União Europeia relaxa na emissões de poluentes dos carros
Depois de aprovar um cronograma rígido para redução de emissões de gases no Velho Mundo, UE afrouxa as regras para alívio dos fabricantes
Depois de aprovar um cronograma rígido para redução de emissões de gases no Velho Mundo, UE afrouxa as regras para alívio dos fabricantes
Nada de retrocesso impensado. Apenas o reconhecimento dos países da União Europeia (UE) de que, financeiramente, os prazos são inviáveis para redução de emissões em motores a combustão e de investimentos simultâneos, sem bases técnicas, de infraestrutura e econômicas em veículos elétricos. O adiamento das exigências de 2025 para 2028, anunciado no começo desta semana pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, é apenas um alívio temporário. VW, grupo Stellantis e Renault apoiaram a decisão de imediato. A situação poderá exigir novas postergações.
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Ecologistas protestaram com alarido de sempre. Estão no seu papel, porém algo de racionalidade tornou-se mandatório. Políticos da UE acham (ou achavam) que em 2035, por lei, só carros elétricos deveriam ser vendidos.
Escrevi mais de uma vez: nada mais irracional, pois não se muda todo um complexo de produção em tão pouco tempo. Sem contar limitações imediatas, longe de resolver: infraestrutura e tempo de recarga que dificultam as viagens, alcance menor em velocidade típica de estradas, variações de temperaturas ambiente, soluções caras de reciclagem de baterias, valor de revenda incerto, entre outras.
Quem compra ou troca de carro precisa ponderar vários fatores. Ocorreu um resfriamento súbito da demanda, logo que os governos europeus atestaram a falta de lastro financeiro para manter subsídios e os retiraram. A transição apressada só podia dar errado. Vendas desaceleraram e depois recuaram, no último trimestre de 2024.
Várias marcas já tinham anunciado que voltariam a desenvolver também motores a combustão, como Mercedes-Benz, Porsche, Audi e sem contar as de alto volume de vendas. Japonesas, como a Toyota, deixaram claro que manteriam o foco em híbridos e motores mais eficientes, sem esquecer dos elétricos que são o futuro, sem data marcada. E estão certas.
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Tem ainda a fundamental questão da eletricidade “na tomada” que abastece os veiculos à bateria.
Na Europa essa eletricidade vem principalmente de usinas térmicas a carvão/petróleo e de usinas nucleares. Ou seja, vira-se as costas ao roto para adular o esfarrapado…
CQD!