Trocar óleo de motor sintético por mineral, vale a pena?

Os lubrificantes evoluíram com o tempo, principalmente com a vinda da base sintética, mas isso pode fazer bem aos motores antigos? Respondemos!

shutterstock motor sendo abastecido com oleo lubrificante
O manual pede um tipo (Foto: Shutterstock)
Por Eduardo Rodrigues
Publicado em 03/05/2024 às 08h02
Atualizado em 06/05/2024 às 16h32

Quando o assunto é troca de óleo lubrificante, a recomendação é sempre seguir o que manda o manual do veículo. Porém muitos proprietários insistem em mudar o tipo, como trocar o mineral pelo sintético por ser “melhor”, ou usar um mineral mais barato para economizar.

O óleo lubrificante recomendado pelo fabricante foi escolhido por ser o mais adequado ao projeto do motor e seus componentes. A alteração dessas especificações pode impactar no desempenho, no consumo ou até mesmo na vida útil do conjunto.

VEJA TAMBÉM:

Trocar óleo mineral por sintético

A base de um óleo lubrificante pode ser mineral ou sintética. Essa segunda é mais recente e possui estrutura molecular mais homogênea, o que garante a manutenção de suas propriedades por mais tempo.

Já fazem alguns anos que não existem mais carros novos que indicam o uso do óleo mineral. A troca dela por um sintético é benéfica na proteção do motor, contanto que respeite a viscosidade recomendada originalmente e que haja uma classificação API igual ou superior.

Essa troca de óleo mineral por sintético não significa que a periodicidade da troca poderá se maior. Isso é determinado pelo fabricante com base no uso e especificações do motor.

shutterstock troca de oleo do moto lubrificante saindo pelo carter
É importante respeitar a viscosidade e as certificações (Foto: Shutterstock)

O que deve ser atentado é o uso: situações de trânsito pesado e constante ou trajetos curtos são considerados como uso severo. Isso exige trocas de óleo mais constantes, independente de ser sintético ou mineral.

Em motores de carros antigos, não é possível realizar essa troca. Eles não foram projetados para trabalhar com lubrificantes multiviscosidade como os propulsores mais modernos.

E o óleo sintético por mineral?

Consultamos Arley Barbosa, coordenador da Comissão Técnica de Lubrificantes da AEA – Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, para elucidar sobre essas questões. Segundo o especialista, não é possível conseguir o mesmo desempenho de um óleo sintético com o mineral.

Os carros modernos trabalham com tolerâncias menores e a escolha do lubrificante é feita já no início do projeto, buscando a maior eficiência. Essa mudança afetará tanto o desempenho quanto a durabilidade. Ela pode ser ainda mais perigosa nos carros que usam a correia dentada banhada a óleo.

Newsletter
Receba semanalmente notícias, dicas e conteúdos exclusivos que foram destaque no AutoPapo.

👍  Curtiu? Apoie nosso trabalho seguindo nossas redes sociais e tenha acesso a conteúdos exclusivos. Não esqueça de comentar e compartilhar.

TikTok TikTok YouTube YouTube Facebook Facebook X X Instagram Instagram

Ah, e se você é fã dos áudios do Boris, acompanhe o AutoPapo no YouTube Podcasts:

Podcast - Ouviu na Rádio Podcast - Ouviu na Rádio AutoPapo Podcast AutoPapo Podcast
6 Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Comentários com palavrões e ofensas não serão publicados. Se identificar algo que viole os termos de uso, denuncie.
Avatar
Carlos Alberto Ranieri 10 de maio de 2024

Mais uma vantagem do carro elétrico: Não há óleo. Só na caixa do diferencial / redução.

Avatar
Carlos Alberto Ranieri 10 de maio de 2024

Mais uma vantagem do carro elétrico: Não há óleo. Só na caixa do diferencial.

Avatar
João 7 de maio de 2024

Eu tenho um Chevrolet Onix 1.4-L ano 2019, comprado 0-km, e usava o óleo especificado no manual do proprietário (AC Delco – 0W-20 – API SN – Dexos 1).
Ocorre que desde o primeiro ano de uso parei de levar na Concessionária e não estava fácil de encontrar este óleo, então passei a usar o Mobil Super, base sintética, API SP – Dexos 1 Ger 3. O gerente do posto de troca de óleo me recomendou o produto e me disse que o carro ficaria mais econômico. De fato! Fez por volta 1,0 km/litro a mais de autonomia em relação ao óleo AC Delco. Creio que seja pelo fato do Mobil ser API “SP” e o AC Delco “SN” apenas, ou seja, inferior em termos de desempenho.
Eu só fiz essa mudança porque:
1. Mesma viscosidade (0W-20);
2. Desempenho API superior (SP);
3. Atende a Norma da montadora (Dexos 1);
4. É do mesmo tipo de base no óleo recomendada pela Chevrolet (sintético).
Assim sugiro que quem quiser mudar de marca de óleo seja que atento a os referidos itens e ainda tenha a recomendação do gerente do posto de troca de óleo ou mecânico. Pois se der algum problema a responsabilidade é do dono do posto de troca de óleo ou do mecânico.

Avatar
HAF 5 de maio de 2024

Pessoal, não usem oleo 100% Mineral no seu automovel! Forma borra que entope as cavidades de circulação no bloco! Tecnologia muito ultrapassada, é oleo pra motor muito,muito antigo! Sempre que puderem pagar pelo oleo 100% Sintético ou pelo menos semi-sintéticos é melhor , mantendo sempre a mesma referecnia de viscosidade. Abraço.

Avatar
Louzano 3 de maio de 2024

Tenho um golf Sr troquei de mineral pra semi sintético fiz serto posso trocar por sintético
Gosto destas informações que li

Avatar
João 3 de maio de 2024

E ainda se deve sempre atender a norma da montadora. Por exemplo, o Chevrolet Onix, motor 1.4-L, ano 2019, a norma do óleo lubrificante do motor é a “Dexos 1”.

Avatar
Deixe um comentário