A marca italiana está preparando uma família de carros derivados do Grande Panda, incluindo um modelo familiar inédito
O Brasil possui um mercado cativo para carros de 7 lugares. Eles prestam serviço como táxi, atendem a famílias numerosas e possuem clientes interessados no porta-malas grande. A Fiat irá entrar nesse filão com um SUV compacto derivado do Grand Panda.
Segundo a revista italiana Quattroruote, o presidente da Fiat, Olivier François, confirmou que o Grande Panda dará origem a uma família de carros. O próximo produto será um SUV de 7 lugares, que será revelado ainda em 2025.
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O executivo também confirmou que essa plataforma dará origem a uma caminhonete, que está em desenvolvimento no Brasil e poderá ser vendida na Europa. Isso aponta o nosso país como um dos envolvidos nessa família de carros.
O mercado de carros de 7 lugares no Brasil ainda está com poucas opções nas faixas de preços mais acessíveis. O SUV da Fiat deverá chegar para brigar com os de maior volume. Veja como ele se posicionará.
O novo SUV de 7 lugares da Fiat será irmão do Citroën C3 Aircross. Porém a marca italiana está posicionada um nível acima da francesa na “escadinha” da Stellantis, portanto não espere a simplicidade do modelo que já está no mercado.
O C3 Aircross é um carro de baixo custo à moda antiga, conceito que foi introduzido no Brasil com o lançamento do primeiro Renault Logan. Assim, ele consegue oferecer muito espaço interno a preços baixos.
O único motor usado no modelo é o 1.0 turbo Firefly, que entrega 130 cv e 20,4 kgfm. Seu câmbio é CVT com simulação de 7 marchas. Esse conjunto mecânico deverá ser usado pelo novo SUV da Fiat, provavelmente já com o sistema híbrido leve de 12 volts.
A Chevrolet reina de forma absoluta no segmento de carros com 7 lugares no Brasil graças ao Spin. Ele é o carro da marca com o público mais fiel, por isso é tratado com muito carinho.
Em 2024 o Spin recebeu sua maior atualização desde o lançamento. O design foi renovado na dianteira e na traseira, ganhando faróis em LED. Por dentro veio um painel todo novo, que inclui quadro de instrumentos digital e novos equipamentos. Até a segurança foi reforçada, com a adoção de seis airbags.
Um dos motivos para a fidelidade do público do Spin é o motor 1.8 Família 1. É o mais longevo no Brasil, estreou aqui com o Corsa em 1994. É um propulsor bastante confiável e simples de manter, que entrega seu torque em baixas rotações.
O novo SUV da Fiat poderá ser uma pedra no sapato do Spin, já que a marca italiana é boa de mercado. O C3 Aircross tenta, mas ainda não conseguiu abalar esse reinado.
A oferta de SUVs de 7 lugares no Brasil pula da faixa de R$ 150 mil direto para os R$ 200 mil. O modelo médio com três fileiras de assentos mais acessível do país é o Caoa Chery Tiggo 8 Pro.
Ele já chega com uma oferta maior de equipamentos e um interior bem acabado. O porte maior permite maior conforto para quem vai no fundão, mas ainda está longe da comodidade vista em minivans grandes como a Kia Carnival.
A versão Pro do Tiggo 8 é apenas a combustão, com o motor 1.6 turbo de 187 cv. Ele também conta com o pacote ADAS Max Drive. A versão híbrida vem ainda mais equipada e conta com 317 cv, mas custa R$ 279.990.
A outra opção nacional de SUV médio com 7 lugares é o Jeep Commander. Ele parte de R$ 227.990 na versão Longitude T270, com o motor 1.3 turbo flex de 176 cv.
Uma vantagem no Jeep Commander é a variedade de versões. Além desse motor flex, o consumidor pode optar também pelo 2.2 turbodiesel de 200 cv ou o 2.0 turbo a gasolina de 272 cv.
O padrão de acabamento do SUV de 7 lugares é refinado e o modelo vem bem equipado. Porém o espaço interno é limitado para quem vai no fundão e ele peca um pouco na largura interna.
Apesar de estar focada em tirar da Fiat o posto de marca que mais vende no Brasil, a Volkswagen parece não estar preocupada com o mercado de SUVs de 7 lugares. Sua única oferta no Brasil é o Tiguan Allspace, que está em fim de carreira.
O SUV importado do México vem em versão única, com motor 2.0 TSI de 186 cv, câmbio automático e tração dianteira. No passado ele vinha com uma versão mais forte desse motor e tração integral.
Quem não se importar com essa esportividade irá gostar da eficiência desse motor e da suavidade do câmbio. A oferta de tecnologia é boa, mesmo com o projeto sendo defasado. E a marca está dando bons descontos nas últimas unidades para limpar o estoque.
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