[VW Gol] História vitoriosa e repleta de sucessos: do G5 ao G8 e além
"Eis a pergunta que não quer calar: o Golzinho (cuja primeira geração data de 1980) completará 42 anos de existência no mercado nacional?"
"Eis a pergunta que não quer calar: o Golzinho (cuja primeira geração data de 1980) completará 42 anos de existência no mercado nacional?"
A quinta geração do Gol, popularmente conhecida como G5, foi lançada em meados de 2008, já como linha 2009. Essa foi, sem sombra de dúvidas, a mudança mais radical pela qual o vitorioso VW passou nesses 41 anos em que está no mercado.
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Na realidade, em que pese as várias evoluções com a qual o Gol foi batizado, houve apenas três gerações reais: a primeira carroceria, chamada de “Quadrada” (que durou até 1996); a segunda, chamada de Bolinha (que deu origem ao Gol G2, ao G3 e ao G4, durando até 2013); e, finalmente, a terceira carroceria, batizada de G5. Com ela, o Gol ressurgiu praticamente como um novo carro, desde design, concepção mecânica e plataforma.
Enquanto isso, o Gol G4, com sua base de 1980, permanecia em linha como a opção de carro mais barato da Volkswagen no mercado nacional.
Nesse Gol de 2008, a plataforma era derivada da famosa base alemã chamada de PQ25. Mas, como nosso Gol continuou utilizando o eixo traseiro de torção, mais resistente e robusto, muitos passaram a chamá-la de “PQ24,5” (dianteira da PQ25 com traseira da PQ24, mais antiga).
Uma característica marcante dessa nova base do Gol G5 foi a utilização do conjunto motor e câmbio disposto na posição transversal, ao invés da longitudinal, que estava presente no modelo desde seu lançamento em 1980. Um grande passo de modernidade, que permitiu ao então Novo Gol uma frente mais curta e baixa.
Além disso, a nova disposição transversal do propulsor diminuía o balanço de carga no eixo dianteiro, melhorando de maneira consistente a dinâmica do veículo, seja em curvas, mudanças bruscas de trajetória ou frenagens de emergência.
Tudo nesse Gol G5 era novo: freio, direção, suspensões, design e interior. Houve melhora no espaço interno, graças ao melhor aproveitamento e posicionamento dos componentes do habitáculo. Mesmo mantendo a altura (1,46 m) e distância entre-eixos da geração anterior (2,47 m), esse novo Gol 2009 encolheu 3 cm no comprimento e 1 cm na largura, se transformando em um carro ainda mais compacto.
A frente mais baixa permitiu até mesmo um perfil aerodinâmico mais favorável, o que, pelo menos teoricamente, reduz o consumo e melhora a performance. Uma curiosidade desse Gol G5 é que ele só tinha a opção da carroceria de quatro portas, perdendo a característica carroceria de duas portas.
Sob o capô, habitava a mesma família EA-111 da geração 4, mas, devido à disposição transversal, o motor ganhou novos coletores de admissão e escapamento, além de um reestudo para um funcionamento perfeito nessa nova posição.
Eram duas opções de cilindrada: 1.0 8V com 72 cv/76 cv (gasolina/etanol) e 10,6 kgfm de torque com etanol (chamado inicialmente de VHT, depois renomeado para TEC), e 1.6, também com 8 válvulas por cilindro, rendendo 101 cv/104 cv (G/E) e 15,6 kgfm de torque com etanol (esse ainda equipa a dupla Gol/Voyage, Saveiro, além do veterano Fox). A transmissão, sempre manual de 5 marchas, também era inteiramente nova e disposta transversalmente.
Com as vendas em alta, era hora de investir na sofisticação do Gol G5: com a onda dos câmbios automatizados, a VW se apressou para apresentar o sistema I-Motion em outubro de 2009.
A transmissão era a mesma, com 5 marchas, só que com trocas automáticas, realizadas por um “robô”, um sistema mecânico com controles eletrônicos que engatava a marcha necessária no momento correto, eliminando o pedal da embreagem e a ação do motorista. Inicialmente, a novidade foi bem recebida pelo mercado, mas acabou não batendo as expectativas de vendas da marca.
Exatamente um ano depois, em outubro de 2010, chegava mais uma integrante à gama do Gol: a versão Rallye, que trazia apelo off-road, com suspensões erguidas em 2,8 cm, pneus de perfil alto, apliques externos, rodas de liga-leve aro 15 e várias outras diferenciações. O Gol Rallye só era equipado com o motor 1.6 8V, tendo a opção de transmissão manual de 5 marchas ou I-Motion.
Mesmo com o Gol G5 mantendo a liderança de vendas (o modelo foi líder absoluto no mercado brasileiro por 27 anos, de 1987 até 2014), em meados de 2012 chegou o momento do famoso Gol geração 5 receber suas primeiras atualizações estilísticas. Surgia então a Geração 6, mais conhecida como G6.
Na realidade, ele era inteiramente baseado em seu antecessor, sendo uma releitura do G5: faróis, lanternas, parachoques, capô, grade dianteira, rodas e vários outros pontos eram inéditos. Por dentro, as mudanças eram menores, mantendo os mesmos painel, volante, laterais de porta e bancos, com apenas com alguns detalhes modificados (rádio, padronagem dos tecidos, instrumentação, etc).
Na realidade, o Gol G6 não passava de um Gol G5 reestilizado, inclusive mantendo a mesma boa e confiável mecânica, sem mudanças significativas. Uma das maiores novidades dessa “sexta geração” foi a carroceria de duas portas, que voltava a ser oferecida nas versões de entrada do Gol, em novembro de 2012. Focada em frotas de empresas e locadoras, ela deixava o bom e velho Golzinho muito mais competitivo.
Em maio de 2013, era relançada a versão Rallye, agora contemplada com todas as melhorias do Gol G6. Ela se diferenciava do restante da linha pelo visual aventureiro muito bem resolvido (com direito a grade exclusiva, luzes de neblina gigantes e rodas aro 16). Como opção de motor, havia somente o 1.6 8 válvulas, aliado ao câmbio manual de 5 marchas ou I-Motion, assim como antes.
E foi nessa versão Rallye, topo de linha, que, exatamente um ano depois, o Golzinho recebia a primeira novidade mecânica desde 2008: chegava o inédito motor 1.6 16 válvulas da moderna família EA-211, a mesma da qual derivaram os motores TSI atuais.
Esse propulsor desenvolvia bons 110 cv/120 cv, com 15,8 kgfm/16,8 kgfm de torque (Gasolina/Etanol), e estava bem adiante do obsoleto 1.6 8V EA-111, que permanecia equipando normalmente as demais versões da família Gol. Restrito à versão Rallye, esse 1.6 16V EA-211 foi oferecido por pouco mais de 1 ano no Gol: até hoje, ele permanece no Polo e no Virtus.
No fim de 2013 era hora do guerreiro Gol G4 se despedir, vitimado pela lei de obrigatoriedade do airbag duplo e dos freios ABS. Oferecido em versão única, com motor 1.0 8V disposto na posição longitudinal e câmbio manual de 5 marchas, ele tinha uma lista de equipamentos pra lá de enxuta. A missão de carro mais barato da VW no Brasil passou para o up!, que, na época, tomou do Gol G4 o lugar de subcompacto de entrada da fabricante.
Estava difícil concorrer pela preferência do consumidor. Líder de vendas do mercado nacional até 2014, em 2015 o Gol perde esse primeiro lugar do pódio para seu principal concorrente, o Fiat Palio. Esse foi um dos motivos que levaram ao lançamento da sétima geração do Gol, no comecinho de 2016. Para torná-lo mais atraente, a VW se apressou para rechear o Gol de novidades, na tentativa de trazer de volta os compradores fujões.
Novamente, faróis, lanternas, parachoques, grade, capô e até a tampa do porta-malas ganharam um ar mais jovial, mas tudo vestindo a velha carroceria do Gol G5 de 2008. No interior, as mudanças foram grandes: o painel era totalmente novo, muito mais moderno e atraente; os instrumentos, herdados do Fox, eram mais tecnológicos; e o volante passava a ser o mesmo de todo o restante da linha de modelos da fabricante.
E agora o Golzinho também entrava na moda das centrais multimídia touchscreen: com o novo painel, ele poderia receber o equipamento, que tanto fazia falta no modelo até então. De quebra, ele ainda ganhava um prático suporte para celular no topo do painel, item que depois passou a figurar também na dupla Polo/Virtus e T-Cross.
Além disso, o Gol G7 também inovou na mecânica, recebendo finalmente o moderno propulsor 1.0 de três cilindros em linha (chamado de EA-211 R3), que já equipava o Fox e up!. Conhecido pela economia de combustível e pela robustez mecânica, esse pequeno motor rende 75 cv/82 cv, com 9,7 kgfm/10,4 kgfm de torque (Gasolina/Etanol).
Enquanto isso, o problemático 1.0 8V TEC, chamado anteriormente de VHT, saía de cena, e o 1.6 8V EA-111 se mantinha nas versões mais caras, juntamente com a opção da transmissão automatizada I-Motion.
No final de 2016 chegava o Gol Track, uma espécie de versão que sucedia a aposentada Rallye. Recebendo um implante com a frente da Saveiro (que, até então, tinha parachoques, faróis, grade e capô exclusivos), essa versão Track era, na realidade, uma espécie de antecessora da próxima reestilização do Gol, o G8. Essa configuração estava disponível somente com o motor 1.0 de três cilindros e 12 válvulas (EA-211 R3), aliado ao câmbio manual de 5 marchas.
Depois de ter adquirido o costume de qualquer alteração de design ser batizada de nova geração, a VW mostrou, em agosto de 2018, o que foi chamado de oitava geração do Gol, na prática conhecida como Gol G8. Agora, o fabricante incorporava a frente da Saveiro de 2016 em toda a linha do compacto popular, e não só na versão Track, como antes.
Esse Gol “geração 8” foi o responsável pela estreia da transmissão automática com conversor de torque na dupla Gol e Voyage: no caso, uma caixa Aisin de 6 velocidades. Em 38 anos de história, era a primeira vez que o Golzinho recebia um câmbio literalmente automático, aposentando a automatizada I-Motion. A carroceria de duas portas saía de cena novamente, agora definitivamente, permanecendo apenas a configuração de quatro portas.
E outra boa notícia: o moderno 1.6 16V EA-211 voltava a ser oferecido no hatch popular da VW, trabalhando exclusivamente com a transmissão automática de 6 marchas. O 1.0 tricilíndrico de até 82 cv e o veterano 1.6 8V EA-111 permaneciam em linha, ambos acoplados a transmissão manual de 5 marchas.
Ao longo das mudanças de ano/modelo, o Gol foi perdendo versões e equipamentos, e hoje é vendido em configuração única, que pode ter motor 1.0 12V ou 1.6 8V, além do conjunto motor 1.6 16V com câmbio automático de 6 velocidades.
Eis a pergunta que não quer calar: o Golzinho completará 42 anos de existência no mercado nacional? Posso afirmar com certeza, após apurar com fontes internas da Volkswagen, que sim: o Gol continuará à venda no Brasil após 2022.
Em que pese a sua sofrível performance de vendas no mercado nacional hoje em dia, no qual o modelo, muitas vezes, nem chega a figurar entre os 5 modelos mais vendidos do país, ele deve durar pelo menos mais dois anos. O Gol deverá perder ainda mais versões e motorizações, se tornando um carro acessível e barato para empresas e frotistas.
O motor 1.6 8V EA-111 é que deve partir em breve: ele deixará as linhas de produção no próximo ano, após mais de 20 anos de fabricação ininterrupta. Com isso, o Gol provavelmente passará a ser oferecido somente com o motor 1.0 de três cilindros, perdendo também o conjunto 1.6 16V e câmbio automático de 6 marchas.
A VW já prepara o Polo Track, que será uma versão bem mais simples e barata do modelo, que ocupará o lugar deixado pelos Gol 1.6 8V e 1.6 16V automático.
A legislação que obrigará os controles eletrônicos de estabilidade e tração em carros fabricados a partir de janeiro de 2022 também não vai tirar o Gol do mercado. Como ele compartilha a mesma plataforma com a Saveiro, que já conta com esses itens na versão topo de linha Cross, o Golzinho herdará esses equipamentos da picape para a linha 2022, com apenas algumas recalibrações e ajustes. Assim, ele se adequará as leis vigentes, sem problema algum.
O Gol tem uma história rica e bonita de ser contada, e, acreditem: ela durará por, pelo menos, mais dois anos. Claro que, daqui em diante, serão só “enxugamentos” de linha, adequando o modelo com seu novo posicionamento de mercado. Mas, mesmo assim, será um legado de mais de quatro décadas, que deixará saudades no dia que partir!
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Pra galerinha que curte o finado gol. Na verdade só teve duas gerações e meia. O tal do “bola” era apenas uma revisão da carroceria do quadrado. Papinho ralé de “geração” era só pra diferenciar os “fêiçilífiti”. Cambada de lamentáveis.
São 3 gerações. A diferença principal é a coluna A. Cada geração é uma plataforma diferente, e a coluna muda. Os quadrados G1, Bolinha até o “G4” na verdade é são a G2, e do “G5” em diante, na verdade são todos G3. 3 plataformas diferentes.
Só pra deixar claro, a Volkswagen nunca batizou a geração atual como G8. Ainda estamos na G7 que iniciou em 2016 e é vendida até hoje.
Parem com esta mania de Gol G8.
Geração 8 NÃO EXISTE!!!
Na verdade só existe ate a G3. A diferença das gerações se pode ver pela coluna A. Quando muda a geração, muda a coluna. O resto é facelift.
Eu amo o gol.meu primeiro gol tinha omotor de fusca.
Ele era conhecido como gol Bx e tinha dupla carburação o motor dele era 1.600, era top
Ao que parece o golzinho vai sair de linha e o polo vai ter uma versao capada de tudo pra ficar no lugar… O gol perdeu seu princip atributo que era o preco, onde ja se viu pagar 60mil num gol completamente de entrada 1.0 aspirado nanual???
O automóvel mais querido do Brasil. Eu tive um Gol BX 1985 e um Gol Special 2002. Minha experiência com o BX foi bem sofrida. Motor do Fusca com dupla carburação necessitava de constantes regulagem dos carburadores. O maior problema era a carroceria com constantes rachaduras na parede corta fogo entre o motor e a cabine, sem falar no assoalho que tive trocar. Mas era ágil e estável. Fiquei 5 anos com ele. O Special me deu mais alegria. Super econômico! O antigo proprietário colocou rodas Orbital aro 15 e pneus 195/55. Bem melhores do as rodas aro 13 e pneus 155/70 originais, o que deixou o carro bem estável e seguro. O único senão era passar pelos buracos e trincheiras (valetas) das ruas. O único problema do Special era justamente o motor EA 111. Várias visitas em diferentes mecânicos para resolver a fumaça que saía do escapamento com cheiro de queimado. Troquei tudo no motor e o problema continuava. Depois de 3 anos com ele, o troquei por um Fiat Argo. Mesmo sendo o automóvel mais querido do Brasil, a Volkswagen cometeu o mesmo erro da 2ª Geração, com constantes reestilizações até chegar na péssima G4. E agora a VW faz o mesmo com Gol. O que é esse Gol com frente de Saveiro? Alô, Volkswagen, vamos voltar à liderança do mercado com um Gol de verdade e lançar uma nova geração? Pensei em trocar o Gol Special por um Gol 2017, mas o preço cobrado por ele era astronômico! Mais caro que o Fiat Argo 2019, que acabei fechando negócio. Se a Volkswagen lançar a nova geração do Gol, tchau Argo! Até hoje o nome Gol é sinônimo de dinheiro no bolso e retorno garantido.
Só se beber muito após uma dor de cotovelo para a VW simplesmente fazer com o Gol o que fez com o Fusca.
Marca maravilhosa tenho um Voyage G5 e agora estou a sonhar com um gol também.