5 motivos para você não comprar um carro no Brasil em 2023
A medida do carro popular já acabou e parece não ter sido suficiente para tornar viável para muitas pessoas a compra de um automóvel em 2023
A medida do carro popular já acabou e parece não ter sido suficiente para tornar viável para muitas pessoas a compra de um automóvel em 2023
As novas gerações estão se interessando cada vez menos por carros. Um estudo da Pew Research Center descobriu que apenas 53% dos millennials (nascidos entre 1981 e 1996) possuem carteira de motorista, em comparação com 77% da geração X (nascidos entre 1965 e 1980). A tendência é que a Geração Z tenha ainda menos interesse em comprar carros e tirar carteira.
Há uma série de razões para esse declínio no interesse por carros, incluindo o aumento dos custos de propriedade, a crescente popularidade dos transportes públicos e a mudança para estilos de vida mais urbanos.
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Se você está pensando em comprar um carro em 2023, há alguns motivos para repensar sua decisão, mas é importante dizer que comprar um carro é uma decisão que vai além do ponto de vista financeiro. Diversos fatores devem ser levados em consideração ao fazer essa escolha. Veja quais são:
O preço dos carros no Brasil está em alta. Isso se deve a uma série de fatores, incluindo a alta do dólar, a escassez de chips e a alta demanda por carros novos. O aumento do preço dos carros tem um impacto significativo no bolso dos brasileiros e também torna mais difícil para as pessoas comprarem um carro novo, o que pode levar a uma diminuição na mobilidade e a um aumento da dependência do transporte público.
O preço da gasolina está em alta e tem um impacto significativo no custo de propriedade de um carro. Em alguns casos, o aumento do preço da gasolina pode tornar o custo de dirigir um carro mais caro do que usar o transporte público ou andar de bicicleta.
Se você está pensando em comprar um carro, é importante considerar o impacto do preço da combustível em seu orçamento. Você deve também considerar se realmente precisa de um carro. Se você mora em uma cidade com bom sistema de transporte público, pode ser possível se locomover sem carro.
Segundo o professor de economia do Ibmec, Luiz Carlos Gama ao comprar um carro de R$ 100 mil que roda cerca de 20 km por dia, você está perdendo dinheiro do ponto de vista financeiro. É importante ressaltar que o carro vai além do valor gasto e que tem outros fatores como a comodidade e o conforto que devem ser levados em consideração.
O IPVA em MG, por exemplo, é cerca de 4%. Portanto, um carro de R$ 100 mil pagará R$ 4 mil de imposto. O seguro de um carro nesse valor fica próximo de R$ 7 mil. Rodando em uma faixa de 1.000 km por, será gasto algo em torno de R$ 500 a R$ 600 de combustível. Guardando R$ 100 por mês de manutenção, mais possíveis estacionamentos, dá para dizer que o proprietário pode chegar a gastar R$ 2.000 por mês com esse veículo.
Se aplicar os R$ 100 mil no investimento mais básico que é a poupança é possível ter um retorno aproximado de R$ 600 por mês.
Aplicativos como Uber e 99 facilitaram o transporte urbano para algumas pessoas e servem para muitos como uma forma de evitar o estresse e o caos de dirigir nos grandes centros.
Apesar de apresentar muita variação nos preços das corridas dependendo de fatores como horário, demanda e distância da viagem, os aplicativos de transporte algumas vezes não se distanciam tanto nos valores do que é normalmente gasto para manter um carro.
O estacionamento é um problema generalizado no Brasil. As cidades são densamente povoadas e as vagas de estacionamento são escassas. Isso pode dificultar a encontrar uma vaga de estacionamento, especialmente em áreas centrais. Além disso, o custo do estacionamento pode ser alto, especialmente em cidades grandes.
Esses fatores podem fazer com que dirigir um carro seja inconveniente. Se você está preocupado com o estacionamento, pode ser melhor considerar outras opções de transporte, como o transporte público, andar de bicicleta ou caminhar.
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Bem fora da realidade brasileira o seu artigo. Acredito que os dados da pesquisa citada devem ter sido obtidos na Europa e em outros países que possuem um bom sistema de transporte público, o que não é o caso do Brasil. A imensa maioria dos usuários do transporte público só o usam por falta de opção mesmo. Falo como um ex usuário e quando comprei o meu primeiro carro, foi como se eu tivesse obtido uma carta de alforria.
No mais, que seguradora é essa que cobra R$ 7 mil para um carro novo de R$ 100 mil? Só se for para um jovem que recém tirou a CNH. No mês passado, contratei um seguro para o meu carro (que vale R$ 120 mil) que me custou R$ 3.040, parcelados em 12 x sem acréscimo. E mesmo nas outras seguradoras que cotei, a mais cara estava cobrando menos de R$ 4.500.