VW Nivus: 10 pontos-chave sobre o SUV cupê da marca alemã
Confira aspectos positivos e negativos do modelo de entrada entre os utilitários esportivos da marca alemã em pouco mais de um ano de mercado
Confira aspectos positivos e negativos do modelo de entrada entre os utilitários esportivos da marca alemã em pouco mais de um ano de mercado
Imagine o seu grande lançamento do ano, aquele projeto global que a filial brasileira idealizou e que tem tudo para mudar o segmento onde atua estar pronto… no meio da maior crise sanitária do mundo moderno. Pois foi isso que aconteceu com o Volkswagem Nivus.
Projetado no Brasil, feito sobre a base do Polo e com a proposta de ser o primeiro SUV acupezado da categoria de crossovers compactos, o modelo foi apresentado e lançado no pico da pandemia da Covid-19. Mas não é que o jipinho da marca alemã saiu quase ileso?
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Passado um ano de sua estreia no mercado brasileiro, o Volkswagen Nivus está longe de ser uma febre comercial, vende bem menos que seu irmão maior, o T-Cross, porém não faz feio. Em 2021, acumula mais de 30 mil emplacamentos nos nove primeiros meses do ano, segundo dados da Fenabrave.
Trata-se de uma média superior a 3.000 carros por mês, isso em um ano complicado de retração de vendas e problemas de insumos na indústria. Desta forma, o Nivus é o sexto SUV mais comercializado do país, à frente de modelos como Nissan Kicks, Renault Duster e Citroën C4 Cactus.
Mas o que faz o crossover-cupê ter boas vendas? É só um rostinho bonito ou carrega virtudes de outros modelos da marca? Veja 10 fatos sobre o Volkswagen Nivus e entenda suas qualidades e defeitos.
O comportamento de carro de passeio é um dos fatos sobre o Volkswagen Nivus que mais chamam a atenção. Ao contrário do T-Cross, o SUV-cupê tem uma pegada muito mais urbana do que “jipeira”. A posição de dirigir é baixa e não é tão ereta como no irmão maior.
Além disso, a ergonomia é bastante funcional. O motorista tem acesso aos principais comandos de forma prática e o volante (herdado do Golf VIII) oferece, além de ótima pegada, boa amplitude nos ajustes de altura e de profundidade.
O renomado conjunto com motor TSI e câmbio automático de seis marchas nunca decepciona. O 1.0 turbo tricilíndrico entrega 128/116 cv de potência e rende bem no Nivus, com acelerações bastante competentes. O 0 a 100 km/h, segundo a Volkswagen, é feito em 10,0/10,5 segundos.
Mas o melhor está na hora fazer aquela ultrapassagem na estrada ou encarar a ladeira mais íngreme. O TSI tem bastante força em baixos giros, e os 20,4 kgfm se apresentam a partir das 2.000 até as 3.500 rpm. Basta pisar que o conjunto responde rápido para as retomadas.
Só não ache que, por ser mais leve, o Volkswagen Nivus vai ser muito mais econômico, por exemplo, que o T-Cross. O crossover-cupê, segundo a tabela 2021 do Inmetro, faz médias na cidade de 7,7 km/l com etanol e de 10,7 km/l, com gasolina, com a versão Highline – a Comfortline faz 7,6 km/l no ciclo urbano com álcool. Para efeito de comparação, o T-Cross anota, respectivamente, 7,7 e 10,7 km/l.
Na estrada, o Nivus empolga mais com sua eficiência. O consumo rodoviário com etanol é de 9,6 km/l (Comfortline) e 9,4 km/l (Highline) e de 13,3 km/l e 13,2 km/l, com o combustível fóssil. Números também próximos aos do T-Cross: 9,5 km/l e 13,4 km/l.
A suspensão do Volkswagen Nivus, com McPherson na frente e eixo de torção atrás, é a mesma da do T-cross, porém com calibragem diferente e 1 cm mais elevada. O crossover tem ainda o vão livre do solo de 17,6 cm, os pneus 205/55 R17 de perfil alto e os para-lamas elevados por uma haste de ferro – em vez de apoiadas nas caixas de roda -, tudo para dar aquele porte de SUV.
O resultado é que a suspensão não é molenga, até filtra bem as imperfeições da pista atrás, mas na frente o carro bate mais seco nos buracos. As variações da pista também são sentidas na direção, que trepida bastante. Nas curvas, a maior altura também passa a sensação de oscilação maior da carroceria que no Polo, obviamente.
De forma simples, pode-se dizer que o Nivus é o crossover do Polo e o T-Cross é o SUV do Virtus. Isso significa que espaço interno não é muito o forte do modelo mais novo. O espaço para pernas do motorista e carona é na medida, sem apertos, mas sem folgas como no utilitário esportivo mais caro.
Atrás, as diferenças ficam mais evidentes. O entre-eixos de 2,56 metros (igual ao do Polo) não permite muitas mordomias para quem vai no banco traseiro. O vão para joelhos e pernas fica no limite para dois adultos – uma terceira pessoa ao centro ficará desconfortável.
O espaço para bagagens do T-Cross chega a parecer uma piada quando se olha o porte do SUV por fora. Pode-se dizer, então, que o Nivus foi lançado para ser a opção mais familiar e menos robusta que o irmão maior.
Beneficiado pelos 4,26 metros de comprimento, uma barra traseira mais larga – e o banco traseiro mais acanhado, o Volkswagen Nivus traz um porta-malas com boa amplitude e vão de abertura interessante para comportar 415 litros. O do T-Cross leva 373 litros e o compartimento não é tão fundo.
O Volkswagen Nivus foi lançado por quase R$ 86 mil em sua versão inicial, um preço considerado competitivo para a época. Porém, acredite: passado pouco mais de um ano, o crossover compacto custa a partir de R$ 105.120 na opção básica Confortline 200 TSI
E a linha é enxuta. São só duas versões, sempre com o mesmo conjunto mecânico (motor 1.0 turbo e caixa automática de seis marchas). A mais cara, a Highline 200 TSI, que partia dos R$ 98 mil, agora tem preço público sugerido de R$ 121.890.
O jipinho da Volks foi lançado com boa lista de equipamentos. Seis airbags, controle de subida, faróis full-LED, luzes diurnas, câmera e sensores de ré, rodas de liga leve, piloto automático, ar-condicionado, direção elétrica e trio são itens de série de toda a gama. Sem esquecer os controles de estabilidade e tração, que já eram obrigatórios por lei no ano passado.
Os itens mais bacanas são encontrados só na topo de linha Highline. Como o pacote de condução semi-autônoma, com controle de cruzeiro adaptativo, frenagem de emergência automática e parada pós-colisão.
A opção mais cara também recebe o Active Info Display, o quadro de instrumentos eletrônico e configurável, a central multimídia VW Play com tela de 10”, retrovisor eletrocrômico, detector de fadiga, indicador de pressão dos pneus, ar automático, faróis de neblina com iluminação estática lateral ao virar o volante, bancos de couro, rodas aro 17″ e sensor de estacionamento dianteiro.
Mas a concorrência se mexeu nesse pouco tempo. SUVs compactos foram renovados e ficaram mais equipados e outros crossovers médios chegaram no pedaço. Para completar, a Volks mexeu no Nivus também: na Comfortline, até colocou o painel digital (que não é o configurável), mas tirou a central multimídia mais simples. Isso mesmo, o Nivus de R$ 105 mil sai só com preparação para som.
Toda a linha Nivus vem com o pacote de revisão promocional, com as primeiras três manutenções “gratuitas”. As aspas estão aí para lembrar que a Volkswagen não inclui nas visitas obrigatórias “itens adicionais”, como fluido de freio, kit correia e filtros de ar (elemento e cabine).
Então, confira os preços das revisões do Nivus Comfortline 200 TSI com a previsão de tais “itens adicionais”.
Testamos o Taos, irmão maior do Nivus. Veja o que achamos:
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Em termos de design, o Nivus é o mais bonito Volkswagen à venda no Brasil. É imbatível. Agora, precisava de motor, né? Pra gente poder se entusiasmar. O motor fraquinho dele só presta para andar na cidade. Na estrada vai ficar fazendo fila atrás dos caminhões…
E a VW só faz subir de preço… tanto que gostou da receita e vai fazer outro hacth/crossover e chamar de supê… mais simples MQB…entre 80k e 110k pra ficar no lugar do gol, e subir aidna mais o preço do Nivus para casa dos 150k… o T-croos poderia sair de linha e o Taos assume a lacuna com versões de entrada…. o carro de entrada da vw seria um polo capado… vish… O brasileiro realmente gosta destes trekos…. “me engana que eu gosto.”