Além do Nivus GTS: Conheça todas as siglas esportivas da VW

O SUV compacto nacional usa uma das siglas que a marca associa a suas versões esportivas pelo mundo, relembramos aqui as mais importantes

Volkswagen Nivus GTS 2026 Branco Cristal dianteira farol
Ele é o primeiro dos três esportivos novos da VW no Brasil (Fotos: Volkswagen | Divulgação)
Por Eduardo Rodrigues
Publicado em 04/05/2025 às 09h00

A VW do Brasil resgatou a sigla GTS quando lançou a versão esportiva nacional do Polo. Historicamente, esse é um nome usado pela marca apenas no Brasil, tradição que começou em 1982 com o sucessor do Passat TS. Agora ela volta no Nivus GTS.

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Esse nome marcou história mesmo com o Gol GTS, que recebeu o motor 1.8 AP com comando mais bravo. Ele foi o carro mais rápido do Brasil e muitos fãs alegam ser melhor que o GTi.

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Nos anos 80 teve também o Passat Pointer GTS, com esse mesmo motor 1.8 AP. Ele era maior e mais luxuoso que o Gol, oferecendo uma opção esportiva para um público mais maduro.

Em 2021 a Volkswagen do Brasil lançou o Polo GTS, após um conceito de mesmo nome ter feito sucesso no Salão do Automóvel. Ele trazia o motor 1.4 TSI de 150 cv e alguns elementos de estilo do Polo GTI europeu. O sedã Virtus ganhou o mesmo tratamento.

Em março de 2025 o Polo GTS saiu de cena com o reposicionamento do hatch na gama. Porém a Volkswagen não ia abandonar a versão esportiva, o nome migrou para o SUV cupê Nivus, junto do motor 1.4 TSI.

Fora a força adicional sob o capô, o Nivus GTS também recebeu uma suspensão nova e mais firme. O comportamento dinâmico ficou mais afiado e sem perder o vão livre. É um esportivo prático, como o antigo Passat Pointer GTS.

A Volkswagen do Brasil confirmou o lançamento de mais dois esportivos, o Jetta GLI renovado e o Golf GTI de oitava geração. Para celebrar isso, vamos relembrar as siglas que a marca já usou em seus esportivos.

1. GTi

O conceito de hatch esportivo como conhecemos foi criado pela Volkswagen em 1976, quando lançou o primeiro Golf GTi. A proposta dele era de ser um carro familiar, prático e bom para o dia a dia, mas que também pudesse divertir nos finais de semana. Ideal para o entusiasta que podia ter apenas um carro na garagem.

O nome GTi veio por causa da injeção eletrônica, o Golf foi o primeiro carro de volume a usar esse recurso com confiabilidade. O motor era um 1.6 de 110 cv, da mesma família EA 827 do nosso AP.

Segundo a imprensa britânica, o Golf GTi foi o responsável pelo fim dos roadster feitos nesse país. Esses esportivos eram acessíveis e bastante populares, mas não eram confiáveis e eram ruins de usar em dias de chuva ou no inverno.

O Golf GTi o oferecia diversão com baixo custo, confiabilidade e isolava o motorista do clima adverso. Sem contar que podia levar passageiros ou carga, algo impensável em um Triumph Spitfire.

A Volkswagen usou a sigla GTi em outros carros, como o Polo, o Lupo, o Gol, o Pointer e o Up. Esse nome sempre identificou os carros mais nervosos da marca, pelo menos até a chegada da linha R.

2. GT

O nome GT dentro da Volkswagen sempre foi usado de forms diversas. No Brasil ele apareceu no primeiro Gol de motor refrigerado a água, na Europa ele era usado em modelos esportivos abaixo do GTi ou em modelos esportivados.

Um exemplo é o Polo de quarta geração, aquele de faróis redondos. Sua versão GT usava um motoro 1.9 turbodiesel mais forte de 130 cv. Nos EUA teve um Passat GT, com o mesmo VR6 das outras versões e estética esportiva.

A Volkswagen provocou os brasileiros com um conceito do Gol GT baseado no G7 de duas portas. É uma pena que ele nunca entrou em produção como ocorreu com o conceito do Polo GTS.

3. GTX

A Volkswagen começou a usar a sigla GTX durante os anos 80 em alguns carros. No Scirocco de segunda geração ela era usada no modelo esportivo topo de linha, que usava o mesmo 1.8 16v do Golf GTi da época.

O Jetta também adotou essa sigla em alguns mercados, mas era um GLI rebatizado. O motor também era o 1.8 16v, que mais tarde cresceu para 2.0.

Essa sigla voltou com força em 2021, dessa vez identificando as versões esportivas dos carros elétricos da VW. O mais interessante deles é o ID.3 GTX, que conta com motor de 326 cv montado no eixo traseiro e acelera de zero a 100 km/h em 5,6 s.

O tratamento GTX também foi dado aos irmãos maiores ID.4, ID.5, ID.7 e até mesmo na “Kombi elétrica” ID.Buzz. Apesar de estar passando por dificuldades, a linha elétrica da VW ainda possui espaço para os esportivos.

4. GLI

O Jetta sempre foi o sedã do Golf, sendo vendido também como Bora e Vento a depender do mercado. A partir da segunda geração ele começou a acompanhar o irmão menor na oferta de versões esportivas.

O nome escolhido foi GLi, “Grand Luxury Injection”, pois ficava acima do topo de linha GL. Essa versão veio quando o Golf GTi já usava o 1.8 16v de 129 cv, em 1986. Em alguns mercados ele se chamou GTX, como já falamos anteriormente.

Na linha 1990 o Jetta GLi ganhou o 2.0 16v de 136 cv, o mesmo que equipou o Gol GTI 16v nacional mais tarde. A partir da terceira geração passaram a oferecer a opção do VR6 para o sedã.

A partir da quinta geração veio o 2.0 TSI EA 888, que é o motor usado até hoje pelo Jetta GLI. O sedã esportivo ganhou um face-lift e já está confirmado para o Brasil, a marca ainda possui estoque do antigo. Se você não se importar com a mudança iminente, vale a pena pechinchar essas unidades.

5. GTD

Como os motores diesel são proibidos no Brasil, nunca tivemos contato com os famosos TDI da Volkswagen. A marca alemã era referência nesse tipo de motor e ainda possui uma legião de fãs, mesmo após o escândalo do Dieselgate.

Os motores diesel em carros proporcionam uma grande economia de combustível, porém o desempenho nunca foi o forte deles. Em 1982 ela apresentou o Golf GTD, um GTi com motor turbodiesel para o entusiasta que não queria gastar muito.

Seu motor era um 1.6 turbo da família EA 827, o primeiro turbodiesel da marca. A potência subiu de 54 cv para 70 cv, com torque máximo de 13,2 kgfm. Não andava como o irmão à gasolina, mas era um grande avanço perante o diesel aspirado e outros carros com esse tipo de motor.

O nome GTD saiu de cena na quarta geração, mas voltou na sexta com muito mais força e tecnologia. O motor usado era o 2.0 TDI, da mesma família do motor usado pela Amarok, agora com 170 cv e 35,6 kgfm. Ele acelerava de zero a 100 km/h em 8,1 segundos, 1,2 s mais lento que o GTI.

Esse motor recebeu mais melhorias, na geração atual ele entrega 200 cv e 40,7 kgfm. O zero a 100 km/h caiu para 7 segundos, o GTI é apenas 0,7 s mais rápido.

A estética do GTD sempre foi a mesma do GTI, a mudança é o uso do cinza no lugar do vermelho nos detalhes da carroceria e na forração dos bancos. Ao contrário do GTI, o GTD podia vir como perua.

6. GTE

A ideia de oferecer mais desempenho com economia foi revisada com o uso da eletrificação. A linha GTE da Volkswagen consiste em carros esportivos com sistema híbrido plug-in bem potente.

O primeiro da linha foi o Golf de sétima geração, que chegou a ser importado para o Brasil. No lugar do 2.0 TSI entra o 1.4 TSI de 150 cv. Ele é auxiliado por um motor elétrico de 100 cv. Combinados eles entregam 205 cv.

O desempenho era próximo ao do GTI, com zero a 100 km/h em 7,6 segundos, 1,3 s mais lento que o irmão a combustão. A grande vantagem do GTE é poder rodar como elétrico por até 50 km, em modo híbrido ele poder rodar 827 com uma carga completa e tanque cheio.

O Passat também recebeu a versão GTE, com esse mesmo conjunto mecânico. O motor elétrico é um pouco mais forte, totalizando uma potência combinada de 218 cv.

No Golf de oitava geração houve um aumento de potência no GTE, para 245 cv, e a autonomia subiu para 60 km em modo elétrico. Parte da melhoria veio pelo uso do motor 1.5 TSI Evo, que é mais forte e mais eficiente. Esse motor está para ser feito no Brasil em breve.

Assim como o GTD, o Golf GTE possui versão perua. A estética é a mesma do GTI, mas com os detalhes em azul e rodas mais fechadas para ajudar na aerodinâmica.

7. R

Como a proposta da linha GTI era de oferecer desempenho sem deixar de ser um carro para o dia a dia, a Volkswagen decidiu criar uma série esportiva nova para modelos mais extremos. A sigla escolhida foi a R, que estreou no Golf R32 de quarta geração.

Sob o capô estava o motor VR6 3.2 de 241, que mandava a força para as quatro rodas através da tração 4Motion. O câmbio podia ser manual ou o DSG de dupla embreagem, foi o primeiro carro da marca com esse tipo de caixa.

Ele era o segundo carro mais rápido dentro da Volkswagen, perdia apenas para o luxuoso Phaeton W12. Na geração seguinte o R32 ganhou mais 10 cv. Quem teve um desses no Brasil foi nosso publisher Boris Feldman, que importou uma unidade.

No Golf de sexta geração pararam de usar o deslocamento do motor junto do R, pois o VR6 deu lugar a uma versão mais forte do 2.0 TSI. Enquanto no GTI esse motor rendia 210 cv, no R eram 270 cv. A tração integral seguia como a única opção.

Hoje o Golf R segue com esse conjunto mecânico, mas entregando 320 cv. A tração integral possui um modo “Drift”, que manda mais força para a traseira. E existe a opção de perua.

A linha R foi parar em outros carros da marca durante os anos 2000. O Passat teve o R36, com o VR6 3.6 de 300 cv. O SUV Touareg teve o R50, com motor V10 turbodiesel. Mais recente tiveram o Scirocco R e o Arteon R, ambos com versões mais fortes do 2.0 TSI EA888.

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