Carro usado: 10 fatos sobre o Fiat Uno 2010
Segunda geração do hatch italiano manteve fama de carro robusto, com manutenção barata e com bom custo benefício
Segunda geração do hatch italiano manteve fama de carro robusto, com manutenção barata e com bom custo benefício
Em 2010 a Fiat lançou o Uno quadradinho, a segunda geração do seu modelo de maior sucesso no Brasil. O hatch compacto conviveu com o original, mas seguiu a cartilha direitinho.
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Tanto que o Fiat Uno a partir de 2010 segue como opção de carro pequeno, barato e fácil de manter. E no mercado de usados há boas opções. Veja agora 10 fatos sobre o Fiat Uno 2010.
A segunda geração do Fiat Uno foi lançada em meados de 2010, 26 anos após o primeiro e revolucionário compacto. Com um desenho quadrado e com extremidades arredondadas, o carro logo chamou a atenção do mercado.
Apresentado em maio de 2010 – como linha 2011- , o novo Fiat Uno tinha três versões de acabamento, dois motores e começou apenas com quatro portas. A configuração duas portas surgiu em 2011 e, no ano seguinte, ganhou a opção Economy, bastante aliviada em equipamentos.
Teve várias séries limitadas e até uma configuração furgão. Em 2015, o hatch compacto foi reestilizado e passou a ter opções com o temido câmbio Dualogic – com acionamento por meio de teclas. Experimentou mais um sem número de edições limitadas até uma nova atualização.
Esta, feita em 2017, trouxe para a linha do Fiat Uno os motores 1.0 e 1.3 da família Firefly. O carro também passou a ser equipado com direção elétrica no lugar da assistência hidráulica. Depois, a gama foi perdendo versões até se despedir, em 2021.
Depois de 2010, a Fiat manteve as duas fases do Uno convivendo. A Botinha Ortopédica ficou como carro mais acessível da marca italiana no país, apenas com motor 1.0 e rebatizado de Mille, enquanto o novo Uno tinha também opções 1.4.
O primeiro Uno ficou pelo caminho, em 2014. O segundo continuou em produção e vendendo bem até 2021. Ao todo, as duas gerações venderam mais de 4 milhões de unidades no Brasil em 37 anos.
Esse Fiat Uno lançado em 2010 foi um projeto brasileiro desenvolvido sobre a plataforma 327. Ele adotou um estilo na época chamado “round square”, algo que ficou famoso com o Kia Soul alguns anos antes.
Mas a frente tinha vários elementos claramente herdados da segunda geração do Panda. Até foi especulado que a Fiat ia fazer o modelo europeu aqui, porém, os subcompactos não faziam a cabeça dos brasileiros.
Essa fase do Fiat Uno começou em 2010 com os conhecidos motores Fire. O 1.0 gera 75 cv com etanol e 73 cv, com gasolina, e como todo motor “mil” demora a embalar nas acelerações. É preciso esticar bem as marchas nas arrancadas e o 0-100 km/h fica perto de intermináveis 14 segundos.
O torque de 9,9/9,5 kgfm exige paciência nas retomadas. O consumo, por sua vez, é interessante. Com etanol, o Uno marca médias de 8,3 km/l na cidade e de 12,3 km/l, na estrada. Com gasolina, são 9,4 km/l no ciclo urbano e 14,5 km/l, no rodoviário.
Não se engane com a “litragem”. O 1.4 com seus 88 cv com etanol e 85 cv, com gasolina, ainda exigem paciência, mas o carro embala mais cedo. Tanto que é possível sair da inércia e colocar o ponteiro nos 100 km/h em menos de 11 segundos (com 100% de álcool no tanque de combustível).
Já o torque de 12,5/12,4 kgfm aparece próximo às 3.500 rpm. Ou seja: nas ultrapassagens na estrada e em subidas, normalmente, nem é preciso reduzir mais de uma marcha. O consumo com etanol é pior, com média urbana de 7,1 km/l e de 8,2 km/l, na estrada. Com gasolina, são 10,7 e 13,2 km/l, respectivamente.
Hatch e compacto. Então, não espere por um latifúndio. Pelo contrário, para liberar mais espaço em relação às portas, a Fiat posicionou os bancos mais ao centro e os passageiros dianteiros tendem a roçar seus ombros um no outro.
A posição de dirigir, ao menos, é ergonômica. O motorista fica mais no alto, tem boa visibilidade dianteira e os principais comandos ao alcance das mãos. O banco traseiro recebe apenas dois adultos e sem folgas para pernas. Já o porta-malas é limitado, com volume de 280 litros.
Com a saída de cena do velho Mille, a Fiat seguiu com a estratégia de fazer veículos comerciais em cima do Uno. Na Fenatran de 2013, a marca italiana apresentou a variante furgão da segunda geração do hatch, e o novo Fiorino, também em cima do compacto, logo batizado de Fioruno.
No caso do Fiat Uno Furgão, a mesma receita da versão comercial do velho Mille. Janelas traseiras jateadas, grade divisória e compartimento de carga com capacidade para 1.000 litros e 400 kg. O motor começou com o 1.4 e depois foi adotado o 1.0.
O que não faltam são versões e séries desde que o novo Fiat Uno foi lançado, em 2010. O hatch teve uma configuração com desenho mais arrojado, chamada Sporting, e a tradicional com apliques aventureiros, chamada Way.
Só que as séries roubam mais a cena. Desde a Interlagos, feita em cima da Sporting, até a inusitada College, com rodas brancas e revestimento dos bancos com referências a mochilas. Existiu ainda a Rio 450, em homenagem ao aniversário da Cidade Maravilhosa.
Itália (duas edições), Rua e Blue Edition foram outras tiragens especiais. Na despedida, em 2021, o Fiat Uno ainda ganhou a série Ciao.
Vamos focar no Fiat Uno 2010 com motor 1.4. O conjunto mecânico é conhecido, tem boa disponibilidade de peças e costuma ter manutenção barata.
Confira preços de peças do Fiat Uno 2010 1.4:
Fique atento a vazamentos no sistema do ar-condicionado e a ruídos na caixa de direção, que também apresenta folgas. Na suspensão, as buchas da bandeja costumam apresentar desgaste precoce.
O acabamento simples e frágil também é fonte de reclamações. Desde maçanetas e acionadores de seta que se quebram, até a chiadeira causada pelo excesso de plástico ruim na cabine.
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