Curte ronco de motor? Listamos 10 carros com barulhos quase musicais
Alguns nem são tão potentes, outros têm consumo exagerado, mas todos soam afinadíssimos quando estão funcionando
Alguns nem são tão potentes, outros têm consumo exagerado, mas todos soam afinadíssimos quando estão funcionando
Você curte pisar no acelerador e escutar o giro subindo? O som que sai pelo escapamento é música para os seus ouvidos? Então corra para conferir nosso ranking de ronco de motor: enumeramos os 10 modelos com as melhores sonoridades já fabricados no país.
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Neste listão, entraram apenas automóveis nacionais. Gire a chave no contato e desfrute do ronco, ou melhor, da música, que vem do motor de cada um deles. Confira:
O ronco de um motor V8 é bastante característico. Isso porque o combustível vai explodindo de maneira alternada nas duas bancadas de cilindros, produzindo um barulho que lembra um borbulhar. Embora tenham existido outros carros nacionais com esse tipo de mecânica, para nós o do Charger R/T é o mais musical.
Boris Feldman mostra um Dodge V8 todo original: assista ao vídeo!
Todos os chamados “Dodjões” nacionais têm, grosso modo, o mesmo propulsor, com 8 cilindros e 5.212 cm³ de cilindrada. No Charger R/T, porém, o ronco do motor V8 fica ainda mais afinado devido à saída dupla de escape. Esse recurso, somado à taxa de compressão mais alta, resultavam em uma potência bruta de 215 cv.
A gente pode até achar o ronco do motor do Charger mais bonito, mas nem por isso desgostamos do som de outro icônico V8 nacional: o Ford Maverick. Tanto que o modelo ficou com o honroso segundo lugar da lista.
Com 4.949 cm³ de cilindrada e 198 cv de potência bruta, o V8 302, que no Brasil ficou conhecido como canadense, também tem barulho borbulhante. Porém, em relação ao similar da Chrysler, parece um pouco menos equilibrado. No Maverick GT, que tem escapamento menos restritivo, é possível ouvi-lo melhor que no Galaxie, que chegou a ser equipado com o mesmo propulsor.
A suavidade de funcionamento é marca registrada dos propulsores de seis cilindros em linha. No Brasil, o automóvel com o ronco mais sonoro equipado com esse tipo de motor é o Opala. Inicialmente, o bloco tinha 3.764 cm³, mas um aumento no curso dos pistões logo fez a cilindrada aumentar para 4.093 cm³. Os dois soam muitíssimo bem!
A Chevrolet fez algumas modificações no seis cilindros do Opala ao longo do tempo. A versão com barulho mais estimulante é a 250 S, graças ao uso de tuchos mecânicos, carburador de corpo duplo e maior taxa de compressão. Nesse caso, a potência bruta chegava a 171 cv.
Este é polêmico. Mas antes que comecem a chamar o Marea de bomba, vale destacar que o barulho dos motores de 5 cilindros é delicioso! Tanto faz se é o 2.4 ou o 2.0, turbo ou aspirado: eles podem até ter má fama, mas soam como música para os ouvidos.
O ronco de um motor de 5 cilindros é bem característico, diferente de todos os demais. E o Fiat Marea, até hoje, foi o único carro nacional com esse tipo de arquitetura mecânica. O 2.0 aspirado desenvolve 142 cv de potência, enquanto o turbo chega a 182 cv. O 2.4 fica entre os dois, com 160 cv.
Há quem prefira o inconfundível barulho dos motores boxer refrigerados a ar, que a Volkswagen produziu no Brasil por décadas. Mas nós elegemos uma unidade da tradicional linha AP como o mais agradável sob a perspectiva sonora. É o 1.8 S que equipou, entre alguns outros modelos, as versões esportivas GT e GTS do Gol.
Sim, ambas são menos potentes que a GTI, equipada com o AP 2.0. O caso é que o 1.8 é mais suave e entrega funcionamento bem “liso” em alta rotação. Quando dotado do famoso comando de válvulas 049G, esse motor fica ainda mais girador e musical, entregando 106 cv de potência.
Já que estamos falando de motor girador, não podemos deixar de mencionar o Civic Si. Sob o capô do sedã esportivo, havia um 2.0 que atingia 192 cv de potência a nada menos que 7.800 rpm. Como o limitador de giro só entre em ação a 8.400 rpm, o motorista pode fazer o ponteiro do tacômetro subir sem medo!
Quem escuta o 2.0 funcionando em marcha lenta quase não repara no som que sai pelo escapamento. O barato é justamente fazê-lo funcionar em alta: quando se estica as marchas para além dos 6.000 rpm, algo impossível na maioria dos automóveis, o som torna-se “ardido”, num timbre único. A atual geração do Civic Si pode até ser mais potente, mas ficou bem mais comportada quando o assunto é ronco de motor.
Nós gostamos tanto de ouvir o funcionamento de um V8 que colocamos mais um na lista. Aliás, todos os modelos nacionais da Simca são equipados com esse tipo de propulsor e, consequentemente, produzem belos sons. Porém, os mais entusiasmantes de gama são os equipados com o chamado motor Emi-Sul.
Nesse caso, o V8 de 2.414 cm³ desenvolvia 140 cv de potência bruta, graças à adoção de câmaras de combustão hemisféricas. Pode até não impressionar em desempenho hoje em dia, mas ainda é capaz de mexer com os sentidos do condutor.
A Alfa Romeo é lembrada, entre outras razões, por fabricar motores que produzem ruídos estimulantes. Alguns modelos da marca italiana já foram fabricados no Brasil, tanto por iniciativa própria quanto sob licença, pela extinta estatal FNM. Assim, não chega a ser surpresa que um desses veículos esteja na lista: o sedã JK, posteriormente rebatizado de 2.000.
O nome é uma alusão ao motor, com quatro cilindros, duplo comando de válvulas e 1975 cm³. Essa unidade produzia um ronco nervoso e, para os padrões da época, era muito girador. A potência, de 115 cv brutos, era até razoável. Os sucessores FNM 2.150 e Alfa Romeo 2.300 exibiam mais força, mas os aumentos de cilindrada trouxeram alguns prejuízos à suavidade de funcionamento.
O motor de dois tempos e seu inconfundível ronco (pó-pó-pó-póóóóó) pertence ao passado. Muito poluidor, ele foi banidos primeiramente dos automóveis e, depois, das motocicletas. Porém, para quem procura sonoridade afinada ao pisar no acelerador, ele ainda tem seu lugar. Entre os nacionais, a DKW-Vermag foi a única a utilizar esse tipo de mecânica, escolhida para mover o fora-de-série GT Malzoni.
Boris também já mostrou um GT Malzoni: confira o vídeo!
Como qualquer esportivo que se preze, o GT Malzoni amplifica as sensações ao volante. Inclusive a sonoridade do motor de três cilindros e 980 cm³. Pequeno, ele rende 50 cv de potência, mas como o veículo pesa apenas 800 kg, o desempenho é até digno. Mesmo que não seja assim tão rápido, o modelo sabe agradar aos ouvidos.
Ok, diante de outros modelos da lista, o Sandero RS pode parecer um tanto deslocado. Entretanto, o hatch da Renault merece a menção por ser o único nacional da atualidade a trazer como atrativo um ronco de motor mais encorpado. Afinal, o fabricante deu à versão esportiva um sistema de escapamento 5 mm mais largo que o do restante da gama, de modo a potencializar o rendimento do motor e também o som de funcionamento.
O motor 2.0 do Sandero RS desenvolve 150 cv com etanol e 145 cv com gasolina. É um esportivo raiz, fiel à velha fórmula de unir um propulsor aspirado de alta cilindrada a uma carroceria leve e compacta. Vale lembrar que o maior concorrente, o Volkswagen Polo GTS, utiliza uma unidade 1.4 turbo para produzir números de potência similares, mas recorre a um alto-falante para emular o som do escapamento.
Fotos: Divulgação
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Teve outro carro com 5 cilindros alem do marea, os primeiros jetta e, realmente motores de 5 cilindros tem um som maravilhoso..
Trabalho numa oficina de restauração de antigos e ouço esses roncos sinfônicos todos os dias e realmente, entre os v8, o dodge é oque mais impressiona.
Não gosto do som do 4.1 do opala, acho grave demais e também não gosto do barulho do fusca e derivados…
Alguem aí disse do ronco das alfa 164, eu diria que qualquer motor v6 com sistema de escape duplo com x pipe produzirá com certeza o mais belo ronco.
Alguém aí tb disse preferir carro elétrico, isso é coisa de veado!!!
Eu acho que carro barulhento é coisa do passado. Uma pessoa inteligente e atualizada com certeza vai preferir um carro selencioso ou carro elétrico, por exemplo…
O ruído de um motor harmônico atinge (COMPASSA) uma forma periódica, simplificando a audição para o ouvido humano: a Série de Fourier explica, pois há cancelamento e o contrário nos nossos ouvidos, em nosso cérebro: ruído e barulho.
RUÍDO é sussurro, BARULHO é grito.
Os motores V8 sussurram alto .
Os “6 canecos” bem balanceados, como o GM250 com sete mancais de apoio no “vira”, ou feito o Ford “Renault WILLYS” Corcel, com cinco mancais de apoio para as quatro manivelas, ou ainda – mais modernamente – os cinco mancais de suporte para um “vira” de três cilindros, TORNAM O SOM MUSICAL!
Meu up! “ronca”, super-bem-balanceado em seus cinco mancais de apoio.
Em menos escala – EVIDENTEMENTE – o ruído até me faz lembrar (em menor escala / guardadas as ressalvas necessárias) o meu BOM-E-VELHO Maverick GT.
A diferença: enquanto o Maverick GT fazia cinco km / litro de gasolina azul (preferencialmente), o modesto up! “vira-e-rola” no ETANOL !!!
Quanto à potência, meu Maverick a FORD dizia ter 198 CV – –
DEVERIASER COISA DE 130 CV, quase cinco litros (302 pol³ = 4948,89 l)…
O up! tem cerca de 84 CV (reais / não declarados por causa do “irmão” turbo)…
. . . . .
E o Scania 113 ? Kkkkk
124 e 1620 diretão kkkkk
Faltou o Alfa Romeo 164. Top 5.
Olá, Rodrigo.
Meu caro, você está certíssimo em relação ao Alfa 164, que tem sim um belo ronco. Porém, este listão inclui unicamente automóveis nacionais, conforme foi explicado no texto.
Abraço e obrigado por comentar!