Big trail não é a melhor moto para viajar

Mesmo cumprindo com maestria essa missão existe uma outra categoria de moto própria para percorrer longos percursos

BMW R 1300 GS
Tem uma categoria que se destaca mais (Foto: BMW | Divulgação)
Por Lucas Silvério
Publicado em 13/12/2024 às 11h00

Desde antes de Dennis Hopper cruzar os Estados Unidos em Easy Rider (1969), viajar de moto é um sonho estendido a toda a américa e outros continentes. Hoje esse tipo de missão está cada vez mais fácil, já que as motocicletas estão mais tecnológicas, seguras e próprias para isso. Porém a popularização de um estilo específico tem omitido a “verdade” aos motociclistas: big trail não é a melhor moto para viajar!

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A BMW R 1300 GS Adventure é uma big trail super tecnológica e boa para o off-road (Foto: BMW | Divulgação)

Apesar de serem muito citadas e utilizadas para grandes viagens, as big trail perdem ao menos para uma categoria neste quesito, as touring. Estas sim são próprias para a estrada.

Mas antes de entrar nesta categoria de viajantes – como a tradução do próprio nome sugere – é importante trazer o porquê das big trail serem tão mencionadas quando o assunto é grandes percursos.

São vários os motivos para isso é o primeiro deles sem dúvidas é o fator financeiro. Motos touring em sua maioria tem o custo de aquisição bem elevado já que tem o motor muito grande e são bastante tecnológicas. A big trail, embora tenham sua tecnologia, ainda não acompanham as viajantes reais e por isso são mais acessíveis, podendo custar facilmente até ⅓ do valor de uma touring.

Além das big trail existem também as simplesmente trail, que têm motores menores e custam menos ainda.

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A Tiger 900 GT chegou atualizada ao mercado em 2024 (Foto: Triumph | Divulgação)

A proposta de pilotagem também é outro fator que ganha o brasileiro neste ponto, já que as estradas do país nem sempre tem a melhor qualidade e motos mais altas, com maior preparo para o off road, se saem melhor em um percurso que pode ser “imprevisível”. Quem gosta de uma pilotagem mais ereta também prefere as big trail.

Porém, mesmo em meio a essas desvantagens, as motos turing são as rainhas das viagens. Estes modelos são feitos para isso e além da alta tecnologia citada, elas também contam com equipamentos voltados para as estradas, chassis maiores e estáveis, ergonomia mais relaxada, carenagens próprias para cortar o vento e  outros.

Um grande exemplo desta categoria é a famosa Honda asas de ouro, ou em seu nome oficial, Gold Wing.

  • Esta estradeira da japonesa é conhecida por ser a moto mais cara da marca, mas também a mais completa e famosa por ser a única moto do mundo com tecnologia de airbag.
Honda Gold Wing
Honda Gold Wing (Foto: Honda | Divulgação)

Com seu motor 6 cilindros de 1.833 cm³, quatro tempos e refrigerado de forma líquida, ela é capaz de atingir até 126 cv de potência a 5.500 rpm e 17,3 kgfm de torque a 4.500 rpm. Esse propulsor é o único da marca a utilizar um eixo cardã e um câmbio DCT (automático) de 7 marchas em uma motocicleta.

Este câmbio se faz importante, pois permite a touring ter marcha ré e assim tornar mais fácil manobras nesta gigante de mais de 350 kg.

No quesito tecnologia a Honda Gold Wing possui vários modos de condução, sendo eles: tour (viagem), sport (esporte), econ (econômico) e rain (chuva). Há também acelerador eletrônico, controle de tração HSTC – Honda Selectable Torque Control, assistente de partida em subidas HSA – Hill Start Assist e sistema Start&Stop.

Nas suspensões, a gigante touring conta com regulagem eletrônica automática. Na dianteira o duplo braço triangular (110 mm) e na traseira Pro-Link e monobraço (105 mm) Pro-Arm, são ancorados a um chassi de alumínio fundido sob pressão. Os freios de disco de 320 mm à frente e 316 mm a traz, possuem sistema D-CBS – Dual Combined Braking System, com ABS de última geração, que distribui a potência frenante nas duas rodas.

A Honda Gold Wing ainda conta com diversos outros mimos, dentre eles: para-brisa elétrico regulável, iluminação full-LED, tela colorida TFT de 7 polegadas, monitoramento da pressão dos pneus em tempo real, chaves inteligentes e aquecimento de manoplas e bancos.

Em resumo, não queremos dizer que não é recomendável viajar com uma moto big tail, ou até mesmo outros modelos. O ponto é que as touring são as verdadeiras viajantes do mercado, mas é claro que tudo vai depender do objetivo do piloto.

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