Trump decide cortar incentivos para carros elétricos
Crise no segmento de elétricos se agrava com as perdas incentivos nos EUA, além das vendas que engasgam na Europa
Crise no segmento de elétricos se agrava com as perdas incentivos nos EUA, além das vendas que engasgam na Europa
No segundo maior mercado mundial de veículos, renda por habitante mais elevada do mundo (salvo países ricos com poucos habitantes como Luxemburgo, Irlanda, Suíça, Noruega e Singapura) e segunda maior frota circulante (290 milhões de veículos leves e pesados), veículos elétricos ficaram sem incentivo federal, logo após a posse de Donald Trump na presidência dos EUA. Nenhuma surpresa neste aspecto, pois era promessa de campanha. Outros estímulos também estão sendo cortados, inclusive uma ainda indefinida proibição total da venda de carros novos apenas com motores a combustão (não híbridos).
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Cenário um pouco menos drástico, no entanto preocupante, aprofunda-se na Europa, em especial na Alemanha (maior mercado do bloco): compradores decidiram pensar mais e se empolgar menos. Nada parecido com princípio de rejeição, todavia uma significativa freada de arrumação. O futuro indica que elétricos deverão dividir espaço com híbridos, em especial os plugáveis em tomada. Motores a combustão sem nenhum tipo de hibridização, estes sim, se tornarão uma espécie em extinção nos países ricos.
Já se sabe que a queda de preços vem ajudando os elétricos a encontrar mais interessados e a rede de recarga se amplia a um ritmo ainda insuficiente. Um ponto a observar é quanto custará a energia elétrica no futuro. A revista inglesa The Economist apontou que o custo em eletricidade para produzir apenas um bitcoin (moeda digital) é de US$ 30.000 (R$ 180.000). Por mais que haja alternativas limpas e seguras, é pouco provável que, no futuro, carros elétricos deixem de sentir impacto no, atual, custo de recarga quase simbólico.
Em países de renda média, como o Brasil, o ritmo de migração será muito mais lento. Aqui o termo “eletrificado” tem sido mal-usado como sinônimo de elétrico. Isso pouco contribui para atrair novos interessados e a frustração é um inimigo voraz. Também se atribui importância maior que a devida a campanhas negativas (haters ou “odiadores”). São só um reflexo de atitudes de lovers ou “adoradores” acostumados a exagerar ao apontar só vantagens.
Frustrante para ambientalistas. Porém muita sede ao pote, no ditado popular, só podia dar nisso. Uma visão equilibrada mostra que cautela e planejamento sempre fizeram bem e, agora, ainda mais.
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A verdade é que a eletricidade “na tomada” não é tão abundante e nem tão barata como se tenta imaginar. E no mundo inteiro a maior parte dela também não é de matriz limpa.
É fato que a tração elétrica é extremamente eficiente, porém a pergunta que permanece é:
– Como e de onde se obter a eletricidade que alimente a tração elétrica em grande escala???
A resposta tanto no presente quanto no futuro aponta na direção dos veiculos que produzam a sua propria eletricidade, sem dependerem de tomadas para buscar uma eletricidade “pronta” porém escassa e já altamente demandada por inúmeros outros setores e atividades.
No presente os hibridos já oferecem a mais viável das soluções, aliando uma combustão muito menos poluente (e até Zero, dependendo do combustível) com a plena eficiência da tração elétrica.
E para o futuro, não estamos tão longe da tecnologia fuel-cell em escala conercial, aliada ao Hidrogênio Verde que já começa a tornar-se realidade.
Portanto ao que tudo indica, o caminho natural para a eletrificação veicular passa bem longe da tomada elétrica.