[VÍDEO] Avaliação Fiat Fastback Abarth: vale a pena?
Testamos o Fiat Fastback Abarth, versão nervosa do SUV cupê italiano, custa mais caro que o Limited, mas não corrige velhos problemas
Testamos o Fiat Fastback Abarth, versão nervosa do SUV cupê italiano, custa mais caro que o Limited, mas não corrige velhos problemas
Por muito tempo, o mercado brasileiro foi abarrotado dos chamados carros esportivados. Aqueles com visual invocado, mas sem nenhum tipo de melhoria técnica. Até hoje, eles estão por aí. Mas nos últimos anos surgiram modelos que realmente poderiam ser chamados de esportivos, como Sandero R.S., Polo GTS e os italianos Pulse e Fastback Abarth.
Testamos o SUV cupê que traz a chancela do escorpião. Ele foi lançado no segundo semestre de 2023 e assumiu o topo da gama, assim como a versão “peçonhenta” do Pulse.
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O motor é o mesmo 1.3 turbo de 185 cv e 27,5 kgfm de torque, combinado com transmissão automática de seis marchas. A versão Limited Edition também conta com o mesmo motor e custa R$ 4 mil a menos que o Abarth, que é oferecido por R$ 161.990.
Sendo assim, qual é a razão para optar pelo esportivo e não pelo Limited que oferece o mesmo conjunto mecânico e é mais barato? A resposta é simples: o Abarth tem visual mais arrojado, novas rodas, escapamento com ponteira dupla (de verdade) e um acerto de suspensão que faz dele um espetáculo nas curvas.
Por outro lado, a versão peca por ter deixado itens como os freios a tambor nas rodas traseiras. No lançamento, os executivos alegaram que eles só iriam encarecer mais o carro, já que a frenagem com os tambores era mais que satisfatória. De fato, quem sofre mesmo são os discos dianteiros.
O visual exclusivo também trouxe molduras dos para-lamas na cor da carroceria. Elas disfarçam melhor o curto entre-eixos de 2,53 m (herança do Argo), que deixou o Fastback um tanto desproporcional.
Por dentro, o visual tem apelo esportivo, com o emblema de Carlo Abarth nos bancos e no miolo do volante. O acabamento escuro com detalhes em vermelho indica a índole desse Fastback. Mas pecados como a tampa do porta-luvas desalinhada e o acabamento simples dos painéis jogam contra.
O espaço interno é ideal para quatro ocupantes, é um pouco apertado devido ao entre-eixos curto. A cadência do teto torna a vida de passageiros mais altos e desconfortáveis. Já o porta-malas comporta 516 litros (VDA), o que faz do Fastback uma referência em bagageiro.
Se a tampa do porta-luvas incomoda, o mesmo não se pode dizer do comportamento deste SUV. O acerto de suspensão é impecável e garante ótima estabilidade.
Mesmo quem não vai acelerar na pista tem neste conjunto muita segurança, principalmente quando é necessário dar um golpe de direção ou uma manobra evasiva. O carro vai e volta com muita rapidez
A cereja do bolo é o botão Poison (no volante). Esta tecla altera o regime do motor, reação do acelerador e alonga as trocas. O carro se transforma.
Por outro lado, o consumo segue a mesma toada, bem aquém do que o Inmetro declara (abaixo). Ficou na casa dos 6 km/l, com etanol.
Combustível | Urbano | Rodoviário |
---|---|---|
Etanol | 7,2 km/l | 9,3 km/l |
Gasolina | 10,3, km/l | 13,1 km/l |
O Fastback Abarth é um carro divertido ao extremo. Seus R$ 4 mil a mais não vão doer no bolso de quem pagaria R$ 157 mil na versão Limited. Afinal, a vida é curta para guiar carros comuns.
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Devido ao fato de sua suspensão ser configurada para respostas mais rápidas, causa algum regresso em seu comportamento (digo, em termos de conforto para os passageiros) ao andar em estradas de terra e seus desníveis?