Estes Volkswagen Santana foram feitos em 2012 e ainda são 0 km!

Hoje, o Brasil recebe muitos carros feitos ou projetados na China. No passado esse intercâmbio foi o oposto, o Volkswagen Santana brasileiro teve seu ferramental enviado para o país asiático para a produção da primeira e da segunda geração.

A primeira geração do Santana, chamado popularmente no Brasil de “quadrado”, teve vida mais longa no país asiático. Ele foi produzido pela Shanghai Volkswagen até 2013, sem mudanças significativas no design externo ou interno. E com o mesmo motor AP idolatrado por aqui.

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A página do Facebook Han Chung Classics publicou nesta sexta-feira (25) fotos de um galpão com algumas unidades zero-km do Santana chinês. A publicação oferece poucos detalhes, mas diz que são modelo 2012, o penúltimo ano de produção do sedã com a carroceria mais antiga.

Essas fotos são verdadeiras cápsulas do tempo, ainda mais se levarmos em consideração o quanto que o carro não mudou. Apenas as calotas, o volante, a padronagem do tecido, o rádio e o aro cromados nos instrumentos destoam do visual oitentista do Volkswagen Santana.

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Até as etiquetas originais presentes em um carro zero ainda estão presentes. Uma com o consumo de combustível confirma que o motor é o AP 1.8, com seu deslocamento de 1.781 cm³. E caso esteja curioso em saber o consumo do Santana no padrão chinês, convertemos os dados para km/l na tabela abaixo:

Marcas bastante otimistas, mas não sabemos como funcionam estes testes por lá. Também é importante lembrar que as autonomias para carros elétricos são sempre mais otimistas no padrão chinês.

Outro dado citado na etiqueta é a potência nominal de 95 cv. Valor abaixo do divulgado pela Volkswagen no Santana 1.8 brasileiro com injeção eletrônica.

Nesse final de carreira, o Volkswagen Santana já havia recebido atualizações como freios ABS, injeção eletrônica Bosch, câmbio de cinco marchas, CD-player capaz de ler MP3 e embreagem hidráulica. Seu principal público na China eram as frotas de táxi, devido a robustez e facilidade de manutenção do sedã.

Até hoje, o Santana coleciona alguns fãs no país asiático. Assim como em outros países, a cultura de personalizar os carros da VW também é forte na China. A mesma página que encontrou esse galpão publica fotos de Santana e Quantum modificados no país.

Ou seja, não importa a parte do mundo que você esteja, é possível encontrar um Volkswagen dos anos 80 rebaixado e com rodas BBS.

Onde a história do Santana chinês diverge do Brasil

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A Volkswagen do Brasil desenvolveu a segunda geração do Santana, com base na primeira. De estamparia, apenas as portas foram reaproveitadas.

Nossa engenharia também ganhou a tarefa de fazer uma versão chinesa do sedã, trazendo entre-eixos mais longo. A medida cresceu de 2,55 m para 2,65 m, a mesma adotada hoje pelo Volkswagen Virtus.

O Santana chinês cresceu no espaço para o banco traseiro, um quesito sempre cobrado por lá. Podemos notar isso pela porta traseira mais longa que a usada por aqui.

Essa segunda geração foi batizada como Santana 2000 e estreou em 1995. Aqui esse nome era usado nas versões com motor 2.0, porém na China a opção seguia sendo o 1.8. Existia opção de câmbio automático de quatro marchas ou manual de cinco.

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Um face-lift apareceu em 2004, sem acompanhar o Brasil dessa vez. Os faróis passaram a usar projetores, a tampa do porta-malas ficou mais arredondada e novas rodas foram adotadas. O nome passou a ser Santana 3000.

Por dentro vieram melhorias como o computador de bordo e o teto solar. A opção de forração em bege com detalhes em madeira foge muito do padrão que vimos no Brasil. Curiosamente, o airbag era oferecido apenas para o motorista. Onde ficaria o do passageiro foi montada a disqueteira para 6 CDs.

Na mecânica veio a opção de motor 2.0 para acompanhar o 1.8. As opções de câmbio automático ou manual foram mantidas.

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A última mudança nessa carroceria apareceu em 2008, quando o sedã passou a se chamar Santana Vista. A grade ficou maior, com padrão tipo colmeia na versão para o público geral e frisos horizontais na versão táxi.

Na traseira vieram detalhes circulares na lanternas, para ficar alinhado com o resto da gama Volkswagen. O 1.6 AP foi adicionado como opção de entrada.

No total, foram produzidas 3.213.710 unidades do Santana “clássico” na China. Em 2013 a primeira geração e o Vista foram aposentados. Porém o sedã da Volkswagen continuou sendo usado como táxi em Xangai até 2018, quando foi trocado por carros elétricos.

Santana só de nome

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Assim como ocorreu por aqui com o Gol, a Volkswagen lançou um carro moderno com o mesmo para aposentar de vez as antigas plataformas de motor longitudinal. No caso do Santana, veio um sedã compacto que era basicamente um Škoda Rapid com identidade visual da VW na dianteira e na traseira.

O carro era chamado de New Santana e trazia a fórmula do Renault Logan: porte de carro médio com acabamento e preço de compacto. Seu entre-eixos de 2,60 m era similar ao do Jetta da época.

Existiram versões hatch, sedã e liftback do New Santana. Algumas publicações cogitaram a vinda do sedã para ser feito no Brasil e competir com o Logan e o Chevrolet Cobalt, porém não passou de boatos.

Essa nova geração durou até 2022. Curiosamente, o mesmo carro foi feita pela outra joint-venture da Volkswagen na China, pela FAW. Mudavam apenas alguns detalhes estéticos e o nome era New Jetta, pois sucedeu o antigo Jetta dos anos 80 que foi feito por lá até 2013.

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