Peças genéricas: só evite as que são de “fundo de quintal”

Nem toda peça de reposição tem que ser vendida pela concessionária, mas tome cuidado com a qualidade do que se encontra por aí

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Por Boris Feldman
Publicado em 03/06/2018 às 17h00
Atualizado em 10/01/2020 às 20h49

Peças de reposição podem ser compradas na concessionária ou no mercado paralelo, como se chamam as lojas de autopeças independentes, onde se vendem as peças genéricas.

Nem todas as peças genéricas são de má qualidade, mas é preciso ser esperto porque existe até rolamento sueco falsificado por aí.

Na concessionária, os componentes são considerados genuínos (ou originais) e podem às vezes custar mais caro que no paralelo. Em compensação, oferecem garantia de fábrica. São vendidas em embalagens com o logotipo da marca e passam por um controle de qualidade mais rigoroso.

Por outro lado, no “paralelo” pode se estar adquirindo exatamente a mesma peça que na concessionária, com a diferença da embalagem: ao invés do logotipo da fábrica do automóvel, vem o do fabricante da própria peça, neste caso chamada de “genérica”.

Se a peça da concessionária não deixa margem a dúvida pois tem qualidade assegurada pela própria fábrica, no caso da “genérica” é preciso tomar cuidado. Se ela é fabricada pela mesma empresa que fornece para a “montadora”, nenhum problema.

Caso da Bosch, Magneti Marelli, Delphi, Valeo, ZF, Monroe ou outras brasileiras ou internacionais de tradição.

Mas, se o fabricante das peças genéricas não é fornecedor da montadora, ela pode ser de qualidade – existem muitas nesta situação – ou podem ser um típico “fundo de quintal” que produzem sem nenhum padrão ético ou de qualidade.

Peças genéricas deveriam ser certificadas

No primeiro mundo, ninguém coloca no mercado de reposição um componente que não tenha sido certificado por uma empresa autorizada pelo governo. No Brasil, é na base do “salve-se quem puder”. O Inmetro resolveu apenas recentemente estabelecer regras para a comercialização das autopeças no mercado de reposição.

Mas ainda está engatinhando, poucos componentes já devem ser certificados (amortecedores, rodas, pistões e fluidos de freios entre eles) e, no caso das centenas de outros, o consumidor que se dane.

Até pouco tempo atrás, a fiscalização era totalmente ineficaz e se permitia o comércio de peças ligadas à segurança veicular sem nenhum controle de qualidade.

O mercado brasileiro é tão complacente com as malandragens que, além das peças sem qualidade produzidas aqui, surgiu uma “novidade” no mercado: peças falsificadas produzidas em outros países com embalagens de marcas conhecidas.

Entre elas, tem até rolamento da famosa marca sueca SKF produzida na China.

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Boris Feldman

Jornalista e engenheiro com 50 anos de rodagem na imprensa automotiva. Comandou equipes de jornais, televisão e apresenta o programa AutoPapo em emissoras de rádio em todo o país.

Boris Feldman
1 Comentário
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Valdecir Luiz Mantovani 25 de junho de 2018

Excelente trabalho

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