Os 10 carros anunciados com a quilometragem mais baixas
Baixa quilometragem é um "ativo" na hora da venda de um usado, e o levantamento da Mobiauto indica os menos rodados
Baixa quilometragem é um "ativo" na hora da venda de um usado, e o levantamento da Mobiauto indica os menos rodados
Brasileiro quando vai procurar carro usado ou seminovo quer saber logo o quanto o veículo está rodado. Para boa parte dos compradores, a quantidade de quilômetros no hodômetro é fator de compra e até mais importante do que outros aspectos. Afinal, a quilometragem é um indício do “histórico” do automóvel.
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Apesar de o registro no hodômetro não ser o único ponto que define se um usado ou seminovo é uma boa compra, a Mobiauto fez um levantamento dos carros anunciados com menores quilometragens. Listamos aqui os 10 menos rodados, porém excluímos modelos de marcas premium (Audi, BMW, Jaguar, Land Rover, Lexus, Mercedes, Porsche…) e esportivos (como Chevrolet Camaro e Ford Mustang).
O número de quilômetros que aparece ao lado de cada carro é a média de kms rodados de todos os modelos de uma mesma linha anunciados.
8.934,94 km – Tudo bem que o SUV só tem quatro anos de vida, mas, mesmo assim, chama a atenção a pouca quilometragem média dos modelos à venda na Mobiauto. Lançado em 2018 e remodelado no fim de 2020, o carro feito em Anápolis (GO) é equipado com motor turboflex 1.5 com 150/147 cv de potência e 21,4 kgfm de torque.
Começou a vida com o câmbio automatizado de dupla embreagem e seis velocidades derivado do problemático Ford Powershift, mas recentemente adotou o CVT de nove marchas virtuais de outros modelos da marca. Detalhe é que em 2021 foi o Caoa Chery mais vendido do país, representando 1/3 de todos os emplacamentos da montadora no ano passado.
9.976,51 km – Pelo visto, donos do jipão cearense só usavam o carro em trilha ou trechos off-road mesmo. Com 24 anos de história, o modelo é o segundo com a menor média de quilometragem entre os veículos anunciados no portal de compra e venda – não chega a 10 mil km.
Lançado em 1997, o fora de estrada produzido em Horizonte (CE) tinha carroceria de fibra de vidro e eixo e chassi emprestados do Jeep Cherokee. Em 2000, passou a usar o motor 2.8 MWM turbodiesel de 114 cv e 33,3 kgfm, e quatro anos depois sofreu sua primeira reestilização de fato. Depois, adotou motor International 3.0 com gerenciamento eletrônico, 165 cv e 38,8 kgfm.
A segunda geração do Troller T4 surgiu em 2014, já sob a tutela da Ford – que tinha comprado a empresa em 2007. Dentro desta nova realidade, o jipão herdou o motor 3.2 turbodiesel de cinco cilindros e 200 cv e 47,9 kgfm com câmbio manual de seis velocidades da Ranger. Às vésperas de a fabricante estadunidense bater as asas do país e acabar com a marca cearense, em 2020 ainda ganhou opções com transmissão automática de seis marchas.
10.187,97 km – Será que o “carro design” fica na cristaleira dos seus proprietários e quase não vê a rua? Pois é, o hatch com jeito de SUV tem no estilo o grande apelo e está entre os carros com menor quilometragem anunciados na Mobiauto. Vale lembrar que o primeiro Soul começou a ser importado para o Brasil em 2009.
O modelo foi um dos carros mais vendidos da Kia por aqui. Só em 2011, foram mais 17 de mil emplacamentos no acumulado daquele ano. As mudanças na regra de importação (com sobretaxa de modelos de empresas que não tinham produção no Brasil) frearam qualquer ímpeto comercial do Soul, que ainda ganhou uma segunda geração, em 2014, mas foi um fracasso de vendas até 2019, quando deixou de ser importado.
10.232,40 km – Um dos carros mais questionados e criticados do país também está entre os veículos com menor quilometragem que estão à venda no site da Mobiauto. Lançado em 2011 para ser o automóvel mais barato do país, o QQ desagradava em vários aspectos: dirigibilidade ruim, acabamento desastroso, baixa estabilidade e desempenho fraco, a despeito de um motor 1.1 (depois 1.0) para um carro leve. Será que os donos tinham medo de rodar com ele?
10.308,14 km – O hatch compacto foi lançado em 2007 para ser a porta de entrada para os modelos da Kia no Brasil. Chegou a vender bem, mas o fato de ser importado da Coreia do Sul o deixava mais caro que seus principais rivais. Depois, a fama de peças caras e sem estoque atrapalharam a reputação do carro.
A segunda geração foi mais bem resolvida – em termos de projeto, pelo menos. Foi apresentada em 2011 com o motor tricilíndrico que passou a equipar o Hyundai HB20 um ano depois. Durou até 2018 a duras penas, também afetado pela sobretaxação de modelos importados.
10.575,40 km – Quando eletrificação ainda era mato no Brasil, o Prius foi lançado em 2013 e mais parecia um alienígena para o mercado brasileiro, que mal sabia o que era um carro híbrido. Mas o modelo da Toyota foi um dos primeiros carros, de fato, a ser vendido no Brasil com a combinação de motor a combustão e elétrico.
A linha do até então híbrido mais famoso do mundo ganhou uma nova geração (a quinta global) em 2016. Continuou caro, mas o suficiente para quem queria posar de politicamente correto. Mesmo assim, pelo visto os donos pouco rodaram com o Prius. Uma pena, porque é um carro econômico, já que proporciona médias urbanas próximas a 19 km/l.
11.145,74 km – Em 2013 a marca chinesa tentava reverter a má imagem deixada pelo 320 (o clone do Mini Cooper) no Brasil com este SUV médio. O X60 era imbatível no custo/benefício, e oferecia mais espaço e equipamentos ao preço de crossovers compactos topos de linha da época. O motor sempre foi o 1.8 16V de 128 cv.
Passou por duas reestilizações quase que seguidas, ganhou câmbio automático CVT, contudo padeceu dos mesmos males de veículos chineses daqueles tempos. Montado no Uruguai em sistema CKD, tinha acabamento ruim e comportamento dinâmico que deixava bastante a desejar. Mesmo assim, pelos preços agressivos, vendeu bastante por alguns anos e agora figura no mercado de usados entre os carros com menores quilometragens.
11.171,17 km – O i30 é quase um divisor de águas para Hyundai no Brasil. Com campanhas agressivas de publicidade, foi o hatch médio que associou a marca sul-coreana a carros mais sofisticados e com valor agregado. Desde a estreia, em 2009, sempre figurou entre os mais emplacados da categoria e chegou a desbancar pesos-pesados como Ford Focus, Chevrolet Astra e VW Golf, em 2011, com mais de 35 mil unidades.
A procura era tanta que o i30 teve fila de espera de mais de três meses na revenda. Para tentar agradar aos clientes, o Grupo Caoa chegou a importar o i30 CW, a variante station-wagon do hatch.
O carro ainda teve uma segunda geração trazida para o Brasil, a partir de 2013. Mas ficou bem longe do sucesso do passado. Para começar, usava motor 1.6 de HB20 e custava quase o dobro do compacto. Ainda mudaram o propulsor para um 1.8 de 150 cv, mas o estrago já estava feito e o i30 se despediu discretamente em 2016.
11.174,27 km – Dizem que donos de sedãs maiores e mais sofisticados andam pouco com seus carros. Está aí o Passat para confirmar esses rótulos. O médio-grande da marca alemã figura entre os veículos com menores quilometragens da Mobiauto. E olha que nessa conta aqui entra o velho Passatão dos anos 1970 e 1980.
Mas o grosso dos anúncios diz respeito aos modelos importados a partir de 1994 em sua quarta fase global. Teve ainda mais três gerações vendidas no Brasil, opções de motores turbo TFSI e V6, versões com câmbio automatizado de dupla embreagem DSG até deixar de ser comercializado oficialmente em 2019.
11.183,46 km – Uma minivan para honrar a classe e fechar com estilo a lista dos carros anunciados na Mobiauto com menores quilometragens. Vendida de 2005 a 2016 e feita sobre a plataforma do primeiro Palio, a Idea surgiu para ser uma opção familiar dentro da gama da marca italiana. Começou os trabalhos com motores 1.4 e 1.8 (este de origem GM), depois migrou para os 1.6 e 1.8 E.torQ.
A minivan também não escapou das versões Adventure, com direito até a bloqueio do diferencial Locker, e nem do malfadado câmbio automatizado Dualogic, de embreagem simples. Ainda teve várias séries especiais, passou por reestilizações, mas, como a maioria das minivans, foi extinta com a avalanche de SUVs do mercado.
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