Dianteira mais alta que a traseira? EUA proíbe customização perigosa

Donos de picapes da Carolina do Norte e do Sul começaram a exageram na customização, que foi inspirada nas corridas de Baja

Customização na suspensão aumentava o risco de acidentes nas vias
Customização na suspensão aumentava o risco de acidentes nas vias (Foto: Intenet | Reprodução)
Por Bernardo Castro
Publicado em 27/01/2022 às 11h03
Atualizado em 27/01/2022 às 15h50

Carro rebaixado, ou elevado demais, alteração no diâmetro das rodas e espessuras dos pneus, dentre diversas outras customizações já viraram moda no setor automotivo e tiveram de ser proibidas por colocar em risco a vida do condutor, passageiro e das pessoas a sua volta.

Recentemente no Brasil outra dessas customizações virou febre, dessa vez entre os caminhoneiros: a traseira alta, que os entusiastas alegam dar mais estabilidade ao caminhão nas curvas.

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Nos Estados Unidos, principalmente na Carolina do Norte e do Sul, uma prática parecida está caindo nas graças dos donos de picapes e caminhonetes. Contudo, a customização consiste em levantar a dianteira do veículo.

A inspiração para essa configuração nasceu na California, onde são populares as corridas de Baja. Essa é uma modalidade off-road e os veículos tem a dianteira elevada para, ao aterrisar após um salto, evitar um choque na dianteira.

Com isso, os fãs se inspiraram nessa modificação e a instalarem em seus veículos. Contudo, as modificações passaram um pouco dos limites:

Problemas da customização

Essa mudança na altura também traz inúmeros riscos para o condutor e para as pessoas a sua volta. Afinal, os veículos ficam com a visibilidade significativamente reduzida, pois o para-brisa é direcionado para cima. Em consequência disso, os faróis ofuscam a visão dos motoristas que circulam pelo lado oposto da estrada.

Além da condução ser piorada, as caminhonetes perdem uma de suas principais funções, visto que a inclinação impossibilita o carregamento de cargas e o gancho baixo exclui a possibilidade de utilizar o reboque.

Em decorrência de tantos problemas, 70 mil pessoas da Carolina do Norte enviaram uma petição para as autoridades proibirem essa configuração. Elas foram ouvidas e, em dezembro do ano passado, foi aprovado um projeto de lei chamado Carolina Squat que diz o seguinte:

Agora é contra a lei estadual um veículo ter um para-choque dianteiro quatro ou mais polegadas (10 cm) mais alto que o para-choque traseiro

Ademais, se o condutor infringir essa norma por três vezes ele pode perder o direito de dirigir por até 12 meses. Na Carolina do Sul, que também enfrenta problema parecido, a customização ainda é considerada legal.

Indo contra a Lei de Trânsito, PL que permitia alterar componentes estruturais do automóvel, como suspensão, rodas e pneus, foi vetada na Câmara dos Deputados.

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2 Comentários
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André L. 7 de abril de 2022

Esse pessoal do xuning não tem o mínimo de noção.

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arai 27 de janeiro de 2022

Favor revisar a parte do texto que diz: “Em detrimento de tantos problemas, 70 mil pessoas da Carolina do Norte enviaram uma petição para as autoridades proibirem essa configuração.”

Não sou nenhum “expert” em português, mas (o texto) não ficaria melhor se substiuísse (a palavra) “detrimento” pela “decorrência” (ou algum outro sinônimo)? Pois como está escrito dá a entender que 70 mil pessoas pediram às autoridades “apesar de” tantos problemas, ao invés de “por” tantos problemas.

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