Comparativo: Ram Rampage ou Fiat Toro, qual picape é melhor?
As duas picapes são do mesmo grupo automotivo e usam a mesma plataforma, mas têm diferenças pontuais importantes
As duas picapes são do mesmo grupo automotivo e usam a mesma plataforma, mas têm diferenças pontuais importantes
A Toro não tem paz nesta vida. A médio-compacta da Fiat, segunda picape mais vendida do país, a todo momento é bombardeada pela concorrência. Não bastassem as ofensivas de Chevrolet Montana e Ford Maverick recentemente, agora a hostilidade vem de dentro de casa, com a Ram Rampage.
VEJA TAMBÉM:
A nova picape da marca norte-americana – que faz parte do Grupo Stellantis, assim como a Fiat – usa a mesma plataforma Small Wide 4×4 sobre monobloco da Toro. Porém, chegou com custo/benefício agressivo e a marra de usar o motor mais potente das picapes médias e intermediárias.
Como fica a vida do modelo da Fiat agora? As duas são parecidas só por usar a mesma arquitetura? Ou têm diferenças importantes? É o que vocês vão ver nesse comparativo virtual entre Toro e Rampage em três pontos principais.
A Rampage é um pouco maior que a Toro, o que pode se configurar em melhor espaço na cabine e aproveitamento mais otimizado da caçamba. São 5,02 metros de comprimento, 8 cm a mais que a Toro. Já o 1,88 metro de largura do modelo da Ram constitui 4 cm a mais que a rival da Fiat.
As dimensões da caçamba da Rampage: 1,05 metro de comprimento e o mesmo de largura entre os vãos das rodas, e 59 cm de altura. A Toro tem o compartimento um pouco mais comprido (1,17 m) e largo (1,09 m), e 57 cm de altura.
Os números são um pouco melhores na caçamba a favor da Rampage. A novata picape sobre monobloco recebe até 980 litros de volume, contra 937 litros da Toro.
A Rampage ganha da Toro também na capacidade de carga. Nas versões turbodiesel, pouca coisa. A picape da Ram leva até 1.015 kg, apenas 5 kg a mais. Já as opções com o motor Hurricane a gasolina têm carga útil de até 750 kg, contra 670 kg das variantes com o propulsor turbo flex GSE da Fiat.
Ser a picape média mais potente do mercado já dá uma moral e tanto para a Rampage. O motor turbo Hurricane 4 herdado do Wrangler só bebe gasolina, mas rende 272 cv de potência e torque máximo de 40,8 kgfm a 3.000 rpm. Bem mais que o já bom motor 1.3 turboflex GSE da Toro, que gera 180 cv com gasolina e 185 cv, com etanol.
O desempenho, claro, é bem mais esperto na Rampage. Ainda mais que a novata usa a transmissão automática ZF de nove marchas, enquanto a Toro mantém a caixa Aisin, de seis velocidades.
Segundo dados da Ram, a picape cumpre o 0 a 100 km/h em 7,1 segundos – mas a configuração esportiva R/T promete fazer o mesmo em 6,9 segundos. Com gasolina, a Toro 1.3 precisa de 10,8 segundos (10,7 segundos se com etanol).
Só não tem milagre no consumo. A Rampage é bem mais beberrona que a Toro. As médias da Ram, de acordo com os padrões do Inmetro, ficam em 7,9 km/l na cidade e 9,7 km/l, na estrada – ou respectivos 8,0 km/l e 10,0 km/l na R/T. Na picape da Fiat, 9,5 km/l no ciclo urbano e 11,2 km/l, no rodoviário.
Já as versões turbodiesel usam o mesmo conjunto. O motor 2.0 de 170 cv difere pouco no torque: 38,8 kgfm na Rampage e 35,7 kgfm, na Toro, sempre a 1.750 rpm. Novamente a Ram leva a melhor, com 0 a 100 km/h em 10,9 segundos, contra 12,4 segundos da companheira de fábrica.
No consumo, a vantagem da Toro diminui um pouco. Na cidade, médias de 10,4 km/l da Fiat, contra 9,9 km/l da concorrente. Na estrada, 12,7 km/l da picape da marca italiana, enquanto a Rampage anota médias de 12,4 km/l.
Ao contrário da Toro – e do habitual -, na linha Rampage as versões diesel são as mais baratas e de entrada. São duas configurações movidas pelo combustível, com a Rebel como a de entrada por R$ 239.990.
Desde esta versão mais básica a Rampage já vem muito bem equipada. Destaque para o pacote ADAS, com controle de cruzeiro adaptativo, frenagem autônoma de emergência, alerta de ponto cego e assistente ativo de permanência em faixa. Ainda na segurança, são sete airbags.
Completam a lista inerente à toda a linha Rampage central multimídia com tela de 12,3” e conexão Android Auto e Apple CarPlay sem fio, quadro de instrumentos eletrônico em display de 10,3”, bancos de couro, regulagens elétricas do banco do motorista, carregador de celular por indução, faróis full LED e pneus todo terreno.
Já a Rampage Rebel Lamarie diesel custa R$ 10 mil a mais e agrega apenas itens estéticos. Revestimento interno de couro marrom, para-choque traseiro cromado, rodas aro 18” diamantadas com pneus 235/60 e acabamentos externos cromados.
A Toro turbodiesel mais barata é a Volcano, que custa R$ 188.590. Não tem os pacotes de assistência à condução, mas leva seis airbags, câmera de ré, sensores de estacionamento na frente e atrás e retrovisor eletrocrômico.
A multimídia tem tela menor, de 8,4”, mas também oferece conexão wireless com smartphones. Enquanto o painel de instrumentos não é full digital: traz um display de 7”. No mais, repete boa parte dos equipamentos das Rampage diesel.
O pacote ADAS só aparece na Toro na versão Ranch (R$ 205.790), porém não inclui piloto automático adaptativo, apenas a frenagem automática de emergência. Além disso, o assistente de permanência em faixa só emite alerta, não corrige a trajetória.
As opções a gasolina da Rampage são ainda mais recheadas. A Rebel com motor Hurricane custa os mesmos R$ 249.990 da diesel mais completa e praticamente repete os itens de série. A Laramie, que sai por R$ 10 mil a mais, espelha a configuração homônima turbodiesel.
A R/T (R$ 269.990) é a mais incrementada. Tem teto preto, suspensão com acerto esportivo, escapamento duplo cromado, rodas aro 19” em preto brilhante e bancos de couro com costuras vermelhas, além de modo R/T de condução. As Toro turboflex são bem mais em conta, custam de R$ 146.990 a R$ 175.100, contudo têm bem menos equipamentos.
👍 Curtiu? Apoie nosso trabalho seguindo nossas redes sociais e tenha acesso a conteúdos exclusivos. Não esqueça de comentar e compartilhar.
TikTok | YouTube | X |
Ah, e se você é fã dos áudios do Boris, acompanhe o AutoPapo no YouTube Podcasts:
Podcast - Ouviu na Rádio | AutoPapo Podcast |
Nenhuma das duas. Canal passador de pano pra Stellantis.
Sou proprietário de uma Fiat Toro Freedom 2022 com o motor TurboFlex (T270), esse consumo está completamente equivocado, ela nunca rendeu o que diz no manual/inmetro. A verdade é que o consumo médio dela na cidade fica entre 5.5KM/L e 6KM/L. A depender do trânsito em algumas raras ocasiões chega a fazer 7km/L. Na BR, aí sim o consumo melhora chegando a fazer entre 10KM/L e 11KM/L a depender do modo de condução. Se usar o modo Sport, aí esse consumo na BR cai drasticamente para 4KM/L ou 5KM/L.
Afinal, nenhum veredito?
O assistente de faixa da toro não só emite alerta , mais também corrigi sim o trajeto . Favor corrigir esse dado.