Estes 5 equipamentos do seu carro vieram das corridas!
As competições de corrida carregam muita tecnologia, mas a maioria delas é desenvolvida para, posteriormente, equipar os carros de rua
As competições de corrida carregam muita tecnologia, mas a maioria delas é desenvolvida para, posteriormente, equipar os carros de rua
O automobilismo, de maneira geral, é considerado um dos esportes mais caros a serem praticados no mundo. Afinal, a qualidade do equipamento é determinante para se tornar competitivo e, para isso, milhões de dólares, ou reais – depende de onde é a categoria – precisam ser investidos para que a equipe seja minimamente competitiva.
Mas as corridas não se resumem apenas em cruzar a linha de chegada em primeiro lugar. Elas estão muito atreladas ao desenvolvimento de tecnologia, não à toa é comum as marcas anunciarem a saída de uma categoria, mas retornar a ela alguns anos depois.
Por isso, os diferentes certames do esporte a motor buscam escrever o regulamento de modo que atraia o máximo de fabricantes possível, para que a tecnologia desenvolvida na corrida possa ser utilizada, de alguma forma nos carros de rua.
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Pensando nisso, o AutoPapo listou alguns itens que foram desenvolvidos nas pistas de corrida – seja para incrementar a segurança ou a velocidade – e hoje você pode encontrar no seu veículo de uso pessoal.
Andar em um carro sem os espelhos retrovisores é algo quase que imaginável, certo? Mas isso já aconteceu. Apesar de ser um aparato simples e fundamental para a segurança, essa tecnologia foi desenvolvida para ser utilizada em uma corrida, mais especificamente na edição de 1911 das 500 milhas de Indianápolis.
Os carros de corrida naquele tempo tinham espaço para um copiloto que ajudava a fazer os reparos no veículo e alertava o piloto sobre o que acontecia a sua volta, dando algumas dicas de pilotagem.
Pensando em como deixar o carro mais leve, Ray Harroum desenvolveu um retrovisor que era colocado a cima do volante de seu Marmom Wasp, e assim conseguia perceber tudo o que acontecia à sua volta. O piloto, inclusive, venceu a corrida naquele ano.
No entanto, ele não foi creditado pela invenção. Passados alguns anos, o engenheiro Elmer Berger, vendeu o conceito para montadoras de automóveis e obteve a patente do espelho retrovisor que conhecemos hoje.
Essa transmissão tenta aliar os benefícios de uma transmissão manual com o conforto de uma automática. Ao longo dos anos foram desenvolvidos modelos de câmbios que poderiam alternar entre o automático e o semiautomático, dando ao condutor a opção de ter as marchas ao alcance da mão para mudá-las da forma como bem entendesse e, assim, extrair maior potencial do carro.
Foi pensando nessa vantagem que a Ferrari desenvolveu essa tecnologia para as corridas da Fórmula 1, em 1989. Além da melhor dirigibilidade, o piloto podia ter um melhor controle da aceleração e da redução de marchas. Com o passar do tempo outras equipes também passaram a fazer uso do dispositivo e em 1995 ele se tornou padrão na categoria.
O câmbio borboleta está associado à transmissão do veículo que é, basicamente automática com conversor de torque automatizada de embreagem simples, automatizada de dupla embreagem, semiautomática ou CVT. Há algum tempo essa tecnologia está embarcada nos carros de rua, principalmente nos esportivos de alto desempenho.
Esse dispositivo de segurança surgiu para suprir a deficiência na dissipação de calor que fazia a eficiência dos freios ficarem menores ao longo do tempo. Isso era algo muito comum nos freios tambores, que ainda são utilizados até hoje.
Sua primeira “versão” foi idealizada por Elmer Ambrose Sperry no séc XIX. Mas ao longo dos anos ele foi evoluindo e a Jaguar foi a responsável por desenvolver o primeiro freio a disco próximo à aquele que nós conhecemos hoje. Em 1953 o Jaguar C-Type de corrida foi equipado com um modelo de freio a disco bem similar ao que hoje é instalados nos carros de passeio.
Além da maior segurança aos passageiros, o freio a disco tem manutenção mais simples e é mais fácil de ser resfriado. Como ele é ventilado, o calor gerado pelo atrito das pastilhas é dissipado e, o que evita a sua falha. Ademais, pelo fato de não ser um tambor, a freada pode ser considerada mais confortável.
A General Motors chegou a desenvolver um controle de tração na década de 1970, mas ele acabou não vingando. Esse sistema, que hoje está presente nos carros de rua, foi desenvolvido na Fórmula 1 durante a década de 1980. Inclusive, junto da suspensão ativa, foi fundamental para o domínio da Williams em 1992 e 1993.
A tecnologia, basicamente, evita o giro em falso de uma ou mais rodas de tração de um veículo. Assim, ele reduz o torque na roda que está perdendo tração, garantindo maior segurança durante a condução e impedindo as rodas de patinarem. Nas corridas, a vantagem estava presente na largada e nas curvas, onde o piloto podia abusar um pouco mais sem perder o controle do carro.
Nas ruas o funcionamento não é muito diferente. O controle de tração calcula a quantidade de energia enviada às rodas e evita que o condutor perca o controle do veículo.
Essa tecnologia também foi desenvolvida nas pistas e chegou através das corridas da Fórmula 1. Implementada na categoria na temporada 2009, o kers recupera parte da energia gerada pela frenagem de um veículo.
A energia produzida pelo KERS pode ser estocada em forma de energia mecânica ou elétrica e permite o aumento de potência momentaneamente.Isso também é bastante interessante para o desenvolvimento de carros elétricos e híbridos, que assim poderão utilizar outras fontes de energia para locomoção.
Os superesportivos Porsche 918 e o McLaren P1 são exemplos de veículos equipados com esse dispositivo.
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