Ram 3500: a picape para quem precisa rebocar o mundo
A Stellantis trouxe mais uma variação da picape Ram para o Brasil, a 3500; essa versão traz mais capacidade de reboque e luxo
A Stellantis trouxe mais uma variação da picape Ram para o Brasil, a 3500; essa versão traz mais capacidade de reboque e luxo
O agronegócio hoje representa por 26,6 do PIB brasileiro e continua em crescimento. Por trás disso estão pessoas que vivem no campo e possuem necessidades diferentes dos moradores de centros urbanos. A marca Ram vem crescendo no país graças a esse público, que tem as grandes picapes americanas como objeto de desejo e alternativa a carros de luxo.
As vendas do fabricante parecem acanhadas, emplacou “apenas” 2.762 unidades em 2021, mas isso significa oito vezes mais que as vendas realizadas em 2017. Para continuar nesse sucesso, a marca está expandindo sua gama no país com um novo modelo topo de linha: a Ram 3500.
Versão | Preço |
---|---|
Laramie | R$ 484.990 |
Limited Night Edition | R$ 509.990 |
Limited Longhorn | R$ 529.990 |
VEJA TAMBÉM:
A proposta dessa versão é fornecer mais capacidade e mais luxo que a nossa velha conhecida 2500. O principal diferencial fica na capacidade de reboque de 9 toneladas e na capacidade de carga de 1.752 kg. Para ter essas capacidades extra, a Ram 3500 traz suspensão com feixe de molas na traseira, ante as molas helicoidais da 2500.
O motor Cummins ISB 6.7 também foi reforçado para o trabalho mais pesado: ele agora produz 377 cv e 117,2 kgfm. Se consagrando como a picape diesel mais potente do país. A 3500 usa o sistema SCR para o controle de emissões, utilizando injeção de Arla 32.
O cambio automático de seis marchas possui um modo de operação exclusivo para quando tiver rebocando, otimizando as trocas de marchas e agindo com mais suavidade. E para segurar tudo isso estão os freios a discos nas quatro rodas e um sistema de freio motor por contrapressão no escape, como vemos em caminhões.
A Ram 2500 chega ao Brasil na versão Laramie, considerada como intermediária na gama de modelos da Ram nos EUA. A 3500 estreia no Brasil dois níveis de acabamento topo de linha da marca: o Limited Night Edition e o Limited Longhorn.
Esses modelos se diferenciam entre si mais pelo estilo, acabamento e pelo tipo de farol usado. Em comum essas versões tem o retrovisor interno digital, sistema de som premium Harman Kardon, estribo elétrico, cruise control adaptativo, alerta de colisão com frenagem autônoma de emergência, assistente de permanência em faixa e aquecimento nos bancos traseiros.
A Night Edition traz estilo monocromático, para-choques e molduras dos faróis são na cor da carroceria, já a grade, retrovisores, rodas, maçanetas e emblemas são pretos. Por dentro vem couro preto com costuras contrastantes.
O destaque mesmo fica para a Longhorn, nome que homenageia a famosa raça de gado dos rancheiros texanos. Ela acrescenta os faróis full-LED Matrix ao pacote da Night edition. No visual ela carrega nos cromados, que estão presentes até no gancho de reboque. Também está disponível uma pintura em dois tons, branco na parte superior e marrom na inferior.
Seu interior traz couro marrom Natura Plus certificado, nada de material sintético por aqui. O material é macio ao toque e não esquenta muito quando fica no sol. Os apliques de madeira também são genuínos.
Assim como ocorre com a Ram 2500, a 3500 exige carteira de habilitação de caminhão para ser dirigida em vias públicas. Seu peso vazia já ultrapassa 3.500 kg, que é o peso bruto total máximo para a habilitação B. Por isso tivemos que dirigir a picape apenas dentro de uma pista de testes.
O torque do motor diesel tira da inércia o peso de 3.665 kg da 3500 sem esforço algum. A fábrica não divulga dados de desempenho, mas ela não faz feio perante as picapes médias mais potentes que temos no mercado.
É preciso ter cuidado na hora de manobrar, a Ram 3500 mede 2,12 metros de largura sem contar com os retrovisores. Se já deu trabalho assim para desviar de cones, imagina no trânsito? Para compensar, ela traz sistema de câmeras 360° e pode mostrar imagens de câmeras do reboque também.
O foco da Ram 3500 é rebocar ainda mais que a 2500. Se somar o peso da picape com o peso máximo que ela pode rebocar temos 12.621 kg. Na pista pudemos rebocar um trailer misto de passageiros e cavalos que pesa 8 toneladas, ficando uma composição de 11.600 kg.
Esse reboque vai preso em um engate dentro da caçamba, diretamente acima do eixo traseira. Similar ao funcionamento da quinta roda de caminhões. Para arrancar não é preciso de usar marcha reduzida ou algo assim, apenas pisar com suavidade no acelerador para não dar trancos no reboque.
Mesmo carregada a picape ganha velocidade com desenvoltura, podendo manter a mesma velocidade de cruzeiro na estrada que manteria quando vazia – que no Brasil não pode ser acima de 90 km/h por ser classificada como caminhão.
No painel existe um botão chamado Tow/Haul, que ativa um modo específico para rebocar. Com ele acionado é possível notar que a Ram 3500 trata de segurar mais as marchas para otimizar o desempenho e também suaviza as respostas do acelerador. Junto desse botão está outro para acionar o freio motor via contrapressão no escape, outro item vindo diretamente de caminhões.
Segundo a Ram, seus clientes já utilizam suas 2500 para rebocar e existe a necessidade por um veículo com mais capacidade. Junto desse público está crescendo a produção de trailers grandes no país. A concorrência da Ram hoje se limita a picapes importadas de forma independente.
Fotos: Ram | Divulgação
👍 Curtiu? Apoie nosso trabalho seguindo nossas redes sociais e tenha acesso a conteúdos exclusivos. Não esqueça de comentar e compartilhar.
TikTok | YouTube | X |
Ah, e se você é fã dos áudios do Boris, acompanhe o AutoPapo no YouTube Podcasts:
Podcast - Ouviu na Rádio | AutoPapo Podcast |
Essa é bruta. Casca grossa pra puxar cargas pesadas nas fazendas, o Brasil tem que trazer essas camionetas que o dinheiro ? vale a pena comprar, não essas que vc paga um absurdo e só serve pra desfilar nós shoppings da cidade ?
Para estacionar em frente aos bancos da “minha terra”, certamente ocuparão metade da pista de rolamento.
Sinceramente, mais um trambolho para atrapalhar o trânsito.
O problema é que os “agro de domingo” que nem terra tem e vem estacionar esses caminhões no oblíquo…picapes normais já ocupam muito espaço, imagina isso aí…
Para estacionar em frente aos bancos da “minha terra”, certamente ocuparão metade da pista de rolamento.
Sinceramente, mais um trambolho para atrapalhar o trânsito.