Tragédia em SC comprova ‘preparação’ mal-feita de BMW e escancara riscos
Modificações feitas em oficinas sem preparo colocam em risco a vida de brasileiros que querem personalizar seus carros
Modificações feitas em oficinas sem preparo colocam em risco a vida de brasileiros que querem personalizar seus carros
Na última sexta-feira (12), a Polícia Científica de Santa Catarina concluiu que os quatro jovens encontrados mortos no dia 1º de janeiro, no interior de um carro na rodoviária do Balneário de Camboriú, foram intoxicados por monóxido de carbono, emitido ao interior do veículo por meio do ar-condicionado.
A falha decorreu de modificações feitas em uma peça do escapamento, o downpipe, com o objetivo de dar maior potência ao motor.
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“As provas periciais demonstraram que a causa da morte das quatro vítimas se deu por asfixia por monóxido de carbono decorrente das alterações irregulares no escapamento”, resumiu a perita geral da Polícia Científica de Santa Catarina Andressa Boer Fronza.
– “Ah pronto, vão começar a perseguir os prepadores de carros”, começam a bradar os mais afobados!
Claro que não. A prática de modificar um carro, prepará-lo para extrair mais performance, surgiu, praticamente, com o próprio automóvel. O que tem que ser, sim, perseguido e extirpado são os maus profissionais que fazem verdadeiras gambiarras, como a que vitimou os jovens de Santa Catarina.
Infelizmente, eles não são minoria, como seria o esperado – e o pior, muitos consumidores, pelo preço mais em conta, topam fazer verdadeiras gambiaras que transformam seus carros em bombas-relógio. E quem alerta sobre o risco é visto atacado. Uma verdadeira inversão dos valores.
E não é só mexer no motor que coloca a vida do motorista (e de quem estiver com ele em risco): alterar a suspensão, por exemplo, é mais comum e tão perigosa quanto. Um carro com a suspensão modificada sem qualquer critério altera a sua geometria e o comportamento do carro. Cortar a mola para rebaixar o carro? Uma grande irresponsabilidade e das coisas mais comuns que você vê pelas ruas brasileiras.
Outra “inocente” modificação de carro que coloca vidas em risco? Colocar peças e acessórios que não são homologados ou de origem duvidosa. O cantor sertanejo Cristiano Araujo foi vítima de uma roda com uma solda mal-feita que ganhou de presente.
A tendência é que os responsáveis pelas modificações no BWM sejam indiciados por homicídio culposo. Que todos os fatos sejam apurados e, se comprovada a culpa, que os envolvidos sejam punidos. Mas que as autoridades de trânsito também não esperem novas tragédias aconteceram e que façam fiscalizações rigorosas.
Quem sabe uma inspeção veicular anual, por exemplo, não evite que carros modificados de qualquer maneira fiquem rodando colocando diversas vidas em risco?
Com informações da Agência Brasil
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Pelo que entendi, lendo um artigo de uma oficina que faz essa adaptação, esse downpipe tira a eficiência e/ou inutiliza o catalizador, salvo melhor juízo,, logo os gases poluentes não serão tratados. Assim creio que trata-se de infração ambiental, passível de multa para o motorista em uma fiscalização de rotina da polícia.
Título da matéria teria que ser … no veículo BMW senão estaria dando a entender que é problema da montadora/ marca.