Atualmente, a Mazda está melhorando o nível de qualidade do interior de seus carros para oferecer luxo de carro premium por um preço mais acessível. O hatch médio 3, por exemplo, é Audi A3 por preço de Volkswagen Golf, segundo a imprensa internacional.

Essa montadora independente possui uma área de engenharia bastante ativa, que investe pesado em motores com alta taxa de compressão. O 2.0 aspirado Skyactiv X à gasolina possui 18:1 de taxa e pode trabalhar no ciclo diesel.

Em 2022 ela apresentou um seis cilindros em linha, também com taxa de compressão elevada, porém sobrealimentado com turbo. Assim como a Subaru, a Mazda desenvolve transmissões e outras componentes de forma independente.

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