Brasileiro presidente da Renault e ex-CEO da Nissan é preso no Japão
Carlos Ghosn utilizou ativos da fabricante japonesa para realizar transações pessoais e declarou, por anos, renda inferior à real
Carlos Ghosn utilizou ativos da fabricante japonesa para realizar transações pessoais e declarou, por anos, renda inferior à real
Foi preso, nesta segunda-feira (19), no Japão, o brasileiro Carlos Ghosn. O executivo, que já foi CEO da Nissan e atualmente presta serviços para o grupo Renault Nissan, é acusado de declarar renda inferior ao valor real e usar de ativos da fabricante japonesa para transações pessoais.
A informação foi divulgada por três veículos da imprensa japonesa, Asahi, Yomiuri e NHK.
Em nota, a Nissan afirmou que pretende retirar o executivo do cargo de presidente do conselho de administração e que já estava investigando Ghosn há meses. A empresa disse, ainda, que “está fornecendo informação aos promotores públicos do Japão e está cooperando com as investigações”.
O brasileiro natural de Porto Velho (RO) foi presidente e CEO da marca japonesa entre 2001 e 2017. Antes do escândalo, o profissional era famoso por ter salvado a Nissan da falência.
Porta-vozes da Renault da França, empresa que ainda preside, e da aliança Renault Nissan Mitsubishi não comentaram as denúncias de violação financeira.
Desde que a notícia foi revelada pela imprensa, a Renault apresenta queda de 15% no mercado de ações europeu.
Ghosn iniciou sua carreira na Michelin, onde atuou de 1985 a 1990. Em 1996, foi nomeado como vice-presidente executivo Renault.
Quando a aliança Renault Nissan foi consagrada, Carlos Ghosn foi contratado como executivo da Nissan. Um ano depois, em 2001, virou presidente da empresa japonesa.
Em três anos de trabalho, a Nissan se recuperou de uma dívida de mais de US$ 20 bilhões e passou a operar com uma margem de lucro acima de 9%.
Atualmente, Ghosn faz parte da gestão das empresas Renault Nissan Mitsubishi.
O executivo não foi o único do setor automobilístico a ser preso recentemente. Em razão dos escândalos ligados ao dieselgate, o presidente da Audi e o chefe da Porsche também foram detidos.
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Sim, ele tem que ser preso e pagar pelo que cometeu, porém isso não retira os méritos do kra. Salvou a Renault e ainda a administrou conjuntamente com Nissan e Mitsubishi… Pode ter certeza que esse aí está com o dele garantido tanto agora, quanto depois que sair da cadeia.
Não é para menos que o Brasil é um país de corrupção e lavagem de dinheiro !!!!!
Kkk…Voltou a ser brasileiro. É favor, não pedir a extradição.