Manutenção: 10 coisas que você mesmo pode fazer no seu carro
Dicas simples que o motorista pode realizar no dia a dia vão deixar o veículo sempre em boas condições de funcionamento
Dicas simples que o motorista pode realizar no dia a dia vão deixar o veículo sempre em boas condições de funcionamento
Tem gente que cuida melhor do carro do que dos filhos. Afinal manutenção é coisa séria. Mas tem gente que é justamente o oposto. Acha que carro é só por gasolina e rodar. E isso é o que geralmente transforma o automóvel em uma bomba prestes a explodir. O bom é que existem procedimentos que o próprio motorista pode fazer para manter seu carro em ordem.
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São dicas que você pode fazer na garagem de casa e também ao volante. Hábitos que irão fazer seu carro rodar em perfeito estado e durar mais.
A verificação constante da pressão dos pneus não só garante segurança e conforto no rodar, como fará a borracha durar mais e vai evitar gastos extras com combustível. Pelo menos uma vez por semana faça a calibragem dos pneus, sempre com a pressão indicada pelo fabricante no manual (ou na tampa do tanque, ou nas dobradiças das portas…).
Se estiver com carga máxima (seja pessoas ou bagagem), aplique a pressão informada para esta situação. Não esqueça de calibrar o estepe. Além disso, faça sempre a calibragem logo após sair de casa, ou, então, espere uns 3 minutos depois de parar, para as borrachas esfriarem.
Antes de mais nada, o ideal é fazer as trocas do lubrificante de acordo com a recomendação da montadora. Em geral, os intervalos são a cada 10 mil km ou um ano, mas é importante consultar o manual, pois o seu carro pode pedir intervalos menores, ou até maiores, do que isso.
Porém, pelo menos uma vez por mês faça você mesmo a verificação do nível do óleo. Com o carro frio e estacionado em local plano, puxe a vareta do cárter, limpe-a com um pano limpo e seco (que não solte fiapos), introduza-a de novo e retire-a. Trata-se de uma das tarefas de manutenção mais simples em um automóvel.
Se a cor do lubrificante estiver ok e o nível estiver na marca entre o mínimo e o máximo, segue o baile. Se estiver abaixo do mínimo, o ideal é verificar se está tudo ok no sistema, se não há vazamentos e se o carro não está queimando óleo, e depois efetuar a substituição completa do lubrificante na oficina ou em lojas especializadas.
Se você não tiver como fazer a troca de imediato, você pode completar com produto novo, com as mesmas especificações e da mesma marca do que está no recipiente, mas apenas como caráter emergencial – assim que possível, faça a troca geral. Afinal, o produto novo acaba “contaminado” ao ser misturado com o usado e perde boa parte de suas propriedades.
Lembre-se que em carros novos é normal, a cada 5 mil km, o nível de lubrificante baixar cerca de 1 litro. Em veículos mais rodados, acima dos 70 mil km, a perda pode ser de um litro a cada mil km. Por isso, muitos engenheiros recomendam a troca de óleo a cada 7 mil km em carros com mais de cinco anos de uso ou com alta quilometragem no odômetro.
Agora, se quando você puxar a vareta a cor do óleo estiver muito escura, com aspecto de graxa e cheia de gominhos, leve o seu veículo imediatamente para a oficina. O lubrificante precisa ser trocado e o sistema limpo para evitar danos ao motor.
Conhecida popularmente como água do radiador, ela pode e deve ser checada regularmente, apesar de a maioria dos fabricantes só recomendar sua troca a cada 30 mil km ou mais. Lembre-se que o líquido é o responsável por manter a temperatura ideal do sistema para que o motor opere nas melhores condições. Daí, a correta manutenção é fundamental.
Se o nível da água no reservatório estiver abaixo do recomendado, leve o veículo ao seu mecânico de confiança. Nada de “completar a água” no posto, por mais que o seu frentista seja prestativo e simpático. A parte de arrefecimento é bastante vedada, ou seja: não dá para a água evaporar normalmente.
Desta forma, pode ser que o sistema esteja com algum problema ou vazamento. Por isso, vale uma conferida no chão da garagem, na parte onde o carro estava estacionado, para ver se há alguma poça avermelhada, esverdeada ou mesmo azulada no chão.
Além disso, se a água no reservatório estiver com coloração com aspecto de suja, troque todo o líquido. A água usada deve ser desmineralizada e não esqueça de usar o aditivo recomendado pelo fabricante. Quimicamente chamado de etilenoglicol, ele é fundamental para minimizar as chances de a água do sistema ferver e para evitar também o ponto de congelamento do fluido em regiões mais frias.
Aproveite e dê regularmente uma checada nas mangueiras visíveis do seu carro. Veja se elas aparentam algum sinal de ressecamento ou fissuras, que podem se transformar em rachaduras e provocar vazamentos.
Você mesmo pode conferir o estado das velas de ignição. Trata-se de uma tarefa de manutenção simples. Com uma ferramenta própria, é fácil desenroscar a peça e observar. Verifique se há muitas folgas entre os eletrodos (positivo e negativo) ou se ela está muito amarelada ou acinzentada – nestes casos, é melhor solicitar a troca.
Se ela estiver com sinais de carbonização, uma fuligem escura que já é capaz de comprometer a formação da faísca e atrapalhar o funcionamento do motor e sua partida, uma limpeza pode ser o suficiente.
Use produto descarbonizante, que é vendido em e-commerces e em lojas de autopeças, aplique-o nas velas sujas e deixe-o agir por algum tempo. Depois, com uma escova de dentes com cerdas duras, remova a sujeira escura.
De qualquer forma, os fabricantes recomendam a troca das velas a cada 20 mil ou 30 mil km. Porém, o componente deve ser checado em intervalos de 10 mil km ou um ano. Velas sujas e desgastadas, como dito, comprometem o desempenho do motor.
Você também pode dar uma olhada em alguns filtros do seu carro. O filtro de ar do motor (elemento) ou o filtro da cabine, por exemplo, caso estejam sujos e pesados, devem ser trocados. Aí, nesse caso, não tem limpeza, pois batidinhas com a quina no chão ou jatos de ar comprimido vão deformar justamente a estrutura filtrante da peça.
Evite acelerações bruscas, especialmente depois de acabar de dar a partida. Inclusive, quando você for ligar o motor pela primeira vez no dia, espere uns 30 segundos antes de engatar a primeira e acelere com suavidade nos primeiros dois, três minutos.
Além disso, aquelas dicas de sempre. Use no máximo um terço do acelerador e tente manter sempre o propulsor trabalhando entre 1.800 e 2.500 rotações. Tais hábitos, além de não forçarem o conjunto mecânico desnecessariamente, farão você não gastar combustível à toa.
Com o câmbio, tente fazer as mudanças de forma suave e não engate a ré com o carro em movimento. Em carros automáticos, ao parar, siga a ordem: puxe (acione) o freio de estacionamento, tire o pé do pedal do freio e só então coloque a alavanca em parking “P”. Ao dar a partida, faça o contrário.
As ruas de algumas cidades parecem verdadeiros campos de testes de mísseis, e muitas vezes o motorista simplesmente não consegue desviar daquela cratera lunar no meio do asfalto. Se o impacto for inevitável, pise o mais forte possível no pedal do freio antes de atingir o buraco.
Depois, quando os pneus já estiverem na cova, pare de frear. “Soltos” – sem a compressão da frenagem -, os amortecedores e molas da suspensão conseguirão minimizar e absorver o impacto do buraco.
Pelo menos uma vez por semana dê um trato no seu carango. Lave-o na sombra ou em uma garagem bem iluminada com água, produto específico e uma esponja macia apropriada. Limpe janelas, carroceria e pneus separadamente.
Dentro, tente não acumular lixo, papéis de bala, embalagens de biscoito ou restos de comida. Cuidado com determinadas balas, que, com o carro sob o sol, costumam derreter e melecar partes do carro.
Se seu filho é daqueles que adora comer dentro do automóvel, passe um aspirador portátil sobre os bancos e tapetes para não deixar migalhas. No painel e partes plásticas, tenha sempre uma flanela limpa seca para retirar o pó. E volta e meia faça uma limpeza mais caprichada em um lava-jato – com enceramento.
Aqui, não pode faltar, entre as dicas para manter o carro em ordem, as revisões preventivas. A cada 10 mil km ou um ano, leve o seu veículo a uma concessionária ou a sua oficina de confiança para uma manutenção preventiva. Não espere os problemas aparecerem. Isso vai afetar a vida útil do seu carro e fazer a conta ficar mais salgada.
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Olá Andre. Nao foi isso que eu disse ” que nao podem ser trocadas” O que eu disse, em outras palavras é que elas são de uso unico, ou seja, se tirar do carro, só uma nova.
Boris, os motores tsi 1.4 nao podem ter as velas retiradas para esta verificacao periodica. Se tirar, vc as inutiliza. Vide manual VW.
Olha amigo, eu acho que essa sua informação não procede. Não poder trocar velas de ignição de um automóvel? Iqsso nom eqziste, como dizia padre Quevedo. O que ocorre SIM é que as velas do motor TSI, segundo a recomendação do manual, é que devem ser trocados por mecânico competente, pois os eletrodos devem estar voltados na direção dos bicos injetores, sob risco de danos ao motor caso não seja realizado este procedimento de forma correta. Agora, que não pode trocar, balela!