Motor etanol híbrido da Stellantis está pronto, só falta incentivo do governo
Segundo a montadora, o que falta para ele chegar ao mercado é o governo criar condições favoráveis, além da demanda de mercado
Segundo a montadora, o que falta para ele chegar ao mercado é o governo criar condições favoráveis, além da demanda de mercado
Quando a Fiat apresentou seu moderno motor 1.3 turbo em 2019, foi mostrado também uma variante movida apenas a etanol. Ele não chegou ao mercado, mas está pronto para ser lançado pela Stellantis assim que for favorável — e até com sistema híbrido.
Segundo apuração do jornalista Eduardo Sodré, da Folha, o motor turbo a etanol da Stellantis chegará ao mercado até o final de 2025. Ele deverá ser usado em carros da Fiat e da Jeep.
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Entramos em contato com a Stellantis, que confirmou que o motor estar pronto e poderá ser híbrido. O que falta para chegar ao mercado são as condições serem favoráveis (leia-se, incentivo do governo) ou existir demanda por parte do consumidor. Porém, de forma oficial, não existe prazos ou previsões para isso.
O programa nacional de Mobilidade Verde e Inovação (Mover) trouxe regras que priorizam o uso do etanol como combustível. Um projeto de lei apresentado no Senado propõe IPI zero para veículos movidos exclusivamente pelo combustível vegetal.
A Stellantis é mais um dos atores da indústria que levantaram da eletrificação combinada com o etanol. Ela defende que esse tipo de motor é capaz de neutralizar as emissões, uma vez que o Brasil conta com matriz energética limpa para geração eletricidade. E o processo de plantio e colheita da cana neutraliza as emissões da queima do combustível no motor. No entanto, para colocar um carro 100% a etano no mercado é preciso incentivos tributários para atrair o consumidor, que até hoje não tem plena confiança pelo combustível verde.
O motor turbo a etanol da Stellantis tem a eficiência como vantagem sobre o flex. Seu projeto é otimizado para o combustível e isso permite consumo mais baixo, próximo ao da gasolina.
Tecnologias desenvolvidas para os motores flex eliminaram problemas dos motores a etanol do passado, como a partida a frio.
Quando o governo lançou o programa de carros 1.0 com impostos reduzidos, a primeira montadora a entrar na onda foi a Fiat. Ela já havia um motor de 1.050 cm³ sendo feito no Brasil, foram feitas poucas alterações para reduzir o deslocamento para 1 litro e adequar ao programa.
O Uno Mille chegou ao mercado em tempo recorde. A estratégia atual da Stellantis parece similar com o que foi feito em 1990 com o 1.0, apenas esperando as condições serem favoráveis para seu motor turbo a etanol.
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Seria ideal para táxi e Uber se tiver a opção de funcionar com GNV ; como será exclusivo a etanol, terá uma elevada taxa de compressão o que vai proporcionar um bom desempenho e economia no GNV
Quem vai ser louco de comprar um carro somente a etanol? Que idéia de jirico.
“Seu projeto é otimizado para o combustível e isso permite consumo mais baixo, próximo ao da gasolina.”
Esse é o principal motivo pelo qual o Etanol não é utilizado em larga escala… fora outros problemas já conhecidos…