Qual é o volante mais bizarro? Veja o top 10, que inclui nova peça da Tesla
Muitos fabricantes já tentaram fazer mudanças radicais nos volantes de seus veículos, mas quase todos acabaram voltando atrás
Muitos fabricantes já tentaram fazer mudanças radicais nos volantes de seus veículos, mas quase todos acabaram voltando atrás
É difícil inovar em determinados componentes dos carros: essencialmente utilitários, certos itens podem até permitir variações em alguns aspectos, mas, na essência, são os mesmos. Com raríssimas exceções, sempre há, por exemplo, quatro rodas, para-brisa, um par de lanternas e… um volante de direção!
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É claro que, bem como o automóvel como um todo, o volante também evoluiu muito ao longo do tempo. Porém, tentativas de rupturas ou de inovações muito radicais muitas vezes resultaram em rejeição por parte dos motoristas. E é justamente esse o tema do listão de hoje!
O AutoPapo selecionou 10 dos mais bizarros volantes de todos os tempos. Alguns deles até foram resultado de boas ideias, mas outros não tinham mesmo como dar certo… Na prática, nenhum deles conseguiu quebrar os padrões e entregar as inovações pretendidas. Confira o listão!
Recém-lançado, o novo volante em formato de manche desenvolvido pela Tesla para o Model S já é alvo de polêmicas. O fabricante destacou que a principal vantagem é a melhor visão do painel de instrumentos.
Porém, obviamente, a experiência de manejo é bem diferente da proporcionada por uma peça de formato convencional. E, ao que parece, traz desvantagens, pois já existem motoristas reclamando: a principal queixa é a dificuldade para realizar manobras de estacionamento. Assista ao vídeo e entenda:
Além da óbvia falta de local apropriado para colocar as mãos nessa situação, já que não há aro, os motoristas relatam esbarrões involuntários nos comandos posicionados no “manche”. A marca aposta que, em breve, o volante será peça de museu, devido às tecnologias de condução autônoma. Pode até ser, mas, até lá, parece ser melhor seguir um caminho mais convencional.
A Tesla não é a primeira a se inspirar na aviação para criar um volante fora do comum. A Spyker, fabricante holandesa de superesportivos, já havia criado um componente inspirados em hélices. Ainda assim, tem aspecto mais convencional e funcional que o “manche” da empresa de Elon Musk.
Há, contudo, um porém: a peça não traz airbag e tem toda a seção central confeccionada em metal. Ademais, os quatro raios atrapalham a visão dos instrumentos do painel. É o típico caso de um design no qual a forma prevalece sobre a função.
Nos anos posteriores à Segunda Guerra Mundial, o design automotivo passou a recorrer a elementos bélicos e espaciais. Nos Estados Unidos, em especial, ornamentos que remetiam a foguetes, ogivas e jatos tornaram-se comuns, principalmente nos modelos de luxo. A Cadillac foi uma das que lançou essa tendência e chegou a oferecer até um volante baseado nessa temática.
Só que havia um “pequeno” problema: o miolo do volante em formato de ogiva, justamente seu maior diferencial, o transformava, literalmente, em uma arma apontada contra o motorista. Afinal, potencializava ferimentos em caso de acidente. Vale lembrar que, na época, os automóveis não vinham equipados sequer com cintos de segurança.
Um acidente acabou ganhando grande projeção: o do cantor Sammy Davis, Jr., que perdeu o olho esquerdo em uma colisão em 1954. No ano seguinte, a Cadillac acabou retirando o volante-bala de linha.
A Edsel é geralmente lembrada como um dos maiores fracassos comerciais da indústria automobilística, graças, em parte ao design dos produtos. A marca, que integrava o Grupo Ford, entrou no mercado em 1958 e durou só até 1960. Entre as extravagâncias dos veículos, havia um volante com botões que serviam para operar o câmbio.
Hoje em dia, quando vários automóveis oferecem borboletas para troca de marchas no volante, é possível até dar algum crédito à Edsel. Porém, devido à tecnologia da época, o sistema de botões mostrou-se uma fonte de problemas. Para piorar, a posição deles, no centro do volante, não era nem um pouco ergonômica.
Depois de Cadillac e Edsel, outra marca estadunidense, a Plymouth, fez uma alteração então incomum no volante: passou a equipar o modelo Fury com uma peça oval. O formato chamou bastante atenção e tinha o objetivo de dar um ar futurista ao veículo.
Curiosamente, essa solução realmente previu, de certo modo, o futuro. É que, hoje, alguns automóveis adotam volantes ligeiramente ovalados, com a base e o topo achatados. Contudo, em 1960, quando chegou ao mercado, a peça da Plymouth não agradou. A marca acabou voltando ao formato circular dois anos depois.
Depois do volante oval, foi a vez da indústria experimentar um volante “quadrado”. Na verdade, o formato era elíptico, sem arestas. Os créditos por essa invenção cabem à britânica Austin, que a aplicou no modelo Allegro. O objetivo era, segundo o fabricante, proporcionar melhor ergonomia.
Ao lançar o Allegro, em 1973, a Austin o divulgou como um carro inovador: o caso é que não havia nada fora do convencional além da direção. Com mecânica antiquada e design controvertido, o modelo acabou se tornando um fracasso comercial. Porém, antes de sair de linha, o fabricante ainda trocou o tal volante quadrado por um circular.
A primazia em criar volantes de um raio é da Citroën, mas o componente mais marcante com essa característica é da Aston Martin, que o criou para o modelo Lagonda. O objetivo, segundo o fabricante, era proporcionar uma visão melhor dos instrumentos, que, por sinal, já eram digitais.
O conjunto formava um visual minimalista, até futurista para o contexto de 1974, quando o sedã chegou ao mercado. Por sua vez, o cubo descentralizado transmitia a impressão de que não havia coluna de direção. Esteticamente, claro, o resultado divide opiniões: o único consenso é sobre a originalidade do design.
O interior do Renault 5 Turbo é qualquer coisa, menos convencional. O painel é uma mistura do kitch dos anos 70 com o hi-tech da década de 80, e o volante, claro, ajuda a compor essa atmosfera a bordo. Nesse caso, a diferença fica por conta do design assimétrico, com um raio horizontal e outro vertical.
Como o aro mantinha o formato circular, não havia prejuízo à ergonomia. Entretanto, claro, muitos compradores estranharam e criticaram bastante a criação da Renault, que não voltou a fazer algo parecido. Quem repetiu a dose foi a Subaru, que projetou um volante assimétrico para o modelo XT.
Superesportivos geralmente têm mais margem para sair do lugar comum que carros convencionais. Todavia, o volante do Pagani Zonda R é exótico até mesmo diante de outros bólidos desse gênero: multifuncional ao extremo, a peça incorpora até o conta-giros.
Parece fazer sentido colocar esse mostrador em posição de destaque dentro de um supercarro: afinal, em uma pista de corridas, o conta-giros é bem mais utilizado que o velocímetro. Na prática, porém, é difícil saber se esse posicionamento realmente traz vantagens. Seja como for, a Pagani não utilizou esse volante em outros produtos.
Eis aqui um volante bem conhecido pelos brasileiros. Inicialmente, ele não aparenta ser muito diferente dos demais, mas basta olhar com atenção para perceber que ele tem um diferencial único: o cubo central é fixo. Apenas o aro gira, e não a peça inteira.
Ao desenvolver o componente com essa característica, a Citroën teve a intenção de melhorar a atuação do airbag, que é sempre disparado de um ponto fixo. Isso não acontece em uma peça normal, que pode estar girada no momento da colisão. Uma vantagem adicional é a facilidade de manuseio dos botões, pelo mesmo motivo.
Apesar das vantagens, a Citroën acabou abandonando o sistema a partir da segunda geração da linha C4. O principal motivo teria sido a complexidade e o custo adicional no processo de fabricação em relação a um volante comum.
Fotos: Divulgação
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Pra que volante fixo? Tá certo é o Mr.Bean! rsrsrs
Quero conhecer e receber informações auto de especialistas . Apenas e só sobre estes assuntos.
Qualquer modelo de volante tá valendo. O importante é manter sempre limpo e higienizado mas a maioria dos motoristas nem se lembra de limpar. Tem volante que é mais sujo do que um banheiro público.
Blog meia boca, vem falar de volantes clássicos, oxe, o do C4 então, até hoje não tem nada igual. Esse do tesla é excelente, vcs nem sabem como e guiar tão arrotando besteira.
Os volantes dos carros são ótimos para acúmulo de sujeira e proliferação de germes, bactérias, fungos etc.
Segundo as pesquisas, os volantes da maioria dos carros são mais sujos do que privada de banheiro público. ?
Não achei nada de estranho esse volante do Tesla Model S… para quem for da minha Geração (45 anos) deve lembrar claramente da fantástica Série dos Anos 80, “A Super Máquina ” ou “Knight Rider).
Aliás, o “Kitt”, o Pontiac Trans Am preto, o principal personagem da série, junto com seu piloto e amigo Michael Knight, tinha várias tecnologias que são comuns hoje, como o Rastreador, OverBoost, GPS “Waze”, sistemas de Spoilers e Aerofólios retráteis, Sistema Autônomo de Direção, Park Assist, entre outros…
Quando vi esse volante do Tesla Model S, lembrei na hora do Kitt!
Quanto ao volante em si, para mim, o mais estranho era de fato o do C4 Hatch e Palmas com o cubo fixo.
C4 Pallas!
Eu penso que o volante de cubo fixo da Citröen, deveria ser copiado por todos os fabricantes.
Quanto ao Austin Allegro, pesquisei na web e achei o carro bem bonitinho, mas o volante é horrível mesmo
Legal mesmo é o interior azul monocromático do Cadillac, mas o volante… saiam de perto, hehe…