Estes são os 10 carros com os piores motores já vendidos no Brasil
Automóveis que não combinam com seus conjuntos mecânicos ficam marcador por deixar a desejar em eficiência ou desempenho
Automóveis que não combinam com seus conjuntos mecânicos ficam marcador por deixar a desejar em eficiência ou desempenho
Sabe quando teu santo não cruza com o daquela pessoa? Tem muito automóvel que é assim também. Na verdade, são motores que ficam piores em determinados carros, seja por incompatibilidade de projetos ou mesmo porque o propulsor é mais antigo que o veículo em si.
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Por isso, na lista de carros com piores motores, nem sempre a culpa é do automóvel, e nem sempre é do conjunto mecânico. Mas o resultado do casamento geralmente é consumo elevado, comportamento ruim ou desempenho aquém do esperado.
Antes de mais nada, o Jeep Renegade sobe meio-fio, sim, apesar das piadas maldosas para cima do SUV compacto. Só que não tem como negar que as versões do jipinho com o motor 1.8 E.torQ deixam muito a desejar em vários aspectos.
Apesar de ser um projeto relativamente novo, oriundo da Tritec (joint venture entre BMW e Chrysler nos anos 2000), o 1.8 16V de 139/135 cv tem rodar áspero e vibra bastante. O consumo também é afetado, ainda mais com o datado câmbio automático de seis marchas da Aisin, com médias urbanas que dificilmente passam de 7 km/l com etanol, ou de 8,5 km/l, com gasolina.
Nem mesmo o que o nome que o motor sugere salva. Apesar das boas arrancadas e potência interessante, o Renegade 1.8 demora a embalar nas retomadas, justamente porque o torque máximo de 19,3 e 18,8 kgfm só aparece lá pelas 4.000 rpm.
O motor Família I é um herói da resistência. O conjunto motriz é um projeto da Opel (então divisão europeia da General Motors) que nasceu nos anos 1980. Por aqui, estreou no revolucionário Corsa, em 1994, com “litragem” 1.0 e 50 cv de potência. Hoje resiste na Spin e figura como um dos piores motores para um carro como esta minivan.
Isso porque o Família I passou por tantas mudanças (já foi 1.4, ganhou sistema multiponto, teve taxa de compressão aumentada etc) e hoje trabalha em sua capacidade máxima de cilindrada sob o capô do monovolume. São 111/106 cv para mover um automóvel familiar, de quase 1,2 tonelada.
Isso afeta diretamente o consumo da Spin, que tem médias urbanas na casa dos 7 km/l (E) e 9 km/l (G). O comportamento do motor ainda é bastante áspero e ruidoso. A caixa automática de seis velocidades também não se entende com o propulsor, com imprecisões em médios giros.
O SUV feito em Anápolis (GO) pelo Grupo Caoa vendeu bem até sair de linha em 2022. Nada mais é que a segunda geração do Tucson que, por aqui, usou o motor Theta, um projeto até recente, de 2004, fruto de uma joint venture entre Hyundai, Chrysler e Mitsubishi.
Acontece que, ao virar flex, em 2012, o motor até ganhou em potência (partiu de 168 cv para 178/169 cv), mas perdeu em eficiência. E não combinou muito com o ix35 e sua transmissão automática de seis velocidades.
As queixas sobre o elevado consumo e as normas de emissões fizeram a Hyundai Caoa “estrangular” o propulsor, que teve a potência reduzida para 167/157 cv. Não resolveu uma coisa e piorou outra. O ix35 perdeu em desempenho nas acelerações e retomadas, e nem por isso aplacou sua sede.
Para ter um dos modelos mais baratos do país, a Fiat mantém o 1.0 Fire no Mobi. Trata-se de um dos carros com piores motores porque aqui falamos de um conjunto que tem origem em 1985 e que já se mostra bastante defasado, mesmo para a proposta de veículo popular do subcompacto da marca italiana.
Sigla para “Fuly Integrated Robotised Engine”, algo como “Motor Robotizado Totalmente Integrado” (por causa da montagem do propulsor, feita por robôs), o Fire estreou no Brasil em 2000 na família Palio para suceder aos motores Fiasa e Sevel. Teve variantes 1.3 e 1.4, potência aumentada e ganhou até sobrenome Evo.
Sobrevive no Fiorino e no Mobi, mas no hatch o desempenho é sofrível. Além disso, o peso do tempo do motor se reflete em um consumo e o carrinho fica bem atrás de seu principal rival neste quesito, o Renault Kwid. Para piorar, o custo de revisão do Mobi Fire na rede Fiat é mais caro do que o Argo 1.0 três-cilindros Firefly – motor que o Mobi chegou a ter.
Outro quase quarentão que faz o 208 ser um dos carros com os piores motores. O conjunto que conhecemos aqui como EC5 nasceu em 1986, como TU na então PSA Peugeot Citroën, em variantes oito e 16 válvulas. No Brasil, debutou com o Xsara, em 1998, um pouco antes de o 206 (1999) o “popularizar”.
O motor começou a ser feito em Porto Real (RJ), passou por novas calibragens e várias mudanças e ganhou sistema de partida a frio sem necessidade de tanquinho. Mas nunca foi o primor de eficiência. Na segunda geração do Peugeot 208, lançada em 2022, isso ficou mais evidente.
O compacto usa uma plataforma moderna e modular, tem bom acerto dinâmico, mas o 1.6 16V parece não combinar. Não que o desempenho seja ruim, com seus 120/113 cv, mas tem nível de vibração um pouco elevado e deixa a desejar no consumo. Além do mais, não combina com a bela carroceria do 208.
O motor 4B11 nem era tão velho quando passou a equipar o ASX. O 2.0 quatro cilindros surgiu em 2005 até com nossas, com bloco e cabeçotes de alumínio e comando duplo de válvulas, com variação na admissão e no escape.
Mesmo assim, se mostrou bem vacilante no crossover compacto da Mitsubishi. Com 160 cv e câmbio CVT, demora a embalar e não é nem um pouco econômico. Em 2017, virou flex, passou para 170 cv, mas o ASX continuou com desempenho anestesiado.
O estilô retrô do PT Cruiser, inspirado no Plymouth 1937, merecia um motor melhor. O estiloso carro da Chrysler teve um dos piores motores que se tem ideia. O 2.4 16V da linha EDZ sucedeu ao 2.0 com alguns cavalos a mais (totalizando 143 cv) e promessa de mais torque.
Na prática, o desempenho do belo carro continuou vacilante. O 0 a 100 km/h supera os 11 segundos e a caixa automática de quatro marchas pouco ajuda. O carro patina bastante em retomadas e tem consumo elevado.
Para piorar, o 2.4 tem ainda histórico de problemas de vazamento de óleo e manutenção complicada e cara. Ainda ganhou sobrevida no SUV Fiat Freemont, no qual também deixou um histórico de queixas quanto a performance e eficiência.
O Maverick pode ser cultuado hoje, mas em vida foi um carro que jamais empolgou em vendas e ainda começou com um dos piores motores para a época. Lançado em 1973, o modelo carregava um propulsor dos anos 1930.
O seis cilindros da Willys-Overland – cujas operações no Brasil a Ford havia acabado de comprar – era pesado e pouco empolgante para um carro com desenho esportivo e que queria peitar o Chevrolet Opala. Para piorar, o velho propulsor trabalhava com uma transmissão vinda do Aero Willys, pontuada por vários problemas.
O desempenho era decepcionante, com 0 a 100 km/h acima dos 20 segundos. O consumo também era: menos de 9 km/l. Isso rendeu ao Maveco a famosa frase “anda como um quatro cilindros, mas bebe como um oito cilindros”.
O sedã da marca chinesa já não era grande coisa. Mas conseguiu ser um carro controverso e com um dos piores motores da história da indústria. Com 103 cv e 13,6 kgfm de torque a 3.500 rpm, o 1.5 é barulhento e manco.
Não compensa nem com consumo significativo, já que as médias apontavam menos de 9 km com um litro de gasolina na cidade. Felizmente, o carro e o motor duraram pouco no mercado brasileiro.
Existem motores de carros importados que ficam problemáticos por não estarem preparados adequadamente para as nossas condições e combustíveis. Com o V6 2.7 do Dodge Journey o problema veio da matriz.
Esse propulsor já havia má fama nos EUA desde o lançamento, sofrendo com problemas de borra de óleo. É importante lembrar que por lá toda gasolina recebe aditivos detergentes e dispersantes, ou seja, não tem cuidado que salve o proprietário do problema.
O causador desse problema era uma falha de projeto: o V6 trabalha com temperatura alta, o volume de óleo utilizado é insuficiente e a bomba d’água tocada por corrente vaza no cárter. Esse problema e as falhas no tensionador da corrente de comando renderem processos contra a Chrysler nos EUA.
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Vc tem toda razão. Não há carro que aguente desaforo de cupim de ferro, seja qual for. O que eu quis dizer é que os japoneses são mais conservadores e por isso fazem motores que cumprem bem o papel. Não empolgam mas também não decepcionam. Em tempo, não tenho carro de marca japonesa e nem faço questão de ter. Nunca gostei do estilo de nenhum deles.
Renegado 1.8 nem de graça kkkkkkkkk
ap e opala são mais piores beberrões de etanol
Esqueceu do Ford CHT 1.6 (AE 1.6 Autolatina VW), robusto, mas fraquissimo em potencia para os carros que o utilizavam, EA 211 VW pela falta de confiança e problemas, dos atuais VW com injeção direta que sofrem altíssimos índices de carbonização se não tiver a manutenção correta, virando as famosas bombas…
Quanto ao e-Torq 1.8, digam oo que for, mas que motor robusto e confiável. Pergunte para quem tem carro com esse motor…
É aquela coisa: quer um motor confiável, porém manco e beberrão, ou um motor altamente eficiente mas que faz a alegria do mecânico? Os japoneses parecem que chegaram ao equilibrio nesse quesito.
Nem tanto… deixe de fazer o ajuste fãs válvulas dos Honda e veja bomba que terá em mãos…
A verdade é uma só… carro é máquina e, máquinas precisam de manutenção preventiva e adequada.
E fácil criticar e falar groselha se o dono for relapso com a manutenção…