Volkswagen investe em etanol como alternativa aos elétricos
"Grupo Volkswagen encarregou a filial brasileira de desenvolver e exportar tecnologias para utilizar a energia limpa e renovável de biocombustíveis"
"Grupo Volkswagen encarregou a filial brasileira de desenvolver e exportar tecnologias para utilizar a energia limpa e renovável de biocombustíveis"
Opção por veículos leves e pesados elétricos está traçada em nível mundial. Porém, existe desarmonia quanto a prazos e regiões do planeta nas quais essa tecnologia, conhecida há mais de um século, avance e se torne dominante. O preço das baterias precisa cair e depender menos de matérias-primas metálicas. Pilhas a hidrogênio sujeitam-se a fatores ainda por demonstrar viabilidade econômica.
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É desconfortável saber que já se pretende iniciar pesquisa para obtenção de lítio no fundo do mar. E que as reservas terrestres deste metal estão concentradas em poucos países. Níquel também é estratégico para produção de baterias.
A americana Tesla, que alcançou sucesso produzindo apenas automóveis elétricos, tratou de se garantir ao assinar agora um contrato de fornecimento de níquel com a mineradora australiana BHP. Haverá lítio e níquel para todos? Sobram dúvidas.
Para o Brasil, no entanto, há soluções alternativas graças ao etanol. Essa opção inclui a Índia que pode se transformar no terceiro maior mercado mundial de veículos em poucos anos. Na coluna de 26 de junho fiz referência à informação da consultoria GlobalData que antecipou a definição do governo indiano em aumentar o mercado local para etanol, incluindo motores flex.
Agora o Grupo Volkswagen encarregou a filial brasileira de desenvolver e exportar tecnologias para utilizar a energia limpa e renovável de biocombustíveis, tendo como referência o etanol de cana-de-açúcar. O País é um dos poucos com quatro condicionantes simultâneas para produção agrícola: extensão territorial, área agricultável, sol e água. Hoje, ocupa apenas 40% de sua área agricultável total. Cana representa 12% da superfície plantada atual do Brasil.
O Centro de Tecnologia Canavieira, em Piracicaba (SP), prevê avanços firmes em novas variedades, incluindo transgenia e sementes artificiais para alavancar a produtividade dos canaviais nos próximos anos.
Pablo Di Si, presidente e CEO da VW América Latina, propôs ao conselho da empresa na Alemanha que os centros de engenharia de São Bernardo do Campo e São Carlos, no Estado de São Paulo, liderassem o desenvolvimento de motores flex e aplicações híbridas.
“É uma estratégia complementar aos carros 100% elétricos e aplicável em mercados emergentes onde os governos não têm como subsidiar os compradores ou investir muito na geração de eletricidade e infraestrutura de recarga de baterias”, assinalou Di Si.
Há expectativas de outros fabricantes seguirem esse caminho. Desde o advento dos motores flex em 2003 (no Volkswagen Gol), o esforço de engenharia focou mais em motores a gasolina que também podem utilizar o etanol. É possível agora investir para que o combustível vegetal melhore desempenho e consumo em relação ao derivado de petróleo com investimento maior em pesquisa e desenvolvimento.
A Associação Brasileira de Engenharia Automotiva projeta que em 2030 um automóvel híbrido a etanol deve emitir, no ciclo do poço à roda, apenas 14 gramas de CO2 equivalente por km. Praticamente igual a um veículo elétrico de hoje se fosse possível obter geração 100% de energia limpa, da qual ainda se está distante na Europa, EUA e China.
MERCADO de veículos leves e pesados continuou com o mesmo cenário de alta procura e baixa oferta em julho. Segundo a Fenabrave, a média diária de vendas no mês passado – 7.900 unidades – caiu 9% em relação a junho, afastando-se das 10.000 unidades/dia que seriam o mínimo esperado para meados do ano.
Em 2021 foram emplacadas 1.249.463 unidades até julho. Embora represente crescimento de 27% em relação aos sete primeiros meses de 2020, está longe de se igualar ao ano pré-pandemia de 2019.
PRIMEIRAS unidades do Fiat 500e, terceira geração do subcompacto italiano, serão entregues em setembro. Agora só disponível na versão elétrica por R$ 239.990, exatamente o mesmo preço do congênere Mini Cooper S E de entrada.
O hatch de duas portas ganhou espaço interno, mas manteve o volume do porta-malas em 185 litros do 500 anterior. Motor entrega 118 cv e 22,4 kgf.m. Tempo de recarga: 4 a 14 horas e com supercarregador 80% da carga total em 35 minutos. Previsão de venda: 30 unidades/mês.
QUEM aprecia um SUV grande e dispõe de R$ 722.545 tem no Mercedes-Benz GLE 400 D uma das melhores opções. É tão suave e silencioso que, ao dirigir, os menos avisados pensarão logo em motor a gasolina. Mas o torque monumental de 71,4 kgf.m a apenas 1.200 rpm não deixa dúvida: é um Diesel moderno. Potência do 6-em-linha: 330 cv.
Também impressionam as duas telas de 12,3 pol. formando um plano único de quadro de instrumentos e central multimídia, além dos bancos dianteiros e amplo espaço atrás.
TANTO a Caixa Econômica Federal quanto a Susep (Superintendência de Seguros Privados) foram criticadas pela Associação Brasileira das Empresas de Assessoria às Vítimas de Trânsito em razão da falta de cumprimento de prazos nos processos de indenização do DPVAT. O chamado seguro obrigatório precisa de uma solução final e urgente. Como está, não dá para continuar.
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A FPT Industrial apresentou um motor, que pode se dizer, que é algo realmente sustentável. Um motor com 3 tipos de combustíveis (Etanol, GNV e Biometano). Denominado F1C Etanol Gás.
• O DILEMA DO VEÍCULO ELÉTRICO 2 •
– – (para AUTOPAPO / cc. BORIS FELDMAN) – –
Eu já comentei aqui sobre veículos elétricos, em ‘• O DILEMA DO VEÍCULO ELÉTRICO •’.
Fico feliz de ver que alguém mais compartilha de minhas ideias a propósito do assunto.
A Volkswagen, no início do PROALCOOL, acreditava tão pouco no combustível ‘vegetal’ que até o emblema dos carros dela era chinfrim. Por erro de marketing, a VW lançou os dois piores carros a álcool do Brasil, o Fusca 1300 Álcool e a Brasília 1300 Álcool, cujos cabeçotes e coletores de admissão com via única arruinaram o projeto. Logo em seguida, a VW veio à forra com a FORD e a CHEVROLET, principalmente através do motor AP (de 1.6 a 2.0) movido a álcool. bem como pelo bom e velho motor boxer 1.6 também a álcool; a título de exemplo, meu querido e velho pai tinha um Fusca 1600 a álcool delicioso de dirigir, acho que modelo 1984, senão 1895.
Para quem não sabe (E NÃO HÁ MAL ALGUM EM NÃO SABER), entre os antigos carros a álcool e os atuais carros flex existe uma diferença primordial: A TAXA DE COMPRESSÃO: o álcool admite altas (até altíssimas!) taxas de compressão, a gasolina (por melhor que seja) não.
Daí os carros flex terem uma taxa de compressão moderada para trabalharem com gasolina; acrescento ainda que – NÃO FOSSE A GANÂNCIA DOS USINEIROS + O ADVENTO DA CHAMADA NOVA REPÚBLICA – hoje gasolina no Brasil poderia perfeitamente ser coisa esquecida, mero lembrete do passado.
DEIXO CLARO, VEÍCULOS ELÉTRICOS SÃO OS SUPRASSUMOS! QUEM ME DERA TER UM RESPONSAVELMENTE, i.e., MORANDO NUM CONDOMÍNIO COM FAZENDA SOLAR.
Entretanto, avião funcional elétrico não existe, e avião funcional a álcool existe sim: o IPANEMA da EMBRAER.
Sugiro à Volkswagen relançar os carros a álcool, denominando-os ‘SM/ÁLCOOL’ (SoMente ÁLCOOL), através de um emblema verde, inconfundível e (relativamente) definitivo.
Por gentileza, quero acrescentar que sou Engenheiro, antigo estagiário do Digníssimo Professor Coronel Urbano Ernesto Stumpf.
Entre debates & debates sobre o carburador horizontal do Doginho 1800, tive a grata honra de sugerir ao ínclito professor para trocar o carburador horizontal por outro vertical, a fim de alta turbulência da mistura ar/álcool, mas isto exigiria outro coletor de admissão, e o CTA – sempre pobre, exceto na uiskaida – baniu minha sugestão.
Atenciosamente,
Rodrigo MARTINIANO.
P.S.:
No ensejo parabenizo como sempre o nobre editor Engº Boris Feldman.
. . . . .
A VW tomou a decisão certa. Acredito que os executivos estão pensando nos mercados emergentes que não terão condições de implantar infraestruturas caríssimas para veículos exclusivamente elétricos. Além é claro do custo do próprio carro elétrico que dificilmente será acessível.
Estudo compara as emissões de CO2 entre Etanol e Gasolina
29/07/2010 Marcelo Saade Amato Biocombustíveis 0
Um estudo realizado pela Embrapa Agrobiologia comprovou que o Etanol produzido a partir da cana-de-açúcar é capaz de reduzir em até 73% as emissões de Dióxido de Carbono na atmosfera – se usado em substituição à gasolina.
Essa conclusão foi possível, pois a pesquisa avaliou e considerou todas as emissões de gases durante os processos para obtenção dos produtos finais (Etanol e Gasolina).
Assim, calculou-se às emissões de CO2 envolvidas em etapas como: preparação do solo, construção da usina de álcool, fabricação de máquinas e tratores, incluindo-se inclusive o valor das emissões feitas no transporte do etanol produzido para o posto.
Também foram utilizados dados do painel de mudanças climáticas da ONU, para avaliar a emissão de CO2 referente à extração do petróleo.
Por fim, os pesquisadores quantificaram a emissão de CO2 em um carro movido à gasolina num percurso de 100 quilômetros, sendo o mesmo feito com um carro movido a etanol de cana-de-açúcar.
A comparação final levou em conta as emissões para produção dos combustíveis e as emissões próprias da combustão avaliadas no veículo.
O resultado foi uma redução de 73% das emissões de CO2 na atmosfera quando foi utilizado o veículo movido a álcool – comparado ao emitido pelo carro a gasolina. Comparando-se com o automóvel a diesel, essa redução equivale a 68%.
De acordo com a pesquisa, se a colheita for totalmente mecanizada – não sendo realiza a queimada – a vantagem do álcool é ainda maior: 82% em relação a gasolina e 78% em relação ao diesel.
Observa-se que outro estudo semelhante foi realizado nos Estados Unidos, pelo Conselho de Qualidade do Ar da Califórnia, onde se indicou uma redução de 72% na emissão de gases-estufa associados ao consumo de gasolina – quando substituído pelo etanol de cana. O mesmo estudo ainda indicouque a substituição da gasolina por etanol de milho aumentaria em 4% as emissões de carbono. Comprovando cientificamente a vantagem do ‘produto brasileiro’ em substituição à gasolina.
O pior não é isso. Etanol é combustível, não tinha que ser ligado ao ministério da agricultura. O maior problema é que a mesma usina que faz etanol, faz açúcar. Nesse caso o usineiro vai produzir o que é mais viável pra ele. No meu entendimento deveria ser separado. Quem produz açúcar, iria estar ligado ao ministério da agricultura e só produzir açúcar. Quem produz etanol estaria ligado ao ministério de minas e energia e só produzir etanol.
Sim se vão investir em etanol no preço que tá como que fica
Verdade.