A necessidade de um composto para as rodas depende do tipo do veículo, terreno e necessidade de uso do conjunto
O pneu é, sem dúvida, um dos componentes mais cruciais de qualquer veículo. Ele é o único ponto de contato com o solo e, por isso, sua escolha impacta diretamente na segurança, desempenho e até na economia do modelo. E são vários os tipos de pneus, cada um projetado para uma finalidade específica. Do asfalto à lama, da pista à economia, entender as particularidades de cada pneu é fundamental.
A seguir, destacamos aqui todos os tipos de pneus, categorizados por uso, condição climática, terreno, construção e design, além de alguns modelos especiais.
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São os pneus mais comuns e ideais para o dia a dia na cidade e em estradas asfaltadas. Projetados para o asfalto, eles maximizam a área de contato com a pista, garantindo boa aderência e eficiente escoamento de água. É o pneu padrão para a maioria dos carros de passeio.

Para os veículos mais potentes e motoristas que buscam uma experiência de direção esportiva, os pneus Ultra-High Performance (UHP) são a escolha ideal. Com 18 polegadas de diâmetro ou mais, esses pneus são desenvolvidos para lidar com as exigências de alta velocidade, torque e forças G.
A fabricante de pneus Continental é uma das que trabalha com esse tipo de composto. Em artigo, eles já publicaram os pontos chave deste de alto desempenho.

Os “pneus verdes” são a opção para quem busca menor impacto ambiental e economia de combustível. Mais leves, duráveis e silenciosos, esses pneus são projetados para diminuir a resistência ao rolamento, reduzindo o consumo de combustível e a emissão de gases poluentes. Além disso, muitos modelos oferecem excelente desempenho em pista molhada, minimizando o risco de aquaplanagem. Porém tudo isso custa um pouco mais se comparado com os convencionais.
Desenvolvidos para temperaturas acima de 7 °C, esses pneus possuem um composto mais rígido e um padrão de piso raso, oferecendo excelente aderência em piso seco e molhado. Garantem máxima precisão na manobrabilidade e estabilidade em curvas e frenagens.
Essenciais para locais com baixas temperaturas (abaixo de 7 °C), gelo e neve. O pneu de inverno tem um padrão de piso com mais entalhes e sulcos profundos para melhorar a tração em condições adversas. O material mais flexível garante que o pneu permaneça macio e aderente mesmo com temperaturas negativas.
Combinando características dos pneus de verão e inverno, os “4 estações” são uma opção versátil para regiões com verões e invernos amenos, e neve ocasional. Com mais ranhuras que os de verão, adaptam-se a diversas temperaturas. Modelos com a marcação 3PMSF garantem mobilidade e segurança de -10 °C a +30 °C.
São todo tipo de pneu feito para rodar nas estradas asfaltadas. Os pneus convencionais, de alta performance, de corrida, são exemplos destes.

Específicos para estradas de terra, lama e terrenos irregulares. O pneu off-road, ou pneu “borrachudo” (MT), tem como prioridade alta frenagem e estabilidade, com banda de rodagem mais espaçada, carcaça reforçada e sulcos largos para agarrar em terrenos desafiadores. Apesar de robustos e seguros na lama, não são indicados para asfalto devido ao maior consumo de combustível e desgaste.

O pneu misto é ideal para quem transita frequentemente entre asfalto e estradas de terra. Oferece alta resistência e um visual arrojado. Contudo, seu uso pode resultar em maior consumo de combustível e ruído em altas velocidades no asfalto, além de serem geralmente mais caros que os pneus específicos. O investimento só vale a pena se o uso misto for constante.
A tecnologia mais moderna e amplamente utilizada em veículos de passeio. O pneu radial tem uma banda de rodagem duradoura, excelente desempenho em curvas, e ótima qualidade de frenagem. Sua construção flexível proporciona maior conforto e dirigibilidade, além de durabilidade e economia de combustível devido à baixa resistência ao rolamento.
Com múltiplas lonas têxteis sobrepostas diagonalmente, essa tecnologia é mais antiga e menos comum em veículos de passeio modernos (ainda utilizada em agricultura, por exemplo). O pneu diagonal possui parede lateral mais espessa, ideal para suportar mais peso, e geralmente é mais barato, mas oferece menor dirigibilidade.

Conhecidos por diversos nomes (RFT, “run on flat”, autoportante), o pneu Run Flat é projetado com laterais reforçadas que permitem ao veículo continuar rodando mesmo após uma perda de pressão. Essa tecnologia, inicialmente para carros esportivos e premium, garante que o motorista possa chegar a uma oficina sem precisar parar na estrada.
Com desenhos diferentes em cada lado da banda de rodagem, o pneu assimétrico otimiza desempenho em curvas (lado externo) e escoamento de água/estabilidade em linha reta (lado interno), atendendo a múltiplos requisitos.
Possuem o mesmo desenho em ambos os lados da banda de rodagem, oferecendo uma condução suave e confortável.
Caracterizados por um padrão de banda de rodagem em formato de “V”, esses pneus são altamente eficientes na expulsão de água do centro para as laterais, melhorando a aderência em piso seco e molhado.

No mercado brasileiro, existem processos de reforma de pneus: recapagem, recauchutagem e remoldagem. O Inmetro define:
Apesar de serem alternativas mais econômicas financeiramente, a reforma de pneus de passeio, vans e caminhonetes é desaconselhada pela Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP), devido a riscos como mascaramento de danos na carcaça e falta de rastreabilidade da origem do pneu original, o que pode comprometer a segurança.

Os pneus slick são completamente lisos, sem ranhuras, oferecendo máxima aderência em pistas secas. São exclusivos para carros de corrida em ambientes controlados, pois em pista molhada, a falta de sulcos para escoamento da água causaria aquaplanagem severa.
Existe também o pneu semi-slick, que possui algumas ranhuras para diminuir o risco de aquaplanagem, sendo uma opção para carros de alto desempenho em estrada, mas com menor aderência que o slick puro. É crucial não confundir pneu slick com pneu careca (desgastado), que é extremamente perigoso e ilegal para uso comum.
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Morei alguns anos na Europa. E o negócio do pneu certo para cada carro é o seguinte: Você compra um carro 0Km na Concessionária, ou toma como referência a marca/modelo de um automóvel e o pneu que vem do fabricante com o carro 0 Km. Pronto! Este será o pneu, com todas as características técnicas, que você sempre comprará nas trocas para o mesmo carro.