Esses 10 carros ‘comuns’ são mais raros do que o Porsche 911 no Brasil
O termo "carro raro" define esportivos ou clássicos; mas também pode servir para definir alguns carros mais comuns que simplesmente não fizeram sucesso
O termo "carro raro" define esportivos ou clássicos; mas também pode servir para definir alguns carros mais comuns que simplesmente não fizeram sucesso
Vender poucas unidades de um carro esportivo, um importado de luxo ou carro de marca com pouca representatividade no Brasil é comum. Mas graças à imprevisibilidade do gosto do consumidor, más escolhas no posicionamento do veículo, fatores políticos e até pandemias, alguns carros comuns são mais raros que o esperado.
Por isso, o AutoPapo revirou os dados de emplacamentos da Fenabrave — e a memória da equipe — para encontrar alguns desses carros comuns que venderam pouco. Alguns deles são até mais raros que esportivos de preços milionários ou carros de luxo. Como referência, de janeira a novembro de 2021 o Porsche 911 emplacou 836 unidades.
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Em 2006 a Volkswagen trouxe um lote do Polo GTI, importado da Espanha. A ideia era testar a receptividade do consumidor brasileiro e trazer mais unidades futuramente. Mas no final acabou sendo apenas esse lote de 30 unidades.
O Polo GTI custava mais caro que o Golf GTI fabricado no Brasil e trazia o mesmo motor 1.8 20 v turbo, mas com o acerto mais “manso” de 150 cv. Jogando a favor do Polo estavam as medidas e peso menores, a carroceria de duas portas e a exclusividade. Hoje é difícil encontrar um à venda – quando acontece é bastante valorizado.
A Volkswagen lançou o Golf GTE como uma despedida do hatch médio no Brasil. A produção nacional já havia encerrado e 99 unidades dessa versão esportiva híbrida foram importadas. As vendas foram lentas e foi necessário que uma locadora comprasse as unidades encalhadas.
Apesar da resistência do público, o Golf GTE trazia bastante tecnologia para unir o desempenho do GTI com um consumo baixo. Movendo esse laboratório estava o motor 1.4 TSI unido a um conjunto híbrido, entregando uma potencia total de 204 cv e 35,7 kgfm de torque.
Todo mundo se lembra do Mercedes-Benz Classe A fabricado no Brasil e do atual em forma de hatch tradicional. Mas entre 2006 e 2010, foi importado para o Brasil o Classe A de segunda geração, na versão A200. Nesse período foram vendidas apenas 113 unidades, com 2007 sendo o melhor anos com 71.
Esse A200 trazia motor 2.0 aspirado de 136 cv aliado a um câmbio do tipo CVT. O desenho da carroceria era uma modernização da primeira geração. A construção diferenciada com chassi do tipo sanduíche continuou e vieram mais modernizações como aços de alta resistência.
O Kia Picanto fez sucesso no Brasil nas duas primeiras gerações, mas quando chegou na terceira isso não se repetiu. O que atrapalhou as vendas do compacto foi o programa Inovar Auto. Isso afetou outros importados, mas o compacto equipado com motor 1.0 amargurou apenas 117 unidades emplacadas.
O motor era o mesmo do Hyundai HB20 nacional, porém aliado a um câmbio automático de quatro marchas. As medidas diminutas faziam desse carro ideal para o uso urbano para quem não precisava levar passageiros. Por dentro ele era bem equipado.
Carros conversíveis nunca fizeram grande sucesso no Brasil. O Renault Mégane CC foi uma das opções de conversível que tivemos, mas viveu à sombra do concorrente Peugeot 307 CC. Nos três anos de mercado o francês emplacou apenas 128 unidades.
O conversível importado era igual ao sedã nacional em motorização e equipamentos. Ele vinha na versão Dynamique 2.0 automática. A capote rígida retrátil foi desenhada pela Karmann e trazia um teto de vidro, para iluminar a cabine até em dias chuvosos.
O Chevrolet Malibu chegou atrasado para brigar contra o Ford Fusion no Brasil. Quando chegou, estava em desvantagem por vir do Canadá, pagando mais tributos de importação. A Chevrolet planejou trazer a geração seguinte a partir de 2013, mas mudou de ideia depois de começar a trazer os carros.
Essas 180 unidades emplacadas nos anos seguintes não foram vendidas diretamente para consumidores e foram usadas na frota interna. Mais tarde esses carros foram vendidos para concessionários e, a partir daí, chegaram ao mercado de usados.
O Peugeot 407 conseguiu vender bem para um sedã grande importado, muitas vezes figurando no top 50 de nosso mercado. Seu sucessor direto, o 508, não conseguiu a mesma sorte e amargou com apenas 292 unidades em três anos de mercado.
O carro não pode ser o culpado pelo fracasso em vendas: ele era moderno, bem equipado, trazia o mesmo motor THP de outros produtos mais acessíveis da PSA e o preço era mais acessível que o do Ford Fusion e Hyundai Azera. Uma curiosidade sobre esse carro é que ele pesa menos que o irmão menor 408, resultando em um desempenho superior.
O Kia Rio era um carro cheio de expectativas no Brasil: ele trazia a mecânica e plataforma incrementada do bem-sucedido Hyundai HB20, porém trajando um design mais elegante. Mas ninguém contava com uma pandemia global iria atrapalhar os planos da Kia no Brasil
O lançamento do Rio foi no começo de 2020, logo em seguida se deu o início da pandemia de Covid-19. As vendas de carros novos caiu e o pequeno Kia encalhou nas lojas. Agora no final de 2021, a Kia anunciou o fim da importação do modelo, que emplacou 540 unidades.
Essa categoria de sedãs grandes sempre possuiu vendas consideráveis antes da atual moda dos SUV. Honda Accord, Ford Fusion e Hyundai Azera foram os principais modelos da categoria nos últimos anos. O Nissan Altima tinha tudo para peitar esses carros, ainda mais com as boas vendas do irmão menor Sentra.
Mesmo importado dos EUA, o Altima custava menos que o Fusion mexicano. Mas nem isso e seus bancos criados com base em estudos da Nasa ajudaram o sedã. Ele foi trazido apenas em 2014, mas seu estoque durou três anos. Hoje o Altima virou uma opção de usado com bom custo/benefício.
O Nissan Sentra é o eterno rival da dupla Toyota Corolla e Honda Civic lá fora. Aqui ele chegou em 2004 atrasado para a festa. Essa geração veio apenas na versão GXE 1.8 com câmbio automático, o que limitou as vendas em uma época onde ainda existia procura por sedãs com caixa manual.
Esse Sentra já estava em fim de carreira e seu estilo era datado, o que fez dele um mero coadjuvante na categoria. Em 2005, ele vendeu menos que o Volkswagen Passat. No fim de 2006 a vida do Sentra melhorou com a nova geração, que contava com três modelos, duas opções de câmbio e preços bastante agressivos.
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Bóris pode colocar ai o 208 GT com o motor THP de até 173cv. Foram fabricadas em torno de 600 unidades. É um carro bem discreto.
O mais raro e melhor: o japonês mitisubishi grandis 7 lugares câmbio cvt
Pode adicionar na lista o Chrysler Sebring, que não deve ter chegado à 100 unidades no total…dirigi um por uns 2 anos ,ano 2002.Outro que me lembro e também não deve ter muitas unidades é o Kia Magenta