S10 Z71 x Ranger Storm x Frontier Attack: só maquiagem ou algo a mais?
Três picapes que apostam no visual e na robustez para atrair os picapeiros de plantão: qual é a sua preferida?
Três picapes que apostam no visual e na robustez para atrair os picapeiros de plantão: qual é a sua preferida?
Só um segmento consegue rivalizar com os SUVs atualmente: o das picapes, que em 2021 registrou aumento nas vendas e também foi a categoria que mais valorizou, segundo levantamento da KBB Brasil. Dentro deste mercado, ainda tem uma parcela significativa de modelos com pegada mais estética, como Chevrolet S10 Z71, Ford Ranger Storm e Nissan Frontier Attack.
São os modelos que tentam fisgar um público que chamamos de agroboys. O pessoal que precisa de uma picape robusta e com boa capacidade de carga, mas que também quer desfilar pelas estradas com um modelo imponente e arrojado. Por isso, vamos mostrar o que cada uma das versões mais ousadas destas picapes médias oferece em cinco quesitos diferentes.
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Mas, antes, vamos mostrar os preços de cada uma:
Começamos justamente com a questão dos motores. Na frieza dos números, as três picapes têm potências bem próximas. Todas usam conjuntos com motores turbodiesel (no caso da Nissan, são duas turbinas) de quatro cilindros, tração nas quatro rodas com reduzida e câmbio automático.
S10 e Ranger empatam na potência declarada: são 200 cv. No torque máximo, contudo, o modelo da General Motors se sobressai por pouco. O 2.8 da Chevrolet oferece 51 kgfm a 2.000 rpm, enquanto o 3.2 Duratorq da Ford dispõe de 47,9 kgfm, só que mais cedo: a 1.750 giros. Já o 2.3 biturbo da Nissan entrega 190 cv e 45,9 kgfm a rotações mais baixas: 1.500 rpm.
A transmissão automática da Frontier é de sete marchas, enquanto a caixa das rivais oferece seis velocidades. A tração 4×4, por sua vez, tem acionamento eletrônico em todos os modelos. Com estes conjuntos, a S10 é a mais ágil nas acelerações. Confira as performances de cada uma com base nos dados dos próprios fabricantes:
Modelos a diesel, em geral, são mais econômicos que as variantes flex. Mas são veículos pesados e para carga, então, não espere uma sede tão moderada como em um hatch ou sedã. Neste contexto, as três picapes têm médias de consumo bastante interessantes.
A Frontier se mostra a mais econômica, tanto no ambiente urbano, como na estrada. Veja as médias de acordo com os padrões estabelecidos pelo Inmetro para o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV):
O trio tem equipamentos comuns entre si. Na segurança, controles de estabilidade e de tração, assistente à subida em rampas, controle de descida e câmera de ré são alguns dos equipamentos. Porém, a Frontier peca por só oferecer o airbag duplo frontal obrigatório por lei, enquanto S10 e Ranger vêm equipadas com seis bolsas – a Ford ainda tem um airbag a mais, para os joelhos do motorista.
Na parte de conforto, o custo/benefício da Ranger Storm se sobressai. Só ela oferece ar-condicionado automático bizona – as demais têm ar convencional – e partida remota do motor. Os modelos da Ford e da GM também trazem bancos revestidos de couro, enquanto o da Frontier Attack é de tecido.
No mais, direção com assistência elétrica (hidráulica na Nissan), trio elétrico, ajuste de altura do banco do motorista e controle de cruzeiro em todas as três picapes. Os modelos também recebem centrais multimídias, todas com telas de 8” e conexão Android Auto e Apple CarPlay: MyLink na S10, A-IVI na Nissan e Sync 3, na Ford.
Falamos aqui de veículos aptos para o transporte de carga e para o fora de estrada. Na parte de carga útil, a Chevrolet S10 se destaca, apesar de não oferecer a maior capacidade (em litros) na caçamba. A Z71 também tem maior capacidade de reboque.
Já no desempenho off-road, todas, como dito, dispõem de tração nas quatro rodas com reduzida. A Ford e a Nissan têm bloqueio eletrônico do diferencial. As três oferecem ângulos de ataque e de saída bem próximos.
A Nissan faz valer a sua fama de revisões com preço fixo mais baratas. A Frontier Attack cobra um total de pouco mais de R$ 6.500 na soma das seis primeiras manutenções periódicas. Quase 20% mais em conta que as rivais, que, no total, passam dos R$ 8.000.
Dirigimos a Chevrolet S10 Z71 no Pantanal, durante o lançamento: assista ao vídeo!
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Faltou dizer a capacidade de imersão, pra transpor cursos d’água
Estava com boa expectativa do conteúdo da matéria, mas não gostei. Alguns dados estão errados: o motor da Ford Ranger tem cinco cilindros (não quatro), o ar condicionado é de zona única na versão 2023, que está a venda no momento, e nunca possuiu bancos em couro. Pelo que vi, os valores de todas as picapes não estão atualizados, ou não se aplicam na maioria dos estado do Brasil. Também quero deixar uma observação. Sério, não se trata de mimimi. O termo agroboy é amplamente usado de modo pejorativo. Usando este termo vocês estarão ofendendo os atuais proprietários destes modelos, e diminuindo a percepção de qualidade dos veículos, o que é injusto – são bons veículos. É provável que não houve a avaliação presencial, pois há, apenas, fotos de material publicitário. Desta forma quero expor um raciocínio: o autor/jornalista convida o leitor a opinar sobre o modelo preferido, mas ele não dá o feedback sobre a experiência de uso/dirigibilidade dos veículos – o que é muito importante (sem isso, é opinião de jogador de super trunfo), justamente porque não houve a comparação de fato. O que, também, justifica a falta de opinião na matéria. Como uma matéria assim pode ajudar alguém interessado na compra de alguma dessas picapes? Se esse não for o objetivo, deixem claro que não houve o teste prático das picapes, e que o texto tem a finalidade de apenas levantar dados e compará-los. Por fim, todos sabemos que toda redação organizada precisa precisa do título, da introdução/início, o desenvolvimento/meio, e a conclusão/fim. Essa matéria não tem fim! Por favor, não me incomodo que retirem a publicação do meu comentário, mas peço que reavaliem e retirem a publicação desta matéria, pois não combina com a qualidade jornalística desta coluna.