Carro usado: 10 fatos sobre o Honda Fit 2008
Mesmo na primeira geração hatch é sinônimo de carro usado versátil e confiável, com espaço interno amplo e modular
Mesmo na primeira geração hatch é sinônimo de carro usado versátil e confiável, com espaço interno amplo e modular
Confesso que às vezes é chato escrever sobre o Honda Fit. Isso porque é difícil encontrar defeitos neste monovolume da marca japonesa, até hoje adorado. Seus fãs idolatram o carro pela sua versatilidade e, claro, pela reputação mecânica da montadora asiática.
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Um exemplo é o Honda Fit 2008. Mesmo em sua primeira geração, é um veículo com mais de 15 anos de uso, que já saiu de linha no Brasil, mas que continua desejado e com boa liquidez.
Veja agora 10 fatos sobre o Honda Fit 2008.
Na virada do século o Honda Fit estreou no Japão, mais precisamente em 2001. Na sequência foi lançado na Europa e nos Estados Unidos (lá, é conhecido como Jazz). Já o lançamento no Brasil ocorreu em abril de 2003.
Feito em Sumaré (SP) – na fábrica que já produzia o Civic -, o Fit surgiu com motor 1.4 e como alternativa mais compacta e barata para quem queria um Honda. O conceito de monovolume logo atraiu o público e no primeiro ano cheio de vendas foram quase 40 mil licenciamentos.
Em 2005 as versões mais completas do carro passaram a ser equipadas com o motor 1.5, enquanto, no ano seguinte, o conjunto menos potente virou flex. Em 2008, o Honda Fit ultrapassou os 40 mil licenciamentos, no último ano desta primeira geração, que teve quase 200 mil unidades comercializadas.
O motor 1.4 16V do Honda Fit tem aquele típico comportamento que o cliente da marca japonesa aprecia. Tanto para o conjunto que bebe só gasolina (80 cv), quanto para o flex (83 cv com etanol e os mesmos 80 cv, com gasolina), as arrancadas são moderadas.
No caso das versões manuais é preciso esticar as marchas e aproveitar as rotações médias. Já as opções com a caixa automática do tipo CVT têm aquele desempenho sem trancos, mas muito gradual e que segura demais os giros em determinadas situações.
Tanto é que em ambos os casos o 0 a 100 km/h fica perto dos 13 segundos. Já o consumo com gasolina na cidade é bacana, com médias perto dos 10 km/l, chegando a mais de 16 km/l na estrada.
O 1.5 16V gera 105 cv e tem respostas um pouco mais imediatas. Sempre com gasolina, o 0 a 100 km/h fica nos 11 segundos, porém o conforto continua ditando o ritmo do Honda Fit. Nas retomadas na estrada o modelo com câmbio manual se sai melhor.
Já o CVT garante o conforto na cidade, além de economia. O consumo urbano fica na casa dos 11 km/l. Lembrando que esse propulsor maior só foi virar flex na segunda geração do Honda Fit, depois de 2008.
Quem vê o Honda Fit de fora acha que o carro é pequeno (são 3,97 m de comprimento e 2,45 m de entre-eixos). Mas a carroceria monovolume resulta em um automóvel com espaço interno maior que os hatches compactos da década de 2000.
Entre as soluções para otimizar esse espaço interno, a largura de 1,67 metro, o tanque de combustível instalado abaixo do assoalho e a ausência de túnel da transmissão. Com isso, o Honda Fit leva três passageiros no banco traseiro numa boa.
Na frente, motorista e carona também desfrutam de espaço suficiente para ombros e joelhos. Na hora de viajar, o porta-malas com 353 litros garante a acomodação de uma bagagem grande ou de duas malas médias.
O Honda Fit ainda tem outro ponto a favor na questão do espaço. É o sistema ULT (Utility, Long and Tall), uma das grandes inovações do compacto à época. É possível modular o espaço interno com 10 combinações diferentes de posição dos bancos.
O rebatimento dos encostos traseiros, por exemplo, deixa o espaço uniforme e plano com o assoalho do porta-malas. Ou é possível combinar o rebatimento dos dianteiros com os traseiros para transformar a cabine quase em uma cama de casal.
Se tem espaço, o mesmo não pode se dizer do conforto. Especialmente em relação à calibragem da suspensão do Honda Fit. O acerto firme das molas e o curso curto dos amortecedores faz o carro bater seco e refletir os buracos e quebra-molas.
Outras questões em relação ao conforto desse Honda Fit que foi de 2003 a 2008 está no tratamento acústico da cabine. Barulhos de pneus, vento e motor invadem o habitáculo sem pedir licença, principalmente na estrada.
Nossa sugestão é o Honda Fit 2008 EX com motor 1.5 e câmbio CVT. Mesmo para um modelo com mais de 15 anos, oferece airbag duplo e freios com ABS e EBD, coisas raras no segmento de compactos no começo deste século.
O Honda Fit 2008 nesta opção EX também oferece ar-condicionado, direção elétrica, trio, regulagens de altura do banco do motorista e do volante, som com CD player, alarme, limpador e desembaçador traseiro e rodas de liga leve aro 14”.
Veja os preços médios do Honda Fit 2008 na variante EX 1.5 CVT pela KBB Brasil:
*valores apurados na primeira semana de janeiro de 2025
Antes de se despedir, essa primeira geração do Honda Fit, em 2008, ainda ganhou uma edição especial. Com apelo esportivo, a série S teve mil unidades e traz de diferente grade frontal, saias laterais e para-choque traseiro redesenhados.
Dentro há detalhes na cor prata nas molduras do rádio e das teclas dos vidros elétricos, na base da alavanca da transmissão CVT e nas maçanetas internas. O volante é revestido de couro e a lista de equipamentos segue a da opção topo de linha. Os preços, inclusive, são similares aos do Honda Fit 2008 EX 1.5.
“Carro não dá dor de cabeça”. É o que a gente ouve de qualquer dono de Honda, mas também dos mecânicos. De fato, a manutenção dos motores 1.4 e 1.5 do Fit tem fama de simples e a oferta de peças é vasta no mercado.
Preços de alguns componentes do Honda Fit 2008 com motor 1.5.
São comuns os relatos de proprietários desta primeira fase do Honda Fit sobre problemas na suspensão. Inclusive com depoimentos em fóruns e no site do Reclame Aqui de buchas estouradas e bandejas com desgaste precoce.
Queima da bobina de ignição também estão entre as queixas mais frequentes. E caso esteja interessado em algum modelo usado desta época, fique atento ao comportamento do câmbio CVT: evite carros em que a transmissão esteja patinando.
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É impossível ler as matérias, tamanho são os anúncios.
“Pelamor….” Vão ganhar dinheiro de outra forma.