Conjunto equipa SUVs e modelos esportivos da Stellantis e está entre os mais potentes e tecnológicos feitos no Brasil
Antes mesmo de surgir a Stellantis, a então FCA – Fiat Chrysler Automóveis já tinha desenvolvido uma nova linha de conjuntos turbinados para o Brasil. O motor GSE turbo surgiu 1.0 e 1.3 na Jeep e na Fiat para substituir a então família E.torQ.
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O powertrain logo se mostrou como um dos mais potentes feitos no país como também eficiente. Hoje, o motor 1.3 turbo serve não só aos SUVs da Jeep como também a modelos esportivos e a uma picape da Fiat.
Veja agora 7 fatos sobre o motor 1.3 turbo da Jeep e da Fiat.
O motor 1.3 turbo da Jeep é da mesma família GSE que gerou o 1.0. Ambos usam como base o Firefly aspirado que estreou nos carros da Fiat na segunda metade da década de 2010.
Com bloco de alumínio, a arquitetura desse conjunto tem o chamado sistema modular de cilindros. Desta forma, é possível variar o número de cilindros e a capacidade volumétrica do propulsor.
Prova disso é que o curso de 86,5 cm e diâmetro de pistão, de 70 mm, não mudam. No caso desses motores, o 1.0 é um três canecos, enquanto o 1.3 tem quatro cilindros em linha.
A base pode ser a mesma, mas o 1.3 turbo da Jeep tem diferenças tecnológicas bacanas que vão além da turbina e da injeção direta de combustível. Para começo de conversa, esse conjunto vem com quatro válvulas por cilindro (16V), em vez de duas como no aspirado.
O motor 1.3 turbo flex da Jeep ainda traz a terceira geração do sistema Multi Air, que a Fiat já usava no Cinquecento e no já descontinuado propulsor 2.4 que equipou a Toro por um tempo.
Neste caso, o motor 1.3 turbo da Jeep usa cabeçote inteiramente novo para atuar com o Multi Air, que nada mais é que um comando variável de válvulas. Porém, esse sistema da Stellantis não só controla o tempo de abertura das válvulas, como também a elevação das válvulas de admissão.
Desta forma, por meio de atuadores eletro hidráulicos, o sistema pode abrir as válvulas de admissão em qualquer ponto do ciclo e de acordo com diferentes parâmetros: temperatura, RPM, abertura de borboleta etc.
Com isso, é possível ajustar o motor para ter a melhor eficiência em qualquer situação. O que contribui para a redução de emissões de poluentes e melhora a eficiência energética do conjunto.
O powertrain também se vale de um trocador de calor do óleo. Este faz a água esquentar mais rápido, o que ajuda o lubrificante a atingir a temperatura ideal – e o próprio bloco do motor – mais cedo.
Ao mesmo tempo, o turbo de baixa inércia do motor 1.3 da Jeep foi posicionado próximo ao coletor de admissão. O coletor de escape, por sua vez, é integrado ao cabeçote, uma estratégia para minimizar o turbo lag.
Outra peculiaridade do conjunto mecânico é a válvula termostática. No caso desse motor 1.3 turbo da Jeep ela é eletrônica, gerenciada por uma centralina.
Na Jeep, o motor 1.3 turbo flex começou no Commander e no Compass e, na sequência, no Renegade – tudo isso em 2022. No SUV compacto, por exemplo, entrou no lugar do 1.8 E.torQ e, com 185 cv com etanol e 180 cv, com gasolina, tornou o modelo o mais potente do segmento. Antes a Fiat Toro também estreou a motorização.
Ainda naquele ano a versão topo de linha do Fastback, com elementos de design criados pela Abarth, divisão esportiva da marca italiana, passou a usar o 1.3 turbo flex. Porém, o motor depois foi servir a dois esportivos de fato, como veremos adiante.
No começo deste ano, a Stellantis diminuiu a potência do motor 1.3 turbo usado pela Jeep e Fiat por causa das novas regras de emissões do Proconve L8. No Commander, Compass, Renegade, Fastback e Toro, a potência passou a ser de 176 cv com qualquer um dos dois combustíveis. O torque foi mantido em 27,5 kgfm.
No fim de 2022 a Fiat lançou o Pulse Abarth. Não só com motor 1.3 turbo da Jeep, mas com todo um preparo e acerto assinados pela Abarth. Freios, suspensão, direção, transmissão e o mapeamento do propulsor foram dimensionados.
Quase um ano depois foi a vez de o Fastback receber o mesmo veneno do escorpião. Nos dois SUVs esportivos, porém, a potência de 185/180 cv foi mantida. Com o motor 1.3 turbo da Jeep, os Abarth cumprem o 0 a 100 km/h em 7,6 segundos.
O motor 1.3 turbo da Jeep tem problemas históricos com lubrificação. Nos primeiros Renegade e Compass com esse powertrain sobravam relatos sobre queima e consumo excessivo de óleo.
Em 2024 uma nova leva de queixas, desta vez em relação a casos de vazamento de lubrificante. O que teria sido provocado por um defeito pontual na fabricação do retentor traseiro do virabrequim.
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