Dia do Rádio: mesmo com a tecnologia, ele reina nos carros
Essa ainda é a principal forma de se informar dentro de um carro, principalmente com notícias quentes sobre o trânsito
Essa ainda é a principal forma de se informar dentro de um carro, principalmente com notícias quentes sobre o trânsito
O rádio foi uma ferramenta importante para a comunicação durante o século XX. Nas residências ele foi substituído pela televisão e pela internet, porém segue firme e forte graças ao carro.
Quando você está ao volante de um automóvel, o rádio é a principal forma de se informar sobre as notícias e sobre o trânsito. Já existem centrais multimídias que sintonizam televisão, porém é ilegal que o motorista veja imagens em movimento.
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Essa história do rádio dentro dos carros começou em 1930, quando a empresa Galvin Manufacturing Corporation criou o primeiro receptor para carros. O nome era Motorola, que juntava as palavras “Motor” e “Ola”, que é “onda” em espanhol.
O valor do rádio era caro, quase 1/4 do preço de um Ford Modelo A novo. Além de caro, os primeiros receptores automotivos eram grandes, o alemão Blaupunkt AS 5 ocupava 10 litros de espaço no bagageiro.
Até o final da década o rádio AM virou um opcional de fábrica nos carros, mais comum de encontrar em carros de luxo. Eram sistemas bem mais simples que os atuais, com apenas um alto-falante no painel.
A alemã Becker lançou nos anos 50 o Mexico, o primeiro rádio para carros com AM e FM. Ele consegui procurar as estações automaticamente. Foi um modelo tão emblemático que é feito hoje uma versão moderna com o desenho clássico e funções como Bluetooth e navegação, para os antigomobilistas que querem manter a aparência antiga do seu clássico e ter um som moderno.
Foi na década de 50 também que foi criada uma forma do motorista escolher o que vai ouvir. A Chrysler ofereceu com opcional um toca-discos em seus carros, que exigiam um vinil proprietário. Foi um fracasso, hoje é uma curiosidade nos encontros de antigos.
Essa questão da escolha do que ouvir foi melhorada na década seguinte com as fitas de 8 faixas, que foram sucedidas pelas fitas cassete nos anos 70. O rádio FM também foi se popularizando nos carros.
Hoje já temos SUVs oferecendo som de marca premium, como Bose, Beats e JBL. Quem lançou essa tendência foi o Chevrolet Corvette, com o som Bose. Essa empresa era especializada em sistemas para residências.
Os carros ganharam CD-player nos anos 80 junto de melhorias na qualidade do som, mas o rádio AM/FM seguiu presente. A década de 90 trouxe o minidisc, que só foi bem sucedido no Japão, e os rádios integrados ao painel.
Hoje vivemos na era das centrais multimídia, que nem trazem mais o CD-player. O motorista pode espelhar o seu smartphone na tela, plugar um pen-drive na porta USB ou usar o próprio sistema para reproduzir seus streaming favorito.
A rádio AM está saindo de cena nos carros, o principal motivo são os campos magnéticos gerados pelos motores dos elétricos interferirem na recepção e a falta de uso. O FM continua presente, mesmo com a facilidade criada pelos streamings.
Uma forma de ouvir rádio no carro que é popular nos EUA e não existe no brasil são os serviços por satélite, como o Sirius e o XM. O motorista pode atravessar um país sem ter que ficar procurando as estações, a recepção é constante por todo o território e com alta qualidade.
No Brasil existem pouquíssimos carros de entrada que vêm sem rádio. Os que trazem um receptor AM/FM simples com Bluetooth, USB e entrada auxiliar são contados nos dedos. Quem dominou o cenário foram as centras multimídia, sempre com Android Auto e Apple Carplay. Mas na hora de se informar, é o rádio FM que entra para salvar o dia.
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