Honda Gold Wing 1800 DCT Tour: pilotei a ‘papa-léguas’
Completamente modernizada, a estradeira Gold Wing Tour tem câmbio de dupla embreagem, motor de seis cilindros e muita eletrônica e mordomia para viagens
Completamente modernizada, a estradeira Gold Wing Tour tem câmbio de dupla embreagem, motor de seis cilindros e muita eletrônica e mordomia para viagens
Projetada em cada parafuso para rodar por longas distâncias, ou em viagens com toda tralha, a Honda Gold Wing, lançada em 1975, chega a sua mais nova e sofisticada versão, com o modelo Tour DCT.
Mais leve, compacta e potente, também incorpora muita eletrônica e um câmbio de sete marchas,com dupla embreagem (DCT ou Dual Cluth Transmission), que, na prática, pode ser usado exatamente como automático, ou, se o piloto preferir, de forma manual, através de um comando eletrônico no punho esquerdo, ao alcance dos dedos.
O DCT radicaliza e elimina um dos dogmas mais sagrados do motociclismo. O de passar as marchas utilizando o tradicional pedal de câmbio no pé esquerdo e o manete de embreagem no guidão. Porém, dá um enorme passo tecnológico e acrescenta extremo conforto e comodidade.
Pode parecer estranho para um piloto “raiz” pilotar uma moto touring estradeira que nem tem manete de embreagem e pedal de marchas e deixar a eletrônica (e não ele), decidir o momento de trocar as marchas.
Entretanto, o DCT , em sua terceira geração, evoluiu para um nível que aprende sua tocada e praticamente “adivinha” seus pensamentos “cambiando” as sete marchas na hora exata de forma suave e sem trancos, seja para aumentar, ou reduzir as marchas, convencendo até os mais teimosos.
A mordomia segue com o sistema elétrico Walking Mode, que permite movimentar a moto tanto para frente, quanto para trás, em baixa velocidade, para manobrar e estacionar sem precisar usar o motorzão 1.8!
O motor com seis cilindros boxer, foi totalmente renovado e ficou mais compacto – 29 mm – e 6,2 kg mais leve. Com 1.833 cm³, entrega 126 cv a 5.500 rpm e um torque de “caminhão trucado” de nada menos que 17,3 kgfm a apenas 4.500 rpm.
Na hora de acelerar a Honda Gold Wing, conta com quatro modos de pilotagem. O modo Tour, deixa o motor com potência e ajusta as suspensões e freios para conforto. O modo Sport regula o motor para mais aceleração, as suspensões mais duras e os freios mais precisos. O modo Rain, deixa o motor e suspensões mais suaves e o modo Econ ajusta o motor para economia.
O motor da Gold Wing também conta com o controle de tração, que impede a roda traseira de girar em falso (transmissão por eixo cardã) nas acelerações. Sensores comparam a rotação da roda dianteira com a traseira. Se a roda traseira girar mais rápido é sinal que está patinando e o motor corta para equalizar.
Também tem “piloto automático” (Cruise Control) e assistente de partida em rampas. Um freio dedicado (com uma pinça exclusiva no disco do freio traseiro) é acionado quando percebe a moto em uma inclinação e é desativado quando o acelerador (eletrônico) é girado, permitindo a saída dos 369 kg de peso a seco, de forma suave, sem retroceder.
O sistemas de admissão e escape, também foram modernizados, deixando o funcionamento do motor liso e sem vibrações, porém, preservando um “ronco” afinado.
Na estrada, seu habitat, a Honda Gold Wing parece uma locomotiva nos trilhos. A física explica: com centro de gravidade super baixo, proporcionado pelo peso do motor boxer que fica “deitado” próximo ao solo, adquire equilíbrio quase sobrenaturalmente ao menor movimento, além de um comportamento surpreendentemente ágil, sem alterar o modo “sofá conforto” de pilotagem.
O novo quadro em alumínio, mais compacto e leve (48 kg a menos no peso geral), além da balança traseira também em alumínio e um tanque menor (21 litros), contribuem na tarefa.
O conforto continua na suspensão dianteira de duplo braço oscilante (110 mm) ancorada no quadro (desvinculada do garfo) que não afunda nas frenagens e nem transmite as irregularidades do piso para o guidão.
A suspensão traseira com 105 mm de amplitude tem recursos eletrônicos para ajuste de carga em quatro níveis: somente o piloto (banco a 745 mm do chão), piloto com bagagem, piloto com garupa e piloto garupa e bagagem que somam 110 litros nas três malas.
No quesito segurança, os freios ABS de acionamento combinado e um inédito sistema de airbag frontal. Única moto de série no mundo com o sistema tem sensores no garfo que percebem a desaceleração, em caso de colisão frontal, e disparam o airbag que funciona como uma verdadeira cortina.
A Gold Wing Tour também conta com as mordomias de aquecimento de banco e manoplas, tomada USB, chave inteligente, controle de pressão dos pneus, sistema de som, rádio, bluetooth e pára-brisa elétrico com regulagem de altura e de ângulo.
O painel com tela TFT de 7 polegadas, permite ligação com Apple CarPlay e conexão com celular e seus aplicativos, como GPS, lista de musicas, etc. A iluminação é em LED e o preço sugerido de R$ 159.681.
Fotos Honda | Divulgação
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Simplesmente linda
Muito linda. Parece muito confortável e segura.
Faltou falar do consumo.
Bom dia pr vc linda Eu goste muito lindo
Ai, Gezuis!
Só falta fazer ovo frito com bacon picadinho.
Alem disso só posso dizer que tenho um Tenere 92 com mais de 270mil km rodado, que nao tem tecnologia mas tem muito historia.
Parabens para a Honda por produzir um ícone e para quem pode pilota-la.
Pena que nao nos veremos nas estradas, passará tao rapido por mim que nao irá me notar.