Polo GTS se foi e encerrou (por hora) a dinastia de esportivos da VW
A marca alemã possui uma grande tradição nesse segmento e já preparou três novidades com motores nervosos para o Brasil em 2025
A marca alemã possui uma grande tradição nesse segmento e já preparou três novidades com motores nervosos para o Brasil em 2025
A Volkswagen é a marca com maior tradição em versões esportivas no Brasil. Seu último hatch nacional apimentado foi o Polo GTS, que acabou de ser aposentado.
O compacto terá como sucessor o Nivus GTS, que está prestes a ser lançado. A Volkswagen também prometeu o lançamento de mais dois esportivos no Brasil em 2025: o novo Golf GTI de oitava geração e o Jetta GLI reestilizado.
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Por isso, vamos relembrar os carros esportivos que a Volkswagen ofereceu por aqui. E estamos falando dos que vieram com mecânica diferente, nada de esportivado.
O Passat marcou o início de uma nova fase da Volkswagen no Brasil. Foi o primeiro carro com motor e tração dianteiros por aqui, seu projeto era moderno e o desenho foi assinado pelo genial Giorgetto Giugiaro
Um grande destaque dele era a boa estabilidade. A versão esportiva TS veio para aproveitar melhor esse potencial do carro. Ele usava um motor 1.6 com carburador de corpo duplo, que entregava 80 cv.
Ele também se diferenciava com os faróis duplos e as faixas na lateral. O Passat TS foi o sonho de juventude do Boris Feldman e hoje faz parte de sua coleção, ele conta tudo sobre no vídeo:
O Gol foi a mais uma tentativa da Volkswagen de ter um sucessor para o Fusca. Ele tinha motor e tração dianteiros, como o Passat, porém o motor era o boxer refrigerado a ar do velho besouro.
Essa foi uma decisão que quase encerrou a carreira do Gol de forma antecipada. A salvação veio quando o compacto recebeu motor refrigerado a água, que estreou com a versão esportiva GT.
E não foi qualquer motor, o Gol GT estreou o AP 1.8 de 99 cv no Brasil. Até então a família EA827 contava apenas com o 1.5 e o 1.6. O esportivo também trazia uma decoração bem elaborada, com faixa preta entre as lanternas, aerofólio, rodas de liga leve, dois pares de faróis auxiliares, ponteira dupla de escapamento e bancos Recaro.
Essa versão esportiva salvou o Gol, que virou um sucesso a ponto de se consolidar como o carro mais vendido do país por anos. A Volkswagen deve muito a ele.
O Volkswagen Passat foi atualizado na linha 1983 com os faróis quadrados duplos. Na Europa já havia uma segunda geração, que recebemos apenas nas carrocerias sedã e perua com a linha Santana, o hatch da primeira geração seguiu em produção por aqui.
A nomenclatura GTS estreou no Brasil junto dessa dianteira nova, mas ainda com o 1.6 similar ao do TS. Foi em 1984 que veio o GTS Pointer, com o mesmo 1.8 do Gol GT — mas com 92 cv até ter a potência unificada em 99 cv na linha 1986.
O Passat Pointer GTS era uma alternativa para quem queria um Volkswagen esportivo maior e mais refinado que o Gol GT. Ele ganhou um concorrente direto, o Chevrolet Monza S/R, que rendia uma briga boa.
Na falta de carros importados, a briga pelo carro mais rápido do Brasil era travada pelos hatches esportivos durante os anos 90. No final da década a Fiat tinha o Uno 1.5R, a Chevrolet tinha o Monza S/R e a Ford tinha o Escort XR3. O Gol GT não era mais o único no páreo.
No face-lift da linha 1987 a versão esportiva do Gol foi atualizada para a GTS. O motor 1.8 foi mantido, a Volkswagen atualizou o comando de válvulas para um mais bravo e trouxe mais equipamentos para o carro. Isso ajudou a manter a boa fama do Gol no segmento.
Em 1989 começou uma briga para ver quem lançaria o primeiro carro nacional com injeção eletrônico. A Volkswagen saiu na frente com o Gol GTi, que também se consagrou como o carro mais rápido do país.
Ele estreou o motor AP 2.0 na plataforma do compacto, que rendia 120 cv graças a injeção eletrônica. Além de ter ficado mais rápido, ele também era mais econômico.
O Gol GTI estreou com apenas a pintura azul, mais tarde recebeu mais opções. Quando foi reestilizado veio as rodas orbitais, com desenho fechado e mais aerodinâmico.
A segunda geração do Gol também teve a versão GTI, com o mesmo 2.0 8 válvulas da primeira. A chegada dos importadas elevou o sarrafo no segmento dos hatches esportivos e a Volkswagen já buscava uma alternativa mais forte para o seu nacional.
No final de 1995 foi lançado o Gol GTI 16v, com motor 2.0 importado da Alemanha. Era o mesmo do Golf GTI vendido no velho continente, com 141 cv.
Esse motor foi parar também na Parati, foi a única vez que tivemos uma perua esportiva nacional na linha Volkswagen. Ela contava com a mesma decoração do hatch, que incluía uma bolha no capô para caber o cabeçote maior desse motor.
A Parati GTI foi bem mais rara que o Gol GTI. Hoje ela é bastante disputada pelos colecionadores.
O Brasil foi o escolhido pela Volkswagen para produzir o Golf de quarta geração vendido em todo o continente americano. A versão GTI vendido aqui usava motor 1.8 20v turbo com 150 cv, que depois subiu para 180 cv.
Mas a fábrica de São José dos Pinhais (PR) também produzir o Golf GTI com o motor 2.0 8 válvulas aspirado e o VR6 2.8 para exportação. Esse segundo, com 200 cv, foi ofertado no Brasil como uma série especial limitada a 99 unidades.
Ele utilizava a carroceria de 2 portas, que não era vendida no Brasil. Ele também trazia as rodas de 17 polegadas e o spoiler dianteiro como itens exclusivos. Por dentro, tudo que era opcional vinha de série.
O Golf GTI VR6 não era mais rápido que o 1.8 20v turbo na frieza dos números e o peso maior na dianteira prejudicava a dinâmica. O seu apelo era a exclusividade e o belo ronco do motor.
Bem antes do Polo GTS nacional, a Volkswagen trouxe a versão GTI da quarta geração do compacto. Ele veio importado em apenas um lote de 50 unidades, com preço bastante elevado.
O hatch esportivo usava o mesmo 1.8 20v turbo do Golf GTI nacional, em especificação de 150 cv para evitar brigas internas. Assim como o GTI VR6 nacional, o Polo GTI veio em carroceria de 2 portas.
A Volkswagen pulou duas gerações do Golf no Brasil sob alegações de ser caro demais produzi-los por aqui. Da quarta fomos direto para a sétima, que chegou aqui importada da Alemanha, depois veio do México até finalmente ser nacionalizada.
O esportivo GTI também veio, dessa vez com o famoso motor 2.0 TSI EA888 de 220 cv. Esse propulsor é o queridinho dos fãs de Volkswagen, por ser robusto e poder receber preparação com facilidade.
Por aqui ele só teve o câmbio DSG de seis marchas, o manual oferecido em outros mercados ficou de fora. A nova geração, que está a caminho, manterá esse motor, mas com acerto de maior potência. A caixa é uma nova de sete marchas, que já temos no Jetta GLI.
O Jetta GLI sempre existiu nos EUA como o sedã do Golf GTI. E nesse pacote está incluso a decoração esportiva. A Volkswagen trouxe para o Brasil a sexta geração do sedã com o motor do GLI, mas sem a decoração, na versão Highline 2.0 TSI.
Foi na sétima — e atual —que recebemos o Jetta GLI como o vendido na América do Norte. Atualmente essa é a única versão do sedã vendida no Brasil, equipada com motor 2.0 TSI de 231 e câmbio DSG de 7 marchas.
A Volkswagen ainda está com estoque do modelo 2024, com preço tabelado em R$ 250.990. O face-lift está confirmado e manterá os b0ns atributos mecânicos, as mudanças são visuais e na adição de novos
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