10 fatos sobre o VW T-Cross, SUV mais vendido em 2022
Confira algumas razões que contribuem para o utilitário esportivo compacto da marca alemã surpreender nas vendas
Confira algumas razões que contribuem para o utilitário esportivo compacto da marca alemã surpreender nas vendas
O Volkswagen T-Cross é um dos novatos no segmento de utilitários esportivos compactos, apesar de ter sido uma resposta tardia da marca alemã na categoria que já se destacava no mercado brasileiro. Lançado em 2019, o modelo logo chamou a atenção pelo porte e motores turbinados e isso se converteu quase que imediatamente em boas vendas.
Com a chegada do Nivus, em 2020, a Volks meio que subdividiu o segmento. O T-Cross passou a brigar com as versões topo de linha dos crossovers compactos e a encarar as opções de entrada dos SUVs médios. Além disso, tornou-se a alternativa mais robusta, enquanto o irmão mais novo fazia as vezes de modelo mais urbano e familiar.
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O desempenho comercial mantém o bom ritmo. Com mais de 15 mil unidades emplacadas no trimestre, segundo dados da Fenabrave, o T-Cross é o SUV mais vendido do país e o terceiro carro de passeio mais negociado do período. No recorte de março foi além. O utilitário somou 5.373 unidades entregues no varejo e se tornou o carro mais emplacado do país para o consumidor final – pessoa física.
Mas o que explica a razão do sucesso do T-Cross? Quais os prós e contras deste SUV compacto produzido no Paraná sobre a cultuada plataforma MQB e com os (também cultuados) motores TSI? Entenda 10 fatos sobre o VW T-Cross.
O T-Cross é vendido apenas em quatro versões de acabamento, quase todas com o mesmo conjunto mecânico: motor turbo 1.0 TSI de 128/116 cv e câmbio automático de seis marchas. Em meados do ano passado a Volks ressuscitou a configuração Sense para ser a opção de entrada – hoje custa R$ 109.590 -, mas que não tem nada a ver com a variante PcD do passado.
Detalhe é que a Sense é mais barata que a linha Nivus (que parte dos R$ 118.350). De volta à gama T-Cross, só a topo de linha Highline é que usa o 1.4, também TSI, com 150 cv de potência. Os preços públicos sugeridos (exceto estados de SP e PB) são os seguintes (em 5/4/2022):
Para deixar o T-Cross abaixo dos R$ 100 mil, a Volkswagen fez da versão Sense uma opção bastante simples. O modelo sai apenas com o básico. Ar-condicionado, direção elétrica, trio, start/stop do motor, ajustes de altura e de profundidade do volante, computador de bordo, regulagem de altura do farol e sensor crepuscular.
Na parte de segurança, controles de estabilidade, tração e subidas e seis airbags. A central multimídia é a APP Connect, com tela de 8”. O T-Cross Sense só sai da fábrica em São José dos Pinhais (PR) com rodas de aço e calotas, grade pintada de preto fosco e sem faróis de neblina.
A coisa só começa a ficar melhor na 200 TSI, mas aí é preciso desembolsar cerca de R$ 22 mil a mais. Esta configuração recebe frenagem automática de emergência, sensor de pressão dos pneus, painel de instrumentos eletrônico, central multimídia VW Play com tela de 10”, rodas de liga-leve aro 16”, sensor de ré e faróis de neblina.
Na Comfortline, o ar passa a ser automático e a variante agrega, ainda, carregador de celular por indução, câmera de ré, retrovisores rebatíveis eletricamente, grade em preto brilhante com detalhes cromados, painel configurável Active Info Display, chave presencial, detector de fadiga, sensor de estacionamento na frente e rodas aro 17”. Na cabine, carpete, detalhes cromados e luz ambiente de LED.
Por fim, a mais completa e mais potente. A Highline é a que tem mais recursos de auxílio à condução, com direito à piloto automático adaptativo com frenagem autônoma de emergência. Recebe, ainda, retrovisor eletrocrômico, sensor de chuva, pedaleiras cromadas, bancos parcialmente de couro e funções de condução.
Pode-se dizer que o T-Cross foi o preferido, de fato, do consumidor em março de 2022: o SUV da VW anotou exatas 6.549, de acordo com dados de emplacamentos da Fenabrave, a associação que reúne as concessionárias de veículos do país. Desta forma, o modelo foi o SUV mais vendido do Brasil no período e o terceiro veículo de passeio mais comercializado, atrás apenas de Hyundai HB20 e Fiat Mobi.
Porém, se formos fazer o recorte e excluir as vendas diretas (para empresas, frotistas, locadoras etc), o T-Cross se mostra o preferido do cliente final. As vendas no varejo em março alcançaram 5.373 unidades, o que consagra o SUV da VW como veículo mais negociado do país para pessoas físicas (incluindo, aí, os comerciais leves também).
Dos crossovers compactos disponíveis no mercado, o T-Cross é um dos com mais porte de SUV de fato – só perde mesmo para o Jeep Renegade e se assemelha um pouco ao Hyundai Creta em termos de tamanho. São 4,19 m de comprimento, 1,76 m de largura, 1,56 m de altura e 2,65 m de entre eixos.
A posição ereta de dirigir reforça essa impressão. Além disso, o vão livre do solo oferece razoáveis 19 cm e a calibragem da suspensão lida bem com buracos. Em resumo, o conjunto mostra um acerto que privilegia a robustez.
A performance do T-Cross também deixa claro a pegada mais forte. O motor da maioria das versões é o mesmo de tantos outros Volkswagens, mas as respostas do 1.0 turbo três-cilindros de 128/116 cv são ágeis. Em especial as retomadas, beneficiadas pelo torque máximo de 20,4 kgfm entre 2.000 e 3.500 rpm.
Segundo dados da montadora, o T-Cross com esse motor faz o 0 a 100 km/h em até 10,4 segundos, beneficiado ainda pela caixa automática de seis marchas com um escalonamento que privilegia também o desempenho. Se quiser ser mais rápido, a Highline, com seus 150 cv e 25,5 kgfm, cumpre o 0-100 em 8,7 segundos.
Com qualquer uma das opções de motor, o T-Cross se destaca ainda pelo acerto dinâmico. Apesar das dimensões relativamente generosas, o carro tem bom comportamento em curvas e retas na maior parte do tempo. A carroceria e a plataforma MQB garantem uma rigidez no rodar bastante peculiar para um SUV.
Versão | Etanol cidade | Etanol estrada | Gasolina cidade | Gasolina estrada |
---|---|---|---|---|
T-Cross 200 TSI MT | 7,7 km/l | 9,4 km/l | 11,2 km/l | 13,2 km/l |
T-Cross 200 TSI AT | 7,5 km/l | 9,2 km/l | 11 km/l | 13 km/l |
T-Cross 250 TSI AT | 7,4 km/l | 9 km/l | 10,5 km/l | 13 km/l |
Outro diferencial do T-Cross no segmento de SUVs compactos é seu espaço interno. Motorista e carona usufruem de certa folga para pernas e joelhos e a posição de dirigir, como dito, é elevada e permite uma boa visão de tudo o que se passa ao redor.
O banco traseiro também agrada e acomoda bem até três adultos normais. Talvez, o concorrente que mais se aproxime do Volks nesse sentido seja apenas o Hyundai Creta.
Pois é, para oferecer essa amplitude da cabine, a Volks sacrificou o ambiente para bagagens. O porta-malas do T-Cross acomoda 373 litros e ainda peca por não ser muito profundo. Uma mala daquelas grandes já compromete boa parte do espaço – dependendo do tamanho, nem cabe deitada. Para se ter uma ideia, o porta-malas do Nivus, além de receber 415 litros, é melhor resolvido em termos de lay-out.
Muita gente ainda acha que Volks é sinônimo de manutenção barata. Isso era muito bom na época do Fusca e Gol, e dos motores APs. Hoje, a realidade é diferente. O T-Cross tem custo de revisão bastante salgado. Confira os preços fixos das vistas até os 60 mil km (em 5/4).
Sense*
Comfortline**
Highline**
*Estão inclusos nos cálculos itens como fluido do freio e filtros de ar (elemento e cabine), além de correia Poly-V aos 60 mil km, que a VW cobra por fora como “itens adicionais”. São componentes e óleos que têm de ser trocados de acordo com a recomendação da própria montadora e com o contrato de garantia.
**As três primeiras revisões são “gratuitas”, mas, como explicado no tópico anterior, é preciso incluir os “itens adicionais”. No caso dos modelos com teto-solar, há ainda a necessidade de lubrificação da peça a cada 10 mil km.
O T-Cross tem seus probleminhas típicos como qualquer veículo. O acabamento do SUV já não é grande coisa, com muita simplicidade nos fechamentos e nos materiais empregados. Além disso, é fonte de queixas de donos do crossover, que reclamam de barulhos e estalos das peças internas, isso em modelos com menos de 10 mil km rodados.
Infiltração nos faróis é outra falha do acabamento do T-Cross. Principalmente nos exemplares dos dois primeiros anos de produção.
Contudo, o problema mais “famoso” do T-Cross diz respeito à suspensão dianteira. De acordo com relatos de donos de modelos 2019 e 2020, barulho excessivo e trepidação na frente eram constantes no SUV. A questão motivou até um recall. Segundo a marca, o chamado foi motivado devido ao afrouxamento das porcas superiores que fixam as bieletas nos amortecedores dianteiros, que correm o risco de se soltar completamente.
Lançado em fevereiro de 2019, o T-Cross deve sofrer o clássico face-lift de meia-vida até o ano que vem. Mas será só remodelação mesmo, com mudanças na grade, faróis, nova calibragem de amortecedores, melhorias (esperadas) no acabamento e mais equipamentos.
Testamos o T-Cross quando ele foi lançado: veja o que achamos
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Querem satisfação de verdade …. Comprem um Honda Civic Touring ?? eu recomendo ??
Excelente matéria. Clara, por tópicos e ainda um vídeo top. Parabéns !!!
Minha esposa tem uma highline 2020 completa, e se não fosse pelo padrão de acabamento, principalmente interno, muito pobre, seria perfeita.
Anda muito bem na cidade e estrada , e o consumo é também coerente nós dois casos.
Estamos pensando em trocá-la por um Jeep compass, finalmente com motor turbo. Eu realmente tenho dúvidas, mesmo agora podendo contar c desconto PCD.
Eu tenho um TCROSS highline 20/20 , está hj com 39mil rodados , não tenho nada a reclamar , tive as 3 primeiras revisões com custos de peças e mão de obra pela volks .
Meu carro não faz barulho de suspensão e acho até que ele tem muito mais do que foi informado na matéria , conta com iluminação no porta luvas ,tocador de Cd , gps próprio , amplo espaço interno com vários porta objetos , iluminação interna toda em led , conectividade fantástica , saída de ar condicionado na coluna central para quem viaja atrás , 2 tomadas USB, tomada 12V no porta malas que é iluminado , step de uso normal e não aquele temporário , porcas nas rodas anti furto , se não tiver o som beeats o porta malas aumenta e vc pode ajustar os bancos traseiros e chega próximo dos 450 litros !
Porta óculos , sensor de chuva , faróis automáticos , e meu carro faz 10,5 na cidade e passa dos 15 na estrada só uso gasolina comum !muitos dos itens nem no corola altis premium híbrido tem …
Gostei dos comentários parabéns !
Prezado Fernando,
“Para deixar o T-Cross abaixo dos R$ 100 mil, a Volkswagen fez da versão Sense uma opção bastante simples. O modelo sai apenas com o básico.”, duas coisas: onde está a versão “abaixo dos R$ 100.m” ??!
A segunda: acho q estou ficando velho … “apenas com o básico” ?!! Para mim, isso são rodas, pneus, bancos, faróis, limpadores, … Ar condicionado, direção assistida, vidros com acionamento elétrico, não é “básico” ! Além disso, essa infestação de bugigangas eletrônicas de que padecem todos os carros hoje é isso mesmo: uma praga, para poder cobrar caro, porque são umas tranqueiras de custo baixíssimo, que servem apenas para inchar a lista de papagaiadas oferecidas (e o preço, obviamente, também !). Qual o problema de vir com rodas de aço, muito mais baratas, q me permitem ir a uma loja escolher outras, de meu gosto, para equipar o carro, e personalizá-lo eu mesmo ?! Quanto aos faróis de neblina, mancada da VW porque instalar isso “por fora” é um saco, além de não ficar bem feito e ser um item de custo baixo frente ao preço do carro.
Perfeito, e treko-cross não ser supeior em nada no segmento, o 1.0TSI é beberrão frente aos 1.0Turbo como o da GM. Espaço de bagagem é ridículo, 373 l de bagagem? Duster só pra constar possui porta mals 450 litros… Acabamento do treko-croos é plástico até onde deveria ser de tecido vagabundo, vergonha… Sabe por que vende bem? Falta de opção no mercado por falta de componentes, quando tudo se estabilizar, vai cair muito em vendas.. e dona VW sabe disso, por isso já esta prerando outro compacto altinho no lugar do Gol pra entrar de novidade e mais barato que Nivus e Treko-cross.
Ele só fica devendo porta malas, acabamento e economia de combustível no meu ver
Pois é amigo, É justamente isso. Não tem vantagem nenhuma, bebe acima da media, sem acabamento, e porta malas pequeno…
O problema do T-Cross? Ele não é o Taos! Mas vende bem!
Vão lançar outro veiculo altinho pra ficar no lugar do gol, Polo capado assume o lugar, Nivus assume o lugar do treko-croos, e por fim Taos como unico veiculo de luxo da Vw.O resto sai de linha, incluse a Amarok que já mico de mercado.
SUV ?????
Tudo bem, entendi: Terminologia do nosso mercado.
Mais uma daquelas “jaboticabas”.tipicamente nossas.
Excelentes desempenho, dinâmica e espaço !
Por isso é líder de vendas !
Verdade! Estou super satisfeita com o T Cross!
E faço 16km/l de gasolina em estrada plana sem o menor esforço. Mas o acabamento interno da 20p TSI é pobre,mesmo.